Mostrando postagens com marcador MEDICINA OCIDENTAL. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MEDICINA OCIDENTAL. Mostrar todas as postagens

RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPOVITAMINOSE D

 

acupuntura curitiba vitamina d

INTRODUÇÃO

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema de saúde pública em todo o mundo. Estudos mostram uma elevada prevalência dessa doença em várias regiões geográficas, incluindo o Brasil.

Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada. A vitamina D é essencial em funções relacionadas ao metabolismo ósseo, porém parece também estar relacionada na fisiopatogênese de diversas doenças.

Em crianças, a deficiência de vitamina D leva ao retardo do crescimento e ao raquitismo. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatiroidismo secundário e, consequentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo a perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose.

Fraqueza muscular também pode ocorrer, o que contribui para elevar ainda mais o risco de quedas e de fraturas ósseas em pacientes com baixa massa óssea. O diagnóstico correto dessa condição e a identificação de fatores de melhora ou piora podem colaborar para a elaboração de estratégias mais eficazes para o tratamento das populações de risco, como idosos e mulheres na pós-menopausa.

HIPOVITAMINOSE D

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema mundial de saúdepública. Estudos demostram uma elevada prevalência dessa doença em diversas regiões geográficas, incluindo o Brasil. Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada.

Com objetivo de apresentar uma atualização sobre o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D baseada nas evidências científicas mais recentes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) concebeu as novas diretrizes. A SBEM é composta por membros especialistas no tratamento da deficiência de vitamina D e este documento tende a auxiliar grandemente os profissionais de saúde atuais.

SITUAÇÃO DO BRASIL EM RELAÇÃO A HIPOVITAMINOSE D

Por causa da insolação abundante no nosso país tinha-se a idéia errônea de que a hipovitaminose D não seria um problema relevante em nosso meio. Porém fizemos um levantamento de quase 20 estudos de várias regiões do país que mostram justamente o contrário. A prevalência é grande principalmente entre os idosos (cerca de 90%), mas também se observa em populações mais jovens. As principais influências são a latitude, hábitos de vida relacionados à exposição solar, idade e estação do ano.

Dr. Sergio Maeda, líder da equipe que publicou recentemente o Consenso de Vitamina D, uma atualização dos posicionamentos do Institute of Medicine e da Endocrine Society. Entrevista completa AQUI.

__________

CLIQUE AQUI para acessar na íntegra em PDF o documento Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D.

Para o documento em inglês, CLIQUE QUI.

UMA VISÃO OCIDENTAL E ORIENTAL DA GASTRITE

GASTRITE CRONICA ACUPUNTURA CURITIBA

Notas sob o ponto de vista da Medicina Ocidental e uma coletânea de artigos publicados neste site apresentando aspectos do diagnóstico e tratamento da gastrite sob a ótica da Medicina Tradicional Chinesa

1 Introdução

Embora este seja um site voltado para a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), eventualmente apresentamos conceitos da Medicina Ocidental para fins didáticos, especialmente para esclarecimento de nossos pacientes e pessoas que não são versadas nos conceitos da MTC.

Na verdade, quando um paciente chega até ao Acupunturista com queixa de gastrite (nos seus mais variados tipos), o diagnóstico energético funcional, próprio da MTC, classificará a doença em um (ou mais de um - a depender do caso) padrão que permitirá o tratamento da causa e dos sintomas da doença. É dito que a Acupuntura trata a causa da doença, mas ela trata os sintomas também, afinal de contas, é preciso proporcionar um alívio rápido para o sofrimento do paciente.

Apenas para fins de ilustração, estes são alguns dos padrões em que uma simples “gastrite” (que também nós nos referimos como epigastralgia) podem ser classificados, segundo a MTC: estagnação do Sangue , umidade no fígado e vesícula biliar , estagnação do Qi do fígado , deficiência do Qi do Baço, umidade no estômago , Deficiência de Qi do estômago , deficiência de Yin do estômago, etc.

2 Gastrite – Medicina Ocidental *

A gastrite é a inflamação do revestimento mucoso do estômago.

A mucosa do estômago oferece resistência à irritação e normalmente pode suportar um elevado conteúdo ácido. No entanto, pode irritar-se e inflamar-se por diferentes motivos.

A gastrite bacteriana segue-se normalmente a uma infecção por organismos como o Helicobacter pylori (bactérias que crescem nas células secretoras de muco do revestimento do estômago). Não se conhecem outras bactérias que se desenvolvam em ambientes normalmente ácidos como o do estômago, embora muitos tipos possam fazê-lo no caso de o estômago não produzir ácido. Tal crescimento bacteriano pode provocar gastrite de forma transitória ou persistente.

A gastrite aguda por stress, o tipo mais grave de gastrite, é provocada por uma doença ou lesão graves de aparecimento rápido. A lesão pode não afectar o estômago. Por exemplo, são causas frequentes as queimaduras extensas e as lesões que provocam hemorragias maciças.

A gastrite erosiva crónica pode ser secundária a substâncias irritantes como os medicamentos, sobretudo a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides (AINE), à doença de Crohn e a infecções bacterianas e virais. Com este tipo de gastrite, que se desenvolve lentamente em pessoas que, por outro lado, gozam de boa saúde, podem verificar-se hemorragias ou ulcerações. É mais frequente em pessoas que abusam de álcool.

A gastrite viral ou por fungos pode desenvolver-se em doentes crónicos ou imunodeprimidos.

A gastrite eosinófila pode resultar duma reacção alérgica a uma infestação por certos vermes (nemátodos). Neste tipo de gastrite, os eosinófilos (um tipo de glóbulos brancos no sangue) acumulam-se na parede gástrica.

A gastrite atrófica ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. Esta perturbação afecta normalmente as pessoas mais velhas. Também tem tendência para ocorrer nas pessoas a quem foi extirpado parte do estômago (procedimento cirúrgico chamado gastrectomia parcial). A gastrite atrófica pode provocar anemia perniciosa porque interfere com a absorção da vitamina B12 presente nos alimentos.

A doença de Ménétrier é um tipo de gastrite de causa desconhecida. Nesta, as paredes do estômago desenvolvem pregas grandes e grossas, glândulas volumosas e quistos cheios de líquido. Cerca de 10 % dos afectados desenvolvem cancro do estômago.

A gastrite de células plasmáticas é outra forma de gastrite de origem desconhecida. Nesta doença, as células plasmáticas (um tipo de glóbulos brancos) acumulam-se nas paredes do estômago e noutros órgãos.

A gastrite também pode ser induzida pela ingestão de agentes corrosivos, como os produtos de limpeza, ou pelos elevados níveis de radiação (por exemplo, na radioterapia).

2.1 Sintomas

Os sintomas variam conforme o tipo de gastrite. No entanto, normalmente uma pessoa com gastrite sofre de indigestão e de queixas ligeiras na parte alta do abdómen.

Na gastrite aguda por stress, a doença subjacente, os traumatismos ou as queimaduras em geral camuflam os sintomas gástricos. No entanto, podem sentir-se queixas moderadas na parte alta do abdómen. Pouco depois dum traumatismo, no revestimento do estômago podem surgir pequenos pontos hemorrágicos. Em poucas horas, estas pequenas lesões hemorrágicas podem converter-se em úlceras. As úlceras e a gastrite podem desaparecer se a pessoa recuperar rapidamente do traumatismo. Se assim não for, as úlceras podem tornar-se maiores e começar a sangrar, normalmente entre 2 e 5 dias depois da lesão. A hemorragia pode fazer com que as fezes sejam de cor negro-alcatrão, tingir de vermelho o líquido do estômago ou, se for muito abundante, fazer baixar a tensão arterial. A hemorragia pode ser maciça e mortal.

Os sintomas da gastrite erosiva crónica incluem náuseas ligeiras e dor na parte alta do abdómen. No entanto, muitas pessoas (como os consumidores crónicos de aspirinas) não sentem dor. Algumas pessoas podem apresentar sintomas parecidos com os duma úlcera, como dor, quando o estômago está vazio. Se a gastrite se complicar com úlceras sangrantes, as fezes podem adoptar uma cor negro-alcatrão (melena) ou então podem verificar-se vómitos de sangue vermelho (hematemese) ou de sangue parcialmente digerido (como borra de café).

Na gastrite eosinófila, a dor abdominal e os vómitos podem ser provocados por um estreitamento ou por uma obstrução completa da saída do estômago para o duodeno.

Na doença de Ménétrier, o sintoma mais comum é a dor de estômago. São menos habituais a perda de apetite, os vómitos e a perda de peso. A hemorragia é também rara. Pode ser provocada uma retenção de líquidos e uma tumefacção dos tecidos (edema) devido à perda de proteínas pela inflamação do revestimento do estômago. Estas proteínas misturam-se com o conteúdo do estômago e são eliminadas do organismo.

Na gastrite de células plasmáticas, podem aparecer dor abdominal, vómitos e diarreia, juntamente com uma erupção cutânea.

A gastrite por radioterapia provoca dor, náuseas e ardor devido à inflamação e, por vezes, ao desenvolvimento de úlceras no estômago. Estas podem perfurar a parede do estômago, pelo que o conteúdo deste se espalha pela cavidade abdominal e provoca uma peritonite (inflamação do revestimento abdominal) e uma dor muito intensa. Esta doença grave, caracterizada pela rigidez do abdómen, requer cirurgia imediata. Em alguns casos, depois da radioterapia, formam-se umas cicatrizes que estreitam a saída do estômago, provocando dor abdominal e vómitos. A radiação pode danificar o revestimento protector do estômago, de tal forma que as bactérias podem invadir a sua parede e provocar uma forma de gastrite grave e extremamente dolorosa de aparecimento brusco.

2.2 Diagnóstico

O médico suspeita duma gastrite quando o paciente tem dores na parte alta do abdómen, bem como náuseas ou ardor. Se os sintomas persistirem, muitas vezes não são necessárias análises e começa-se o tratamento em função da causa mais provável.

Se o médico tiver dúvidas, pode ser necessário um exame ao estômago com um endoscópio. Se for preciso, pode ser feita uma biopsia (obtenção duma amostra do revestimento do estômago para ser examinada).

Se a gastrite se mantiver ou reaparecer, o médico procura a causa, por exemplo uma infecção, e analisa os hábitos dietéticos, o consumo de medicamentos e a ingestão de álcool. A gastrite bacteriana pode ser diagnosticada com uma biopsia. Muitas pessoas com gastrite bacteriana têm anticorpos contra a bactéria causadora do problema; estes podem ser detectados com uma análise ao sangue.

2.3 Tratamento

Muitos especialistas tratam uma infecção por Helicobacter pylori se provocar sintomas. A infecção pode ser controlada ou eliminada com bismuto e antibióticos, como a amoxicilina e o metronidazol. Por vezes, pode ser difícil eliminar o Helicobacter pylori do estômago.

A maioria das pessoas com gastrite aguda por stress cura-se por completo quando se consegue controlar a doença subjacente, a lesão ou a hemorragia.

No entanto, 2 % das pessoas nas unidades de cuidados intensivos têm hemorragias abundantes por este tipo de gastrite, o que muitas vezes é mortal. Portanto, quando existe uma doença grave, uma lesão importante ou queimaduras extensas, os médicos procuram prevenir a gastrite aguda por stress. Para a prevenir e tratar, na maioria das unidades de cuidados intensivos, e depois duma intervenção cirúrgica, costumam ser administrados antiácidos (que neutralizam a acidez do estômago) e potentes fármacos antiulcerosos (que reduzem ou anulam a produção de ácido do estômago).

Nos doentes com fortes hemorragias devidas a uma gastrite por stress, foi utilizada uma ampla variedade de tratamentos. No entanto, só algumas pessoas têm um bom prognóstico: tais hemorragias podem ser mortais. De facto, as transfusões de sangue podem piorar a hemorragia. Os pontos de hemorragia podem ser temporariamente fechados mediante a aplicação de calor durante a endoscopia, mas a hemorragia reaparecerá se o problema subjacente não for resolvido. Se a hemorragia persistir, deve ser induzida a coagulação do vaso sanguíneo lesionado ou pode ser necessário extirpar todo o estômago, com o fim de salvar a vida da pessoa.

A gastrite crónica erosiva pode ser tratada com antiácidos. O enfermo deve evitar certos fármacos (por exemplo, a aspirina e outros anti-inflamatórios não esteróides) e comidas irritantes. Os comprimidos de aspirina com um revestimento protector provocam menos úlceras do que os que o não têm. O misoprostol provavelmente reduz o risco de úlceras provocadas pelos medicamentos anti-inflamatórios não esteróides.

Para uma pessoa com gastrite eosinófila, pode ser necessária a cirurgia ou a administração de corticosteróides para diminuir a obstrução da saída do estômago.

A gastrite atrófica não se cura. Normalmente, os que sofrem deste problema devem receber injecções de suplementos de vitamina B12.

A doença de Ménétrier pode ser curada retirando parte ou a totalidade do estômago, mas o tratamento farmacológico não é eficaz.

A gastrite de células plasmáticas pode ser tratada com medicamentos antiulcerosos que bloqueiam a secreção ácida do estômago.

* MANUAL MERCK BIBLIOTECA MÉDICA ON LINE. SECÇÃO 9:Perturbações gastrointestinais. CAPÍTULO 102: Doenças do estômago e do duodeno TEMAS: Gastrite  -  Úlcera péptica

 

3 Coletânea de artigos apresentando aspectos do diagnóstico e tratamento da gastrite sob a ótica da Medicina Tradicional Chinesa

CASO CLÍNICO: EPIGASTRALGIA (DOR ESTOMACAL)

TRATAMENTO DA GASTRITE CRÔNICA ATRÓFICA

ELETROACUPUNTURA PROTEGE RATOS DA GASTRITE INDUZIDA POR AAS

TRATAMENTO DE EPIGASTRALGIA PELA MEDICINA CHINESA

CRÉDITOS: MANUAL MERCK - BIBLIOTECA MÉDICA ON LINE

__________

Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

Não espere o agravamento do problema. Marque hoje mesmo uma consulta e se surpreenda!

ENTRE EM CONTATO CONOSCO!

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

QUANDO UMA DOR DE COLUNA PODE SER INDICATIVA DE TUMOR

acupuntura curitiba dor na coluna

Quando uma pessoa sente dor na coluna vertebral, a última coisa que ela vai pensar é em um possível tumor na região. Apesar de estar apenas em terceiro lugar na lista de origem do problema na coluna, atrás das alterações degenerativas relacionadas ao envelhecimento e traumatismos, quando ele ocorre, geralmente aparece de forma maligna, devendo receber tratamento imediato.

As principais causas do tumor na coluna são as metástases vertebrais, originadas de tumores de outras regiões do corpo, como mama, próstata e pulmão, que migram para a coluna.

Os sintomas da doença se confundem com outros problemas na coluna, como dor local e persistente – embora, às vezes, com características um pouco diferentes -, que pode ser associada ao formigamento e paralisia dos braços ou pernas. Por isso é importante ficar atento ao estado geral da dor, bem como ao emagrecimento rápido e sem outros motivos associados.

O diagnóstico da doença só pode ser confirmado por exames de imagem, como raio-X, tomografia e ressonância magnética.  A cintilografia e PET-CT também podem ser indicadas para o estadiamento da doença, ajudando o oncologista a avaliar o estágio do tumor e as indicações terapeutas.

O tratamento do tumor de coluna deve ser multidisciplinar, envolvendo o oncologista, o nutrólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo, a equipe de enfermagem, entre outros. Nos casos benignos, é possível realizar a cirurgia de ressecção total da lesão, promovendo a cura da doença. Para os casos de malignidade, que não respondem as terapias ou caminham para um comprometimento funcional do individuo, a cirurgia é indicada para garantir a mobilidade e diminuir o quadro de dor, devolvendo a qualidade de vida ao paciente.

Embora compreendam cirurgias de grande porte, com o avanço da medicina, o paciente já apresenta capacidade de deambular no dia seguinte, devido a capacidade de reconstrução da coluna com placas e parafusos. No entanto, cada paciente necessita ser individualizado para receber o tipo de cirurgia adequado ao seu problema.

Importante frisar que as cirurgias atualmente são bem seguras em relação às sequelas. Normalmente, o risco de danos da evolução da doença é maior que o cirúrgico, pois o desenvolvimento do tumor pode gerar sequelas neurológicas que comprometem o caminhar, por exemplo.

Por último, lembre-se que a dor é nossa amiga. Não é preciso entrar em pânico sem motivo aparente, mas é importante observar os sinais do seu corpo e ao sentir que algo está em desacordo ou fora da rotina, não hesite em procurar ajuda profissional. O resultado será sempre melhor para você.

CRÉDITOS: Artigo [link] da página do Dr. Alexandre Elias, neurocirurgião de coluna, com foco em cirurgia minimamente invasiva, especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), pela Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBC), mestre pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e research fellow em cirurgia da coluna vertebral na University of Arkansas for Medical Sciences (EUA).

INFLUÊNCIAS NUTRICIONAIS NA PSORÍASE

acupuntura curitiba psoriase

 

RESUMO

A psoríase é uma doença inflamatória de pele, mediada por células T, hereditária, que sofre influência ambiental. Ingestão elevada de ômega-3, jejum, dietas hipocalóricas e vegetarianas mostram efeitos benéficos. Alguns pacientes que apresentam anticorpos antigliadina IgA/IgG, com sensibilidade ao glúten, melhoram após a retirada deste. O calcitriol é usado no tratamento tópico. Ingestão de álcool pode exacerbar a doença. Neste trabalho, analisam-se fatores dietéticos e descrevem-se seus benefícios na psoríase.

Palavras-chave: Ácidos graxos ômega-3; Antioxidantes; Bebidas alcoólicas; Dieta; Glúten; Psoríase


INTRODUÇÃO

(grifos do site)

A psoríase é doença inflamatória crônica da pele, mediada por células T, caracterizada por lesões eritematoescamosas, aumento na proliferação celular e padrões anormais de diferenciação dos queratinócitos1,2. Apresenta prevalência mundial estimada em 2%1,3, variando entre 0,6% e 4,8%, sem predileção por sexo nem por faixa etária, sendo mais comum entre a terceira e a quarta décadas, no sexo feminino e em indivíduos com história familiar4,5.

As causas são desconhecidas, porém uma predisposição genética3, associada a fatores ambientais como fumo, álcool, alimentação, infecção, drogas e eventos estressantes, constitui uma explicação etiológica plausível3.

A prevalência e a gravidade da psoríase têm se mostrado diminuídas durante períodos de jejum. Dietas hipocalóricas levam à melhora dos sintomas2 e podem ser importantes fatores adjuvantes na prevenção e no tratamento do tipo não-pustular moderado4.

Apesar de vários mecanismos serem discutidos, a causa direta desses efeitos positivos nos sintomas da doença ainda é desconhecida2. A explicação mais importante é, provavelmente, a diminuição na ingestão do ácido araquidônico (AA), que resulta na menor produção de eicosanoides inflamatórios. Durante o jejum, ocorre redução na ativação das células TCD4 e elevação no número e/ou na função da interleucina 4 (citocina anti-inflamatória)1 e a restrição calórica leva à redução do estresse oxidativo1.

Dietas vegetarianas podem ser benéficas em todos os pacientes com psoríase, visto que há ingestão diminuída de AA e conseqüente redução na formação de eicosanoides inflamatórios. Concentrações elevadas de AA e de seus metabólitos pró-inflamatórios foram observadas em lesões psoriáticas, assim como em outras desordens autoimunes e inflamatórias. Uma opção terapêutica na psoríase é a substituição do AA por um ácido graxo (AG) alternativo, especialmente o eicosapentaenoico (EPA), que pode ser metabolizado pelas mesmas vias enzimáticas do AA2,5.

Quanto ao efeito da suplementação oral de ômega-3 nessa enfermidade, os resultados são conflitantes e não são claros em relação à dose a ser utilizada5. A maioria das pesquisas apresenta efeitos positivos; entretanto, resultados de testes randomizados e controlados são menos efetivos2. Apesar dos resultados ainda inconsistentes, pode-se recomendar ingestão de peixes ricos em ômega-3. Em pacientes com psoríase agudizada, infusões parenterais de ômega-3 podem ser benéficas2.

Estudos recentes evidenciaram uma associação entre a doença celíaca (DC) e a psoríase6; todavia, tal relação ainda é bastante controversa, uma vez que os dados são escassos6. Quanto à dieta isenta de glúten, sabe-se que poderá melhorar as lesões de pele, mesmo em pacientes sem DC, mas com anticorpos antigliadina IgA e IgG7. Dados da literatura ainda são escassos na explicação dos mecanismos envolvidos na associação entre DC, psoríase e dieta isenta de glúten nas lesões de pele. Várias hipóteses têm sido propostas, como alteração na permeabilidade intestinal, mecanismos imunes e deficiência de vitamina D6.

Estresse oxidativo e formação elevada de radicais livres têm sido relacionados à inflamação da pele na psoríase2. Estudos mostram que indivíduos com essa doença apresentam concentrações elevadas de malonilaldeído, um marcador da peroxidação lipídica, e estado antioxidante prejudicado, com níveis diminuídos de β-caroteno, α-tocoferol e selênio7.

O selênio apresenta propriedades imunomodulatórias e antiproliferativas. A literatura indica que pacientes com desordens inflamatórias de pele, melanoma maligno e linfoma cutâneo de células T apresentam baixas concentrações desse elemento8. Seu baixo nível pode ser fator de risco para o desenvolvimento da psoríase, sendo poucos os trabalhos publicados7. Níveis diminuídos de selênio relacionam-se com a gravidade da doença e podem ocorrer devido à baixa ingestão alimentar ou à excessiva descamação da pele8.

Dentre outros fatores que podem elevar o estresse oxidativo e reduzir os antioxidantes naturais, em indivíduos com história da doença há mais de três anos, relata-se a ingestão alcoólica elevada e o fumo ativo e/ou passivo8. Homens jovens e de meia-idade apresentam riscos com ingestão de álcool enquanto que, em mulheres, não é fator de risco, mas agrava o quadro clínico9. Pacientes psoriáticos devem evitar a ingestão de álcool, principalmente, nos períodos de exacerbação, quando ocorre elevado risco de cirrose hepática associado com metotrexato ou outros tratamentos hepatotóxicos2.

O calcitriol e seus análogos exercem efeitos antiproliferativos e pró-diferenciativos, o que justifica a sua importância na psoríase. Deve-se considerar suplementação oral da vitamina D em pacientes com psoríase que não fazem o tratamento tópico com a vitamina2,10.

Finalmente, pode-se dizer que a dieta é fator importante na patogênese da psoríase e que, apesar de os resultados da literatura com suplementação oral de óleo de peixe serem inconsistentes, os pacientes podem ser orientados a ingerir peixes ricos em ômega-3, por seus benefícios no quadro clínico. A pacientes hospitalizados com doença aguda sugerem-se infusões parenterais de ácido graxo poli-insaturado. Outros estudos devem ser realizados para esclarecer o papel da dieta isenta de glúten, o que pode diminuir a gravidade da doença em pacientes com anticorpos. A vitamina D tem sido uma opção terapêutica, devido a suas atividades imunorregulatórias e antiproliferativas.

CRÉDITOS

Maria Lúcia Diniz Araujo; Maria Goretti P. de A. Burgos; Isis Suruagy Correia Moura. Influências nutricionais na psoríase. An. Bras. Dermatol. vol.84 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2009. [Link]

REFERÊNCIAS

1.  Ghoreschi K, Mrowietz U, Rocken M. A molecule solves psoriasis? Systemic therapies for psoriasis inducing inter leukin 4 and Th2 responses. J Mol Med. 2003;81:471-80         [ Links ]

2.  Wolters M. Diet and psoriasis: experimental clinical and evidence. Br J Dermatol. 2005;153:706-14        [ Links ]

3.  Naldi L. Epidemiology of psoriasis. Curr Drug Targets Inflamm Allergy. 2004;3:121-8         [ Links ]

4.  Ruceviæ I, Perl A, Barisiæ-Drusko V, Adam-Perl M. The role of low energy diet in psoriasis vulgaris treat ment. Coll Antropol. 2003;Suppl. 1:41-8         [ Links ]

5.  Mayser P, Grinn H, Gringer F. Omega-3 fatty acids in psori asis. Br J Nutrition. 2002;87(Suppl 1):S77-82        [ Links ]

6.  Woo WK, McMillan SA, Watson RG, McCluggage WG, Sloan JN, McMillan JC. Coeliac disease - associated antibodies correlate with psoriasis activity. Br J Dermatol. 2004;151:891-4         [ Links ]

7.  Briganti S, Picardo M. Antioxidant activity, lipid peroxida tion and skin disease. WhatÂ's new. J Eur Acad Dermatol Venearol. 2003;17:663-9         [ Links ]

8.  Serwin AB, Wasowicz W, Gromadzinska J, Chodynicka B. Selenium status in psoriasis and its relation to the durat ion and severity of the disease. Nutrition. 2003;19:301-4         [ Links ]

9.  Poikolainen K, Reunala T, Karvonen J, Lauharanta J, Karkkainen P. Alcohol intake: A risk factor for psoriasis in oung and midlle aged men? BMJ. 1990;300:780-3         [ Links ]

10.  Holick MF. Vitamin D: a millennium perspective. J Cell Biochem. 2003;88:296-307        [ Links ]

________

NOTA COMPLEMENTAR (de nossa Política do Site):  Todo o material exibido nesse site é publicado exclusivamente para fins informativos. Não pretende substituir a avaliação e o acompanhamento do seu profissional de saúde (médico, nutricionista, acupunturista, fisioterapeuta, psicólogo, farmacêutico, etc.)

________

CLIQUE AQUI E ACESSE MAIS ARTIGOS SOBRE PSORÍASE E SAIBA COMO A ACUPUNTURA PODE AJUDAR.

________

Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

Não espere o agravamento do problema. Marque hoje mesmo uma consulta e se surpreenda!

ENTRE EM CONTATO CONOSCO!

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

Paralisia Facial Periférica
  • Introdução
  • Paralisia de BELL
  • Síndrome de Ramsay-Hunt
paralisia facial acupuntura curitiba 3paralisia facial acupuntura curitiba 4
Foto 1                                                                  Foto 2
Foto 1: desvio da comissura bucal com caimento do lado afetado. Foto 2: incapacidade para fechar o olho do lado afetado que permite ver a esclera pela elevação sinérgica do olho ao ocluir a musculatura orbicular (sinal de Bell). Autor:Juan I Pérez Calvo (Servicio de Medicina Interna - Hospital Clínico Universitario) CRÉDITOS: http://www.imagenmed.com [nota do site]
Introdução
O nervo facial é formado por duas raízes que seguem juntas por longo trajeto dentro do cânio:
a) o nervo facial propriamente dito, que corresponde à raiz motora responsável pela inervação dos músculos da mímica facial e do músculo estapédio (relacionado com a audição); e
b) o nervo intermediário de Wrisberg, que é composto por fibras sensitivas somáticas (controlam a sensibilidade de parte do pavilhão auricular), fibras sensitivas especiais (controlam a gustação dos dois terços anteriores da língua) e fibras do sistema nervoso autônomo (controlam as glândulas lacrimais e salivares).


Uma lesão do nervo facial manifesta-se por paralisia dos músculos da mímica facial em uma hemiface com incapacidade para enrugar a fronte, fechar completamente o olho, sorrir, bochechar, assoviar.
Observa-se, ainda, desvio da comissura labial para o lado contrário à lesão, apagamento dos sulcos da hemiface comprometida e lacrimejamento contínuo. Na dependência do local da lesão do nervo facial, alterações da gustação, audição (os sons parecem mais altos no lado comprometido), e salivação podem ser encontradas.
As lesões do nervo facial podem ser congênitas ou adquiridas. A Tabela 1 demonstra exemplos de causas de paralisia facial periférica. A paralisia de Bell, ou paralisia facial idiopática (cuja causa é desconhecida), é a mais freqüente.

paralisia facial acupuntura curitiba 5
Paralisia de BELL
Incidência
Estimada em 15-40 casos novos/100 000 habitantes/ano. O número de casos aumenta com a idade. Quanto ao sexo, entre 10 e 20 anos é mais comum no sexo feminino e, após os 40 anos, mais comum no sexo masculino.
Causa
Não se conhece bem a causa, mas acredita-se que possa estar relacionada com uma infecção viral do nervo facial.
Fatores de Risco
Gestantes e diabéticos apresentam risco aumentado para paralisia de Bell. Cerca de 10% dos pacientes têm história familiar positiva.

Leia também: ACUPUNTURA E PARALISIA FACIAL – ESTUDO DE CASO

Evolução
O início é súbito e a doença progride durante os primeiros 14 dias, sendo que o déficit máximo é atingido nos quatro primeiros dias. Referência de dor atrás da orelha ou na frente da orelha no início do quadro é freqüente. Algumas pessoas referem sensação de dormência na hemiface comprometida. A paralisia facial é unilateral na maioria das vezes, mas, em 10 por cento dos casos, é bilateral. Em 60 por cento a 80 por cento, a recuperação é completa e, em sete por cento dos casos, a paralisia facial é recorrente.
Prognóstico
Menor idade, fraqueza incompleta dos músculos acometidos, início da recuperação entre 10 e 21 dias e ausência de doenças sistêmicas (como diabetes) são fatores que favorecem um bom prognóstico (recuperação completa).
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado em critérios clínicos. Deve-se pesquisar história de trauma, infecções do ouvido, cirurgia otológica ou na glândula parótida. A presença de sinais de envolvimento de vias centrais como hemiparesia (dificuldade de movimento em um lado do corpo), ataxia (déficit de equilíbrio e incoordenação), comprometimento de outros nervos cranianos ou o achado de vesículas no pavilhão auricular ou cavidade oral remete a outros diagnósticos.
Exames Complementares
Os pacientes que apresentam perda auditiva neurossensorial nas fases iniciais ou aqueles que não mostram sinais de recuperação em três meses devem ser submetidos a estudo por ressonância magnética ou tomografia computadorizada de crânio.
Tratamento
O tratamento da paralisia de Bell não está estabelecido, mas estudos sugerem que, em pacientes adultos, o uso de corticosteróides associado a aciclovir está relacionado com melhor recuperação funcional. Este tratamento deve ser instituído nos primeiros sete dias do quadro, sendo os melhores resultados observados quando iniciado até o 4° dia.
Medidas preventivas para lesão de córnea, como uso de colírios (lágrima artificial) para evitar ressecamento do olho e aplicações de pomadas oftálmicas apropriadas à noite com oclusão do olho acometido são fundamentais. Em caso de dor ocular ou sinais de irritação está indicada uma avaliação oftalmológica de urgência para afastar úlcera de córnea.
O real valor da fisioterapia pode não ter sido demonstrado em vários estudos, mas parece ter efeito benéfico no sentido de evitar deformidades e manter a flexibilidade e a elasticidade muscular durante o período de paralisia. Exercícios específicos podem ser indicados quando se observa esboço de movimento da musculatura envolvida. Eles não interferem na velocidade de recuperação, mas podem melhorar a função. A Figura 1 demonstra exemplos de exercícios faciais que podem ser feitos enquanto durar a paralisia. O uso de órtese (buco-auricular) pode, também, ser medida auxiliar na prevenção de contraturas da musculatura. Quanto à eletroestimulação, não existe comprovação científica de sua eficácia como método de tratamento.
Figura 1
(clique para ampliar)
paralisia facial acupuntura curitiba 1
paralisia facial acupuntura curitiba 2
Seqüelas
Em casos com recuperação incompleta, podemos encontrar os seguintes sinais residuais: fraqueza da musculatura da mímica facial (30%), contraturas com acentuação de sulcos (20%), sincinesias (movimentos involuntários que ocorrem num grupo de músculos quando outro se contrai voluntariamente) e lágrimas de crocodilo decorrentes de reinervação anômala (50% e 6% respectivamente).

Leia também: ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL

Síndrome de Ramsay-Hunt
Paralisia facial periférica acompanhada pela presença de vesículas avermelhadas no pavilhão auricular (zoster ótico) ou na cavidade oral (território de inervação sensitiva do nervo facial), decorrente de reativação de infecção pelo vírus varicela-zoster.
Características Clínicas
A paralisia facial da síndrome de Ramsay-Hunt é mais grave e de pior prognóstico do que a paralisia facial de Bell. O acometimento de outros nervos cranianos pode ser encontrado e as principais manifestações clínicas associadas são vertigem, diminuição da audição, zumbidos, náuseas, vômitos e nistagmo (movimentos involuntários do globo ocular).
Em 14 por cento dos casos, as vesículas surgem após instalada a paralisia facial periférica, dificultando o diagnóstico. Existem casos de paralisia facial associada a varicela-zoster, nos quais as vesículas características não estão presentes – ‘zoster-herpete’.
Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico dos casos sem vesículas pode ser estabelecido pela presença do DNA do vírus varicela-zoster (VVZ), identificado pelo método PCR (reação de cadeia de polimerase), em amostras de saliva ou da pele da orelha, pela presença de anticorpos IgM anti-VVZ ou, ainda, elevação dos títulos de anticorpos IgG.
Tratamento
O tratamento com prednisona e aciclovir está associado com melhor recuperação funcional, principalmente se iniciado nos primeiros três dias.
CRÉDITOS: REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO
LEIA TAMBÉM OS OUTROS ARTIGOS DO SITE SOBRE PARALISIA FACIAL E SAIBA COMO A ACUPUNTURA PODE AJUDAR NESTES CASOS.
___________
Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!
Não espere o agravamento do problema. Marque hoje mesmo uma consulta e se surpreenda!

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ACUPUNTURA EM CURITIBA. ACUPUNTURA CURITIBA. ACUPUNTURA. CURITIBA. CLÍNICA DE ACUPUNTURA EM CURITIBA. CLÍNICA ACUPUNTURA CURITIBA. ACUPUNTURISTA EM CURITIBA. ACUPUNTURISTA CURITIBA. ACUPUNTURISTA. CURITIBA.

ANATOMIA APLICADA DO RAMO TEMPORAL DO NERVO FACIAL

ACUPUNTURA  CURITIBA

Anatomia aplicada do ramo temporal do nervo facial: estudo do risco potencial de lesão durante a cirurgia do rejuvenescimento facial

RESUMO

INTRODUÇÃO: O ramo temporal do nervo facial é um dos nervos mais comumente lesados, devido à pouca tela subcutânea que o protege a partir da sua saída da glândula parótida.

MÉTODO: Vinte e cinco hemifaces de cadáveres foram dissecadas e analisadas as relações entre o ramo temporal e glândula parótida, arco zigomático, SMAS, artéria temporal superficial e músculo frontal.

RESULTADOS: Doze ramos temporais dissecados perderam a proteção da glândula parótida a uma distância de 1,7 cm anterior ao trago. O cruzamento do arco zigomático por dois ramos temporais foi o mais frequente. A passagem pelo arco zigomático ocorreu entre 3,2 e 3,9 cm posteriores à borda lateral da órbita. O curso do ramo temporal junto às faces profundas do SMAS e da fáscia temporoparietal, e acima da lâmina superficial da fáscia temporal profunda foi constante. O ramo frontal da artéria temporal superficial foi superior e sua trajetória paralela ao ramo temporal em 92% das dissecções.

CONCLUSÃO: O ramo temporal do nervo facial segue um plano constante ao longo da face profunda da fáscia temporoparietal e está muito superficial quando cruza o arco zigomático.

Descritores: Nervo facial. Rejuvenescimento. Fascia/anatomia & histologia.

(nota do site: a publicação deste artigo é voltada para todos os Acupunturistas desejosos de aliar a sabedoria e a tradição da Medicina Tradicional Chinesa com as modernas pesquisas da Medicina Ocidental a fim de aprimorar sua técnica)

INTRODUÇÃO

Com as técnicas de dissecção mais sofisticadas durante a realização da cirurgia do rejuvenescimento facial, os nervos periféricos da face tornaram-se, potencialmente sujeitos a serem lesados.

O ramo temporal do nervo facial apresenta-se numa topografia mais superficial em relação aos outros ramos do nervo facial, tornando-se, desta maneira, mais susceptível a lesões. A preservação do ramo temporal do nervo facial requer um claro entendimento do seu curso e das suas relações com o arco zigomático e com as múltiplas camadas fasciais da região zigomática e temporal.

O propósito deste estudo é analisar a anatomia cirúrgica do ramo temporal do nervo facial, detalhando o seu posicionamento nas áreas de risco potencial, a fim de prevenir a lesão deste ramo nervoso durante a cirurgia do rejuvenescimento facial.

MÉTODO

Foram realizadas dissecções anatômicas em 20 hemifaces de cadáveres formolizados e 5 hemifaces de cadáveres frescos, cujas idades oscilaram entre 20 e 70 anos (Tabela 1).

Foram realizadas incisões pré-auriculares que estendemos para cima em direção à região temporal e para baixo, contornando o ângulo da mandíbula e a margem inferior do corpo da mandíbula. O nervo facial foi exposto desde a região parotídea até o ponto onde as terminações distais do seu ramo temporal penetravam no músculo frontal.

Os seguintes aspectos foram analisados:

1. Distância da saída do ramo temporal do nervo facial de dentro da glândula parótida em relação ao trago;

2. Número de ramos nervosos cruzando o arco zigomático;

3. Relação do ramo temporal com o arco zigomático;

4. Relação do ramo temporal com o sistema músculo aponeurótico superficial da face (SMAS), fáscia temporoparietal e fáscia temporal profunda;

5. Relação do ramo temporal com a artéria temporal superficial;

6. Terminações do ramo temporal (Apêndice I).

RESULTADOS

Distância da saída do ramo temporal do nervo facial de dentro da glândula parótida em relação ao trago

Encontrou-se uma variação de 1,4 a 2,1 cm (Gráfico 1), com 14 ramos dissecados (56%), exteriorizando-se a uma distância média de 1,7 cm do trago, com desvio padrão de 0,155 cm (Figuras 1 e 2).

Número de ramos nervosos cruzando o arco zigomático

Os diferentes padrões de anastomoses entre os ramos da divisão temporofacial do nervo facial originaram cinco variações mais frequentes na disposição destas conexões durante a sua passagem pelo arco zigomático (Tabela 2), sendo o achado mais frequente (48% das dissecções) o cruzamento pelo arco zigomático de dois ramos temporais do nervo facial sem a ocorrência de anastomoses com o ramo zigomático (Figuras 3 a 7).

Relação do ramo temporal com o arco zigomático

Para se localizar o ponto de passagem do ramo temporal do nervo facial sobre o arco zigomático, foi traçada uma linha reta unindo o trago à parede lateral da órbita, no nível do ligamento palpebral lateral, chamada de linha órbito-tragal (Figura 8). Verificou-se que o cruzamento do ramo temporal sobre o arco zigomático ocorria entre 3,2 a 3,9 cm posteriores à margem lateral da órbita, no nível da linha órbito-tragal (Gráfico 2). O trecho da passagem do ramo nervoso sobre o arco zigomático corresponde ao seu terço médio. A distância média para esta relação anatômica foi de 3,6 cm e o desvio padrão foi de 0,224 cm.

Relação do ramo temporal com o SMAS, fáscia temporoparietal e fáscia temporal profunda

Observou-se, em todas as dissecções, o trajeto do ramo temporal junto à face profunda do SMAS e fáscia temporoparietal, e acima do folheto superficial da fáscia temporal profunda (Figuras 9 a 13).

Relação do ramo temporal com a artéria temporal superficial

A artéria temporal superficial dividiu-se nos ramos anterior e posterior sempre após cruzar o arco zigomático. A relação do ramo frontal da artéria temporal superficial com o ramo temporal do nervo facial mostrou-se constante em 92% das dissecções (23 hemifaces): o curso da artéria foi sempre superior e paralelo ao curso do nervo (Figura 14).

