QUANDO UMA DOR DE COLUNA PODE SER INDICATIVA DE TUMOR

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Quando uma pessoa sente dor na coluna vertebral, a última coisa que ela vai pensar é em um possível tumor na região. Apesar de estar apenas em terceiro lugar na lista de origem do problema na coluna, atrás das alterações degenerativas relacionadas ao envelhecimento e traumatismos, quando ele ocorre, geralmente aparece de forma maligna, devendo receber tratamento imediato.

As principais causas do tumor na coluna são as metástases vertebrais, originadas de tumores de outras regiões do corpo, como mama, próstata e pulmão, que migram para a coluna.

Os sintomas da doença se confundem com outros problemas na coluna, como dor local e persistente – embora, às vezes, com características um pouco diferentes -, que pode ser associada ao formigamento e paralisia dos braços ou pernas. Por isso é importante ficar atento ao estado geral da dor, bem como ao emagrecimento rápido e sem outros motivos associados.

O diagnóstico da doença só pode ser confirmado por exames de imagem, como raio-X, tomografia e ressonância magnética.  A cintilografia e PET-CT também podem ser indicadas para o estadiamento da doença, ajudando o oncologista a avaliar o estágio do tumor e as indicações terapeutas.

O tratamento do tumor de coluna deve ser multidisciplinar, envolvendo o oncologista, o nutrólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo, a equipe de enfermagem, entre outros. Nos casos benignos, é possível realizar a cirurgia de ressecção total da lesão, promovendo a cura da doença. Para os casos de malignidade, que não respondem as terapias ou caminham para um comprometimento funcional do individuo, a cirurgia é indicada para garantir a mobilidade e diminuir o quadro de dor, devolvendo a qualidade de vida ao paciente.

Embora compreendam cirurgias de grande porte, com o avanço da medicina, o paciente já apresenta capacidade de deambular no dia seguinte, devido a capacidade de reconstrução da coluna com placas e parafusos. No entanto, cada paciente necessita ser individualizado para receber o tipo de cirurgia adequado ao seu problema.

Importante frisar que as cirurgias atualmente são bem seguras em relação às sequelas. Normalmente, o risco de danos da evolução da doença é maior que o cirúrgico, pois o desenvolvimento do tumor pode gerar sequelas neurológicas que comprometem o caminhar, por exemplo.

Por último, lembre-se que a dor é nossa amiga. Não é preciso entrar em pânico sem motivo aparente, mas é importante observar os sinais do seu corpo e ao sentir que algo está em desacordo ou fora da rotina, não hesite em procurar ajuda profissional. O resultado será sempre melhor para você.

CRÉDITOS: Artigo [link] da página do Dr. Alexandre Elias, neurocirurgião de coluna, com foco em cirurgia minimamente invasiva, especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA).