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CÂNCER INFANTIL

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DIA 23 DE NOVEMBRO - DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER INFANTIL

1 O CÂNCER INFANTIL

O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).


Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).


Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões.


Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.


Estimativa de novos casos: 11.530 (2012)

Número de mortes: 2.740, sendo 1.567 meninos e 1.173 meninas (2010)

2 PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE

Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e fatores ambientais. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.

3 SINTOMAS

Os pais devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a visita ao médico.

A manifestação clínica dos tumores infanto-juvenis pode não diferir muito de doenças benignas (sem maior gravidade) comuns nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em razoáveis condições de saúde no início da doença. Por esse motivo, o conhecimento do médico sobre a possibilidade da doença é fundamental.

Conheça algumas formas de apresentação dos tumores da infância:


• Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.

• No retinoblastoma, um sinal importante é o chamado "reflexo do olho do gato", embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar vesgo). Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido.

• Aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen pode ser sintoma de tumor de Wilms (que afeta os rins) ou neuroblastoma.

• Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, visível ou não, e causar dor nos membros. Esse sintoma é frequente, por exemplo, no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.

• Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.

4 DIAGNÓSTICO

Muias crianças e adolescentes com câncer chegam ao centro especializado de tratamento com a doença em estágio avançado por diversos fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer, desinformação dos médicos.

Algumas vezes o diagnóstico é feito tardiamente porque a apresentação clínica as características de determinado tipo de tumor pode não diferir muito de doenças comuns na infância. Por isso, o conhecimento do pediatra acerca do câncer é determinante para um diagnóstico seguro e rápido.

5 TRATAMENTO

Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de imagens. Pela sua complexidade, o tratamento deve ser feito em centro especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.

O trabalho coordenado de vários especialistas (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos) também é determinante para o sucesso do tratamento.

Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.

Neste sentido, não deve faltar  ao paciente e à sua família,  desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário.

CRÉDITOS: INCA – INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER

Outros links de interesse:

HOSPITAL ERASTO GAERTNER

GRAACC - Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer

A.C.Camargo Cancer Center

ITACI - Instituto de Tratamento do Câncer Infantil

ENTREVISTA:EM DEFESA DAS TERAPIAS COMPLEMENTARES NO TRATAMENTO DO CÂNCER

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O clínico-geral americano Moshe Frenkel, 55 anos, que integra o time do MD Anderson Cancer Center, um dos mais renomados centros oncológicos do mundo, conta por que defende e pesquisa o uso desses métodos para apaziguar as dores provocadas por um tumor, tanto as físicas quanto as da alma

Em junho passado, o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, trouxe dos Estados Unidos o médico Moshe Frenkel para uma palestra sobre câncer. Mas o assunto não teve o viés cartesiano que se espera ouvir de um cientista. Frenkel transita em outra zona, a que se passa entre a mente e o coração do paciente. Diretor do Programa de Medicina Integrativa do MD