Ao nível da borda ínfero-lateral do músculo frontal, o ramo frontal da artéria temporal superficial ofereceu, em todas as dissecções, um ramo descendente para o músculo frontal que coincidia com o sítio de penetração do nervo neste músculo. Este ramo arterial apresentou íntima relação com os ramos terminais do nervo temporal ao ser "abraçado" pelos ramos nervosos imediatamente antes deles penetrarem no músculo frontal (Figuras 15 e 16).

A relação anatômica entre estas duas estruturas ocorreu em 80% das dissecções (20 hemifaces) a uma distância média de 0,6 cm da borda lateral da órbita, ao nível da linha que une o ligamento palpebral lateral à espinha da hélice (Figura 17).

Modelo das terminações nervosas do ramo temporal

Apurou-se que os filetes nervosos terminais penetravam no músculo frontal, profundamente em sua face interna, numa extensão que variou 1,5 a 4,2 cm verticalmente superior ao ligamento palpebral lateral (Figuras 18 e 19).

Apêndice

DISCUSSÃO

Após emergir da glândula parótida 1,7 cm anterior ao trago, o ramo temporal do nervo facial passa pelo arco zigomático entre 3,2 e 3,9 cm posterior à borda lateral da órbita, ao nível da linha órbito-tragal, o que corresponde ao terço médio do arco zigomático. Observou-se esta constância anatômica em todas as peças dissecadas. Os trabalhos de Correia & Zani1, Mitz & Peyronie2, Baker & Conley3, Ozresky et al.4, Hinderer et al.5, Psillakis et al.6, Stuzin et al.7, Caix et al.8, Faivre & Faivre9, do mesmo modo, enfatizam a vulnerabilidade do ramo temporal ao nível do terço médio do arco zigomático.

Observou-se que o nível da profundidade dos nervos temporais sobre o arco zigomático foi proporcional à quantidade de tecido adiposo apresentado pelo cadáver em estudo. Cadáveres magros e de idosos praticamente não apresentavam nenhum tecido adiposo envolvendo o nervo, tornando-os, desta forma, mais vulneráveis a lesões.

A partir dos estudos de Correia & Zani1, Mitz & Peyronie2, Psillakis et al.6, Stuzin et al.7, Faivre & Faivre9, Loeb10, Zani et al.11, pode-se confirmar nas dissecções realizadas que, acima do arco zigomático, a fáscia temporoparietal representa a extensão cefálica do SMAS e está em continuidade com a gálea aponeurótica superiormente e o músculo frontal anteriormente, porém apresenta-se com uma espessura muito fina, aumentando o risco potencial de lesão do ramo temporal no caso da dissecção fascial a este nível. Comprovou-se que, após sair da glândula parótida, o ramo temporal cursa imediatamente abaixo do SMAS e assim continua durante sua passagem sobre o terço médio do arco zigomático. Ultrapassando este marco anatômico, constatou-se em todas as hemifaces estudadas que o ramo temporal passa a cursar sobre o folheto superficial da fáscia temporal profunda e permanece abaixo da fáscia temporoparietal (SMAS), mantendo-se neste plano até penetrar no músculo frontal ao nível do rebordo orbitário superior. Este é um importante achado: o nervo temporal sempre cursa em um plano anatomicamente previsível e constante. As observações apresentadas aqui estão em concordância com aquelas relatadas por Stuzin et al.7 e Caix et al.8.

A partir da análise dos dados obtidos no trabalho em pauta, pode-se afirmar que, embora o ramo temporal do nervo facial apresente uma ampla variação no padrão de sua ramificação, ele cursa em uma direção constante. Isto permite a definição de um plano de dissecção seguro para a região temporal, durante uma ritidoplastia temporal ou frontal. Os níveis de dissecção temporal podem ser definidos como sendo superficiais ou profundos ao ramo temporal do nervo facial. Esses níveis incluem: o plano subcutâneo, o plano abaixo da fáscia temporoparietal e o plano subperiostal.

A dissecção subcutânea deveria ser realizada superficial à fáscia temporoparietal, tomando cuidado para não confeccionar um retalho cutâneo muito fino, a fim de evitar lesões tróficas da pele e de proteger os folículos pilosos.

A dissecção abaixo da fáscia temporoparietal deveria ser feita na superfície da lâmina superficial da fáscia temporal profunda. Realizar uma cirurgia abaixo da fáscia temporoparietal implica em dissecar dentro da camada de tecido areolar frouxo subaponeurótico. Para a maioria das situações clínicas, esse é um plano cirúrgico seguro. É importante apreciar a espessura dessa camada areolar, e a dissecção poderá ser feita diretamente na lâmina superficial da fáscia temporal profunda, pois o tecido areolar possui um grau de espessura que permite a dissecção diretamente acima da fáscia temporal profunda mais facilmente do que ao longo da fáscia temporoparietal. Os ramos temporais do nervo facial são, em geral, mais anteriores e caudais ao ramo frontal da artéria temporal superficial, de modo que o risco de lesão é muito baixo, quando a elevação do retalho temporal é posterior a essa artéria. A elevação desse retalho deverá ser interrompida, quando a artéria é identificada visualmente ou pela palpação, a fim de evitar levar a dissecção para perto dos nervos temporais.

A dissecção subperiostal, utilizada na cirurgia de rejuvenescimento do terço médio da face, por via endoscópica, deverá ser realizada na superfície do arco zigomático. Para que o arco zigomático seja exposto, a dissecção deverá ocorrer abaixo da camada superficial da fáscia temporal profunda, dentro do coxim gorduroso temporal.

Vários autores1,4,10,13-15 citam o ramo frontal da artéria temporal superficial como referencial para a localização do ramo temporal do nervo facial. Constatou-se que esse ramo arterial é paralelo e superior ao curso do ramo temporal do nervo facial, emitindo sempre, ao nível da borda lateral do músculo frontal, um ramo descendente para esse músculo. Esse ramo arterial descendente apresenta uma íntima relação com as anastomoses nervosas extremamente finas do ramo temporal imediatamente antes delas penetrarem no músculo frontal. Esta importante relação anatômica, entre a porção distal do ramo frontal da artéria temporal superficial e os ramos terminais do nervo temporal, ocorre a 0,6 cm da borda lateral da órbita, em uma linha unindo o canto lateral do olho à raiz da hélice. Confirmou-se, também, em todas as peças dissecadas, a presença da veia sentinela próxima aos ramos distais do nervo temporal e do ramo frontal da artéria temporal superficial.

A veia sentinela e a porção distal do ramo frontal da artéria temporal superficial são marcos anatômicos fundamentais, pois indicam área vulnerável na proximidade do ramo temporal do nervo facial.

A ocorrência de sangramento nesta área resultará em um risco iminente de lesão ao ramo temporal, durante o processo de hemostasia. De uma maneira geral, as lesões decorrentes do uso de eletrocoagulação possuem um grande potencial de recuperação3.

Observou-se que as terminações do ramo temporal ao se aproximarem da borda lateral do músculo frontal assumem a disposição de um fino plexo semelhante a um leque numa extensão que varia de 1,8 a 4,2 cm, verticalmente superior ao ligamento palpebral lateral. Embora o ramo temporal seja relativamente superficial na parte mais distal do seu curso, a sua penetração no músculo frontal sempre ocorre profundamente em sua face interna. Este importante relato anatômico é também referido na literatura3,12.

Idealmente, a localização dos principais marcos anatômicos relacionados ao nervo temporal deveria ser feita percutaneamente antes da cirurgia, de modo que a área contendo o nervo possa ser evitada ao se fazer uma incisão ou desenvolver um plano de dissecção.

CONCLUSÃO

Após perder a proteção da parte superior da glândula parótida 1,7 cm anterior ao trago, em geral dois ramos temporais do nervo facial cruzam o arco zigomático, no seu terço médio, e continuam em direção à região fronto-temporal, sempre junto à face profunda do SMAS, até penetrar no músculo frontal em sua face profunda. A observação da descrição anatômica durante o curso tridimensional constante do ramo temporal nas regiões zigomática e temporal, aqui referida, auxilia a prevenção de danos ao ramo temporal, fato que ocorrendo em muito prejudicará o pós-operatório na cirurgia de rejuvenescimento facial.

CRÉDITOS DO ARTIGO:

Maria Lídia de Abreu SilvaI; José Horácio AboudibII; Cláudio Cardoso de CastroIII

IMestrado; Professora da Disciplina de Cirurgia Plástica - Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
IIMestrado; Coordenador e Professor da Disciplina de Cirurgia Plástica - Faculdade de Ciências Médicas - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
IIILivre Docência; Professor da Disciplina de Cirurgia Plástica - Faculdade de Ciências Médicas - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.) vol.25 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2010 ( link para o artigo no Scielo)

REFERÊNCIAS

1. Correia P de C, Zani R. Surgical anatomy of the facial nerve, as related to ancillary operations in rhytidoplasty. Plast Reconstr Surg. 1973;52(5):549-52.     

2. Mitz V, Peyronie M. The superficial musculo-aponeurotic system (SMAS) in the parotid and cheek area. Plast Reconstr Surg. 1976;58(1):80-8.       

3. Baker DC, Conley J. Avoiding facial nerve injuries in rhytidectomy. Anatomical variations and pitfalls. Plast Reconstr Surg. 1979;64(6):781-95.   

4. Ozersky D, Baek SM, Biller HF. Percutaneous identification of the temporal branch of the facial nerve. Ann Plast Surg. 1980;4(4):276-80.    

5. Hinderer UT, Urriolagoitia F, Vildósola R. The blepharo-periorbitoplasty: anatomical basis. Ann Plast Surg. 1987;18(5):437-53.       

6. Psillakis JM, Rumley TO, Camargos A. Subperiostal approach as an improved concept for correction of the aging face. Plast Reconstr Surg. 1988;82(3):383-94.      

7. Stuzin JM, Wagstrom L, Kawamoto HK, Wolfe SA. Anatomy of the frontal branch of the facial nerve: the significance of the temporal fat pad. Plast Reconstr Surg. 1989;83(2):265-71.   

8. Caix P, Goin JL, Modschiedler T. Le lifting facial profound par voie temporale. Ann Chir Plast Esthet. 1992;37(1):67-74.      

9. Faivre J, Faivre JM. La place du lifting temporal profond dans lê traitement chirurgical du viellissement de la face. Ann Plast Surg. 1992;37:53-5.       

10. Loeb R. Technique for preservation of the temporal branches of the facial nerve during face-lift operations. Br J Plast Surg. 1970;23(4):390-4.  

11. Zani R, Fadul R Jr, Da Rocha MA, Santos RA, Alves MC, Ferreira LM. Facial nerve in rhytidoplasty: anatomic study of its trajectory in overlying skin and the most common sites of injury. Ann Plast Surg. 2003;51(3):236-42.  

12. Yasargil MG, Reichman MV, Kubik S. Preservation of frontotemporal branch of the facial nerve using the interfascial temporalis flap for pterional craniotomy. Technical article. J Neurosurg. 1987;67(3):463-6.      

13. Pitanguy I, Ramos AS. The frontal branch of the facial nerve: the importance of its variations in face lifting. Plast Reconstr Surg. 1966;38(4):352-6.

14. Stuzin JM, Wagstrom L, Kawamoto HK, Wolfe SA. Anatomy of the frontal branch of the facial nerve: the significance of the temporal fat pad. Plast Reconstr Surg. 1989;83(2):265-71.   

15. Furnas DW. Landmarks for the trunk and the temporofacial division of the facial nerve. Br J Surg. 1965;52:694-6.     

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ARTROSE-INFORMAÇÕES GERAIS

ACUPUNTURA CURITIBA ARTROSE

Nota introdutória do site: artrose é um problema bastante comum em nossa prática. Por isso estamos publicando este artigo como subsídio aos nossos pacientes e leitores com o único intuito de divulgar informações confiáveis para esclarecimento. Conforme explicitado em nossa Política do Site, reiteramos que o propósito geral de nosso site e deste artigo em particular não é o de servir como guia para auto-diagnóstico e nem mesmo uma maneira para confirmação de diagnósticos. A única maneira de obter um diagnóstico fidedigno e orientações precisas é com seu prestador de serviços de saúde (seja ele médico no caso dos diagnósticos nosológicos ocidentais, terapeuta acupunturista para os diagnósticos energéticos orientais e os casos da alçada de outros profissionais de saúde nas suas áreas de atuação como fisioterapeutas, psicólogos, etc.).

Artrose: quem viver terá.

Resumo

-  Sinônimos: artrose, osteoartrose, osteoartrite

-  O que é: É o processo decorrente do desgaste e envelhecimento das articulações.

-  Não confundir com: artrite (processo originalmente inflamatório, com várias causas, como autoimunidade, gota, trauma, infecção, etc).

-  Sintomas: De nenhum à dor, inchaço e disfunção limitante das articulações afetadas.

-  Causas: envelhecimento, qualquer processo que cause sobrecarga ou lesões nas articulações, tendências genéticas.

-  Quem tem: em graus variados, todas as pessoas. Começamos a envelhecer no dia em que nascemos.

Introdução

Artrose, osteoartrose, osteoartrite. São sinônimos para designar a condição “reumática” mais frequente. Ela é considerada a primeira causa de incapacidade física em adultos no mundo. Estima-se que cerca de 10% dos indivíduos acima de 55 anos tenham que limitar suas atividades devido a este processo [1]. Todos os animais que possuem ossos estão sujeitos a desenvolver artrose. Quem viver terá! O presente artigo visa esclarecer o que é artrose, quais suas causas e o que existe de conhecimento atual no sentido de diminuir seu aparecimento, sua velocidade e seus sintomas.

O que é artrose

Artrose é o processo decorrente do desgaste e do envelhecimento das articulações, e também da tentativa do corpo de reparar estes danos.

Porque acontece?

As articulações sofrem diariamente o impacto e o atrito decorrentes de nossas atividades físicas. Mesmo as atividades normais levam a traumas e desgastes em sua cartilagem, que são prontamente reparadas pelo tecido vivo que a compõem. A artrose acontece na medida em que a reparação é menor do que a destruição, ou quando a reparação é inadequada.

São causas de aumento do desgaste: qualquer processo que cause traumas mais intensos ou constantes, como obesidade, frouxidão dos ligamentos, atividades intensas e repetitivas, alterações da anatomia normal, presença de corpo ou objeto dentro da articulação.

A inflamação é ao mesmo tempo causa e consequência da artrose. Processos inflamatórios como artrites (artrite reumatoide, gota, infecções articulares, etc) levam à destruição acelerada da articulação, levando então à artrose acelerada. Na artrose comum, a perda da arquitetura e da composição normal dos componentes da articulação leva a um aumento do atrito e dos traumas durante a mobilização, o que gera inflamação, que acelera o desgaste, fechando um ciclo vicioso. Portanto em toda artrose há um certo grau de inflamação, com ampla variação entre os indivíduos. As causas determinantes da intensidade da articulação não são bem compreendidas, mas certamente sofrem alguma influência genética. Quando a inflamação é intensa (e a destruição acelerada) denomina-se o processo de “artrose erosiva” ou “artrose inflamatória”.

O envelhecimento leva a diminuição do metabolismo em geral, e da capacidade de regeneração de todos os tecidos, incluindo das cartilagens articulares. Com ele há uma mudança na composição e na hidratação da cartilagem, que fica mais frágil. Os tecidos produtores do lubrificante natural das articulações também perdem sua eficiência, acelerando o desgaste. A velocidade com que isso acontece varia imensamente entre os indivíduos, e este processo também é mal entendido e parece estar sujeito a influências genéticas.

Quando a cartilagem não mais consegue superar as agressões elas se transmitem para o osso subjacente, que tenta se defender produzindo mais osso. O resultado deste processo são os “osteófitos”, ou saliências ósseas que nas mãos levam àquele alargamento das juntas (nódulos de Heberden e Bouchard) e na coluna ao famosos “bicos de papagaio”. Este mecanismo visa estabilizar a articulação e protege-la de mais trauma, mas nem sempre é eficaz e ocasionalmente apenas causa mais trauma e limitação.

Interessantemente, parece existir uma relação entre artrose e hiper-motilidade (pessoas, geralmente mulheres, que têm articulações mais frouxas e abundam em alongamento). Imagina-se que isso aconteça por 2 motivos: 1) os ligamentos são feitos basicamente do mesmo material que as cartilagens, portanto ligamentos frouxos é igual a cartilagens frouxas. 2) ligamentos mais frouxos não protegem adequadamente as articulações, que sofrem mais traumas. Então porque existem tantas mulheres com esta hipermotilidade? A resposta parece ser: porque a frouxidão ligamentar favorece o parto, de forma que esta característica teria sido amplamente selecionada em mulheres durante a evolução, mas menos em homens.

Em que partes do corpo a artrose acontece?

Ela pode acontecer em qualquer articulação do corpo, mas tem predileção por algumas em específico.

Existem 2 processos de artrose distintos, a artrose das juntas pequenas das mãos e pés (tipicamente as das pontas dos dedos) e a artrose de grandes articulações como quadris e joelhos. A primeira é bastante geneticamente determinada. Pessoas que têm parentes próximos com mãos e pés artróticos têm chances bem maiores de vir a tê-los. O segundo tipo é mais ligado à sobrecarga e à obesidade.

Algumas articulações classicamente sofrem bem menos de artrose, como os punhos, cotovelos, metacarpo-falangenas (as articulações entre os dedos e as mãos). A presença de artrose importante nestas articulações clama a investigação de algum processo patológico desencadeante.

Quais são os sintomas da artrose?

Graus diferentes de artrose dão sintomas diferentes. Além disto, as pessoas têm graus muito variados de sensibilidade à artrose. Um mesmo grau de artrose pode causar imenso desconforto em algumas pessoas e nenhum desconforto em outras. Os sintomas mais comuns são: dor, alargamento da articulação, inflamação (calor, inchaço), limitação do movimento. Nem sempre é fácil diferenciar a artrose da artrite (processo originalmente inflamatório, com várias causas, como autoimunidade, gota, trauma, infecção). Uma dica é a característica da dor. Na artrose a dor tipicamente é pior no início do movimento e que melhora rapidamente, em segundos a minutos, “quando a junta esquenta”. Na artrite o tempo para a articulação “esquentar” é maior (minutos a horas). O local de acometimento também é outra dica. Nas mãos, a artrose quase sempre acomete mais as juntas das pontas dos dedos do que as outras. São raros os processos inflamatórios (artrites) que acometem estas articulações (gota, artrite psoriática). Independentemente das “dicas”, cabe ao médico diferenciar estes processos.

Como se previne a artrose?

Não se pode completamente evitar a artrose, assim como não se pode evitar o envelhecimento. No entanto pode-se minimizar, dentro de nossa tendência individual, o avanço deste processo. Primeiramente deve-se evitar a obesidade. Ela é o certamente o processo mais associado à artrose de quadril, joelhos e tornozelos (as articulações que aguentam o peso) [2]. Em um estudo, a perda de apenas 4 quilos e meio, ao longo de 10 anos, diminuiu o risco de desenvolver artrose em 50% [3]. Em segundo lugar deve-se cuidar do corpo. Os músculos, junto com os ligamentos, são os principais estabilizadores das articulações. Músculos flácidos levam a articulações instáveis e mais sujeitas a traumas e sobrecargas. Interessantemente, o desbalanço entre musculaturas também levam a alterações na função articular. Assim, o fortalecimento muscular deve contemplar todos os grupos musculares igualmente. Vícios de postura são grandes causadores de artrose, em especial de coluna. A consciência corporal, alongamentos e atividades físicas balanceadas, Yoga, Pilates e RPG, entre outros, são meios de corrigir estes vícios. Traumas desnecessários devem ser evitados! Algumas atividades físicas são clássicos destruidores de articulações, como o futebol, a ginástica olímpica, o tênis, etc. Isso não quer dizer que você não deva praticar estes esportes, seria como deixar de viver para evitar a morte. Apenas leve em consideração o potencial destrutivo das atividades de impacto e minimize seus danos com o uso de calçados adequados, fortalecimento muscular, aperfeiçoamento da técnica e evitando choques e traumas desnecessários. Não há evidências de que nenhuma alimentação em específico seja melhor que outra na prevenção de artrose, no entanto uma alimentação balanceada é necessária para a produção adequada de cartilagem e seu lubrificante, e uma alimentação consciente é necessária para evitar o ganho de peso.

Como se trata a artrose?

Veremos a baixo que o tratamento medicamentoso para artrose tem várias limitações. Portanto o tratamento não medicamentoso merece destaque.

Tratamento não medicamentoso

Perda de peso

Vimos que obesidade está ligada ao desenvolvimento de artrose, mas a perda de peso é eficaz em reduzir os sintomas? A resposta é sim. Mesmos perdas de peso modestas são eficazes em reduzir a dor. Em um estudo, 316 pacientes com sobrepeso e artrose de joelhos foram sorteados para receber educação sobre bem-viver, dieta, exercícios físicos ou ambos. A combinação de dieta e exercícios foi a mais eficaz, com melhora da dor e disfunção [4].

Exercícios físicos aeróbicos

A relação entre exercícios físicos e artrose sempre foi controversa. Por um lado o uso das articulações danificadas poderia causar mais desgaste, dor e inflamação. Por outro, os pacientes com artrose frequentemente possuem deficiências na marcha, alongamento, flexibilidade, capacidade aeróbica e força que poderiam ser melhoradas com exercícios. Ainda, a realização de atividades físicas e a melhora progressiva da performance podem ser um grande estímulo psicológico a este paciente cuja vida é frequentemente muito limitada. Em um estudo, 102 pacientes com artrose de joelhos foi sorteado para receber um programa supervisionado de caminhada e educação ou o tratamento médico de rotina. O grupo da caminhada apresentou 39% de melhora na capacidade física e 27% de melhora na dor, enquanto nenhuma mudança ocorreu no outro grupo [5]. Em uma metanálise (estudo que usa métodos estatísticos para unir dados de vários estudos pequenos na tentativa de obter resultados mais confiáveis), cada uma das intervenções estudadas teve um baixo impacto nos sintomas da artrose. Entretanto exercícios aeróbicos foi a atividade individualmente mais eficaz [6]. Nem todos os estudos são tão otimistas, no entanto. Portanto exercícios físicos aeróbicos devem ser incentivados, mas realizados com supervisão direta e individualizados para minimizar danos e otimizar ganhos. Os pacientes são encorajados a “aquecerem” antes dos exercícios, com alongamentos para promover circulação sanguínea adequada, e desencorajados a correr ou subir escadas (como forma de exercícios) para evitar a sobrecarga dos joelhos.

Exercícios de baixo impacto

Exercícios de baixo impacto como natação, hidroginástica, bicicleta, caminhada e Tai Chi ajudam a desenvolver força muscular (que protege as articulações) sem tanto agredi-las. Em um pequeno estudo, com 40 pacientes com artrose de joelhos, metade foi sorteados para receber 12 semanas de Tai Chi e a outra metade 12 semanas de educação nutricional e alongamentos. Ambos os grupos melhoraram os índices de dor (WOMAC), mas no grupo Tai Chi eles caíram de 220 para 70 e no outro de 220 para 150 [7]. Exercícios de baixo impacto são preferíveis aos demais para artrose, salvo raras exceções. Exercícios na água são particularmente benéficos para pacientes com artrite grave, pacientes obesos, ou com muito pouco condicionamento físico [8].

Musculação

Musculação tem o poder de reverter a atrofia muscular ligada à artrose e à inatividade, e desta forma proteger a articulação. Outra vantagem desta abordagem é a possibilidade de ser realizada inclusive por indivíduos que tenham dificuldades de exercer atividades aeróbicas, como cardíacos e portadores de disfunções físicas e neurológicas. Exercícios de musculação individualizados são benéficos desde que isométricos (força contínua, mas sem, ou com muito pouco, movimento articular), em especial para aqueles com inflamação articular. Lembrar que o desbalanço da musculatura é causa de desgaste tanto quanto a atrofia, de forma que os grupos musculares antagônicos devem ser igualmente contemplados.

Fisioterapia

Existem evidencias crescentes e a crença em geral de que fisioterapia pode melhorar a dor e a evolução da artrose. Esta modalidade, na verdade, inclui todas as outras já referidas (alongamento, fortalecimento, atividade aeróbica), direcionadas para as necessidades do paciente, e também outros métodos como calor local, ultrassom, infravermelho (voltadas para a diminuição da inflamação), a manipulação manual (massagens, massoterapia, etc) e atenção pessoal e psicológica. No Brasil, no entanto, estes profissionais são frequentemente muito mal remunerados (3 reais a hora pelo SUS e não muito mais que isso por muitos convênios), o que inviabiliza a atenção requerida para o tratamento da artrose.

Calçados e palmilhas

Calçados e palmilhas podem ajudar nos sintomas e possivelmente retardar a evolução da artrose, principalmente em joelhos e tornozelos, mas também possivelmente em quadril. Calçados com acolchoamento ou palmilhas de material visco-elástico, como o silicone ou as sorboplanas®, diminuem diretamente o impacto das atividades físicas. Pequenos saltos (2,5 a 4 cms) reduzem a pressão da patela sobre o fêmur, protegendo esta articulação. Recentemente voltaram à moda os calçados “em mata-borrão”, cujas solas são curvas, permitindo um movimento de pêndulo ao andar, também diminuindo o impacto desta atividade.

Acupuntura

Apesar de bastante prescrita e procurada, existem poucos estudos razoavelmente desenhados avaliando acupuntura para artrose. Um metanálise recente concluiu que “acupuntura é ligeiramente melhor do que pinçamento placebo no alívio da dor”. Alguns pacientes relatam boa melhora, no entanto.

Existem medicações para tratar a artrose?

Sim, existem muitas. Mas aqui vale a máxima “se existem muitas é porque nenhuma é boa”. Na verdade nenhum tratamento provou em estudos grandes e bem feitos realmente modificar o curso da artrose. No entanto a falta de prova de eficácia não é igual à prova da ineficácia. Estudos grandes e bem feitos são difíceis, demorados e caros. Portanto poucos foram realizados e todos esbarram na dificuldade de quantificar a evolução da doença. Como já foi mencionado, a dor e os sintomas são imensamente variáveis entre indivíduo e são maus indicativos da progressão do processo. As alterações no raio-x são muito grosseiras, pouco sensíveis e amplamente sujeita a subjetividades de interpretação entre diferentes radiologistas. Um dado interessante é que apenas placebo consegue causar melhora dos sintomas em até 30% dos indivíduos. Portanto a ação de uma medida só deve ser considerada efetiva se comparada com placebo. A despeito da falta de evidências científicas, diversas medicações são largamente usadas como auto-medicação ou prescritas por reumatologistas. Isto é feito em parte para “tratar” a angústia de não se fazer nada, mas também porque médicos e pacientes na prática frequentemente têm uma impressão diferente da apontada pelos estudos: de que há melhora dos sintomas com a medicação e que há a piora com a retirada dela, ou com a substituição por placebo. A maior parte destas medicações não tem efeito analgésico ou antinflamatório. Porque, então, elas fariam diferença? Será que há efeitos benéficos que não puderam ser bem avaliados cientificamente em função das dificuldades do método? Enquanto houver dúvida haverá a tentativa de tratamento. Outro dado relevante é que cada uma das drogas age (ou agiria) por mecanismos diferentes, portanto teoricamente a soma delas seria sinérgica (benéfica). Nenhum estudo testou a soma de medicações (a exceção apenas de glucosamina com condroitina) contra o placebo. Outra margem para dúvidas.

A seguir, um resumo das principais drogas frequentemente utilizadas:

Analgésicos

Em função da falta de evidências claras do benefício de drogas no curso da artrose, a maioria (senão todas) das diretrizes nacionais e internacionais apontam os analgésicos não opióides como a primeira linha de drogas a serem prescritas para a artrose. Diferentemente dos antinflamatório, estas drogas geralmente são seguras para o uso contínuo (nas doses aqui descritas), mesmo em pacientes idosos e com diversas comorbidades. No Brasil podemos optar entre o paracetamol (500 e 750mg, que pode ser tomado até de 6 em 6 horas) ou a dipirona (500mg, também de 6 em 6 horas). Suas limitações consistem na eficácia no controle dos sintomas (moderada na melhor das hipóteses), e posologia (4 vezes ao dia).

Analgésicos opióides

Os analgésicos opióides (tramadol, oxicodona, dolantina, morfina, fentanyl) não devem ser usados por longos períodos por efeitos colaterais, dependência química e perda de eficácia. No entanto ocasionalmente são usados durante “crises” dolorosas.

Antinflamatórios (não corticoides)

São mais eficazes que os analgésicos no controle da dor, e são frequentemente utilizados quando estes deixam de funcionar. É possível, ainda, que os antinflamatórios tenham efeitos na artrose além do controle da dor. A inflamação é parte do ciclo vicioso que em última análise leva à destruição articular, e sua inibição poderia ter efeito retardador do processo [9,10].

No entanto os efeitos colaterais de seu uso prolongado, mesmo com as doses habituais, são bem conhecidos e potencialmente fatais, incluindo gastrite, úlcera gástrica, sangramento digestivo, insuficiência renal (na maioria das vezes irreversível), hepatite medicamentosa. Um agravante é que a população que mais tem artrose, os idosos, é a que mais está sujeita a seus efeitos colaterais. Aqui vale pontuar que, mesmo sendo estas medicações vendidas sem prescrição, os antinflamatórios não devem ser usados por períodos maiores que poucos dias, exceto se prescrito por médicos após cuidadosa avaliação clínica e laboratorial. Indivíduos com disfunção parcial dos rins (apenas diagnosticável com exames laboratoriais) não devem usar estas medicações.

Existem ainda os antinflamatórios tópicos, em forma de gel, que são seguros e aparentemente de alguma eficácia.

Corticóides via oral

Seus efeitos colaterais em longo prazo são também amplamente conhecidos e incluem ganho de peso, osteoporose, catarata, glaucoma, diabetes, fraqueza muscular progressiva, entre outros. Possuem ainda os mesmos efeitos colaterais gastro-intestinais e renais que os antinflamatórios comuns, se bem que bem menos frequentes. Seu uso crônico em baixas doses, na artrose, só deve ser cogitado quando os benefícios claramente superam os riscos. Não deve ser utilizada sem prescrição médica. Em “crises inflamatórias”, no entanto, podem ser de grande ajuda, por curtos períodos.

Glucosamina e condroitina

São considerados suplementos alimentares e largamente utilizados para artrose de grandes articulações. A ideia por trás destas substâncias é a que, sendo estes dois componentes básicos da cartilagem e de seu lubrificante, sua super-oferta poderia ajudar a reconstrui-la lubrifica-la. Ainda mais em idosos, nos quais a absorção intestinal destas substâncias nas quantidades normalmente presentes nos alimentos é diminuída. No entanto muita controvérsia existe sobre a eficácia desta abordagem. O balanço das evidências baseadas em trabalhos de boa qualidade sugere pequeno ou nenhum beneficio em seu uso [11-13] (como na maioria das outras medidas para artrose, diga-se de passagem). Ao mesmo tempo não parece haver qualquer risco associado ao seu uso, exceto por discretas e ocasionais indisposições gastro-intestinais. A glicosamina deve, no entanto, ser evitada em indivíduos alérgico a frutos do mar, por derivar da casca do camarão.

Cloroquina

As cloroquinas (hidroxicloroquina e difosfato de cloroquina) são derivados do quinino, planta usada há milênios pelos índios americanos no tratamento da malária. Sabe-se que estas substâncias têm também efeitos imunomoduladores (controladores do sitema imune), pelos quais são usadas em doenças como o lúpus e a artrite reumatoide. Nestas doenças as cloroquinas auxiliam na prevenção do dano articular. O uso empírico das cloroquinas na artrose é baseado na ideia de que aqui também há inflamação e a participação do sistema imune, apesar de bem menos centrais.  Existem, no entanto, bem poucas evidências científicas respaldando este uso. Em uma série de casos, 6 dos 8 pacientes com artrose erosiva não respondedora a antinflamatórios melhoram com a hidroxicloroquina [14]. No Brasil estas substâncias são amplamente utilizadas por reumatologistas, principalmente para artrose erosiva de mãos, com uma impressão geral positiva. O difosfato de cloroquina deposita-se em muitos dos tecidos de nosso corpo, incluindo o fundo de olho e o aparelho auditivo, e pode em alguns casos e sempre após um longo período de uso (maior que um ano), causar diminuição da visão e da audição. Seu uso é seguro, desde que acompanhamento seriado (6 em 6 meses) seja feita com oftalmo e otorrinolaringologista. Este efeito colateral não parece acontecer com a hidroxicloroquina, o que justifica seu maior uso, a despeito de aparente menor eficácia e maior custo.

Diacereína

A diacereína é um composto originalmente extraído do ruibarbo, uma planta comestível largamente conhecida fora do Brasil. Ela é metabilizada em outra substância, o ácido clássico que tem propriedades antinflamatórias e analgésicas (diminui a produção de interleucina-1 e estimula a produção de prostaglandina E2). Uma revisão sistemática de 2006 incluindo diversos trabalhos que junto compreendiam 2069 pacientes com artrose notou um modesto, mas estatisticamente significante, beneficio da diacereína comparada com placebo [15]. Seu efeito colateral mais comum é diarreia, e ela deixa a urina com cor avermelhada.

Colchicina

Empresta-se da gota o uso de colchicina na artrose. Esta substância tem o poder e estabilizar o micro-esqueleto das nossas células, dificultando que leucócitos (células do sistema imune) desloquem-se até o sítio inflamatório ou lá despejem substâncias pró-inflamatórias. Na gota o causador da inflamação é o cristal de ácido úrico. Na artrose pode haver cristais de pirofosfato de cálcio, tanto como consequência como. É nesta condição (artrose associada à depósito de cristais, ou pseudogota) quando a colchicina é mais frequentemente utilizada[16]. Em um pequeno estudo com 10 pacientes com pseudogota esta substância foi eficaz em reduzir o número de ataques [17]. Na artrose de joelhos, 36 pacientes foram sorteados para receber apenas antinflamatórios (e placebo) ou antinflamatórios e colchicina. O segundo grupo apresentou melhora dos índices de dor cerca de 30% maiores [18]. O efeito colateral mais comum desta substância (mas não o mais grave) é diarreia.

Corticoides intra-articular

A injeção de corticoide intra-articular pode ser apropriada em pacientes com artrose e inflamação em apenas 1 ou poucas articulações e que falharam em apresentar melhora (ou têm contra-indicações) com analgésicos e antinflamatórios orais. O controle dos sintomas é bastante eficaz e documentado em estudos bem desenhados e pode durar até 3 meses [19]. No entanto esta prática esbarra em algumas limitações: articulações diferentes do joelho não são tão fáceis de serem puncionadas; injeções seriadas de corticoide pode resultar na frouxidão de ligamentos e atrofia de tecidos. Sempre que possível o procedimento deve ser guiado por ultrassom, principalmente em articulações diferentes do joelho, e o máximo de cuidado deve ser tomado para minimizar a chance de se causar uma infecção bacteriana com a punção. Antes de se injetar a cortisona deve-se sempre aspirar possíveis líquidos intra-articulares e envia-los para cultura e pesquisa de microrganismos, em especial se infecção é suspeitada.

Ácido Hialurônico intra-articular

Ácido hialurônico é uma longuíssima molécula normalmente constituinte do líquido que lubrifica as articulações (líquido sinovial). A injeção desta substância em articulações artróticas, em particular os joelhos, foi estudada por grupos patrocinados pelos laboratórios fabricantes, e mostrou-se capaz de aliviar os sintomas mais que placebo ou antinflamatórios orais [20]. O alívio dos sintomas parece ser duradouro, mas múltiplas injeções são necessárias.

Referências:

1.         Peat G, McCarney R, Croft P. Knee pain and osteoarthritis in older adults: a review of community burden and current use of primary health care. Ann Rheum Dis 2001; 60:91.

2.         Concoff, AL, Singh, R, Klarhman, D, et al. A clinical algorithim for identifying occult crystalline disease in patients with osteoarthritis (abstract). Arthritis Rheum 1997; 40:S239.

3.         Jordan KM, Arden NK, Doherty M, et al. EULAR Recommendations 2003: an evidence based approach to the management of knee osteoarthritis: Report of a Task Force of the Standing Committee for International Clinical Studies Including Therapeutic Trials (ESCISIT). Ann Rheum Dis 2003; 62:1145.

4.         Towheed TE, Maxwell L, Judd MG, et al. Acetaminophen for osteoarthritis. Cochrane Database Syst Rev 2006; :CD004257.

5.         Dougados M, Nguyen M, Listrat V, Amor B. High molecular weight sodium hyaluronate (hyalectin) in osteoarthritis of the knee: a 1 year placebo-controlled trial. Osteoarthritis Cartilage 1993; 1:97.

6.         Biggee BA, Blinn CM, McAlindon TE, et al. Low levels of human serum glucosamine after ingestion of glucosamine sulphate relative to capability for peripheral effectiveness. Ann Rheum Dis 2006; 65:222.

7.         Pullman-Mooar, S, Mooar, P, Sieck, M, et al. Are there distinctive inflammatory flares of synovitis after hylan GF intra-articular injections? (abstract). Arthritis Rheum 1999; 42(Suppl 9):S295.

8.         Wandel S, Jüni P, Tendal B, et al. Effects of glucosamine, chondroitin, or placebo in patients with osteoarthritis of hip or knee: network meta-analysis. BMJ 2010; 341:c4675.

9.         Amin AR, Attur M, Patel RN, et al. Superinduction of cyclooxygenase-2 activity in human osteoarthritis-affected cartilage. Influence of nitric oxide. J Clin Invest 1997; 99:1231.

10.       Li X, Afif H, Cheng S, et al. Expression and regulation of microsomal prostaglandin E synthase-1 in human osteoarthritic cartilage and chondrocytes. J Rheumatol 2005; 32:887.

11.       Clegg DO, Reda DJ, Harris CL, et al. Glucosamine, chondroitin sulfate, and the two in combination for painful knee osteoarthritis. N Engl J Med 2006; 354:795.

12.       Sawitzke AD, Shi H, Finco MF, et al. Clinical efficacy and safety of glucosamine, chondroitin sulphate, their combination, celecoxib or placebo taken to treat osteoarthritis of the knee: 2-year results from GAIT. Ann Rheum Dis 2010; 69:1459.

13.       Wandel S, Jüni P, Tendal B, et al. Effects of glucosamine, chondroitin, or placebo in patients with osteoarthritis of hip or knee: network meta-analysis. BMJ 2010; 341:c4675.

14.       Bryant LR, des Rosier KF, Carpenter MT. Hydroxychloroquine in the treatment of erosive osteoarthritis. J Rheumatol 1995; 22:1527.

15.     Diacerein for osteoarthritis.AUFidelix TS, Soares BG, Trevisani VFSOCochrane Database Syst Rev. 2006

16.       Klashman, DJ, Moreland, LW, Ike, RW, Kalunian, KC. Occult presence of CPPD crystals in patients undergoing arthroscopic knee irrigation for refractory pain related to osteoarthritis (abstract). Arthritis Rheum 1994; 37:S240.

17.       Alvarellos A, Spilberg I. Colchicine prophylaxis in pseudogout. J Rheumatol 1986; 13:804.

18.       Das SK, Ramakrishnan S, Mishra K, et al. A randomized controlled trial to evaluate the slow-acting symptom-modifying effects of colchicine in osteoarthritis of the knee: a preliminary report. Arthritis Rheum 2002; 47:280.

19.       Lambert RG, Hutchings EJ, Grace MG, et al. Steroid injection for osteoarthritis of the hip: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Arthritis Rheum 2007; 56:2278.

20.       Intra-Articular Injections for osteoarthritis of the Knee. Med Lett Drug Ther 2006; 48:25.

CRÉDITOS DO ARTIGO: Reumatologia Avançada. Acesso em 27/11/2012.

Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

Não espere o agravamento do problema. Marque hoje mesmo uma consulta e se surpreenda!

ENTRE EM CONTATO CONOSCO!

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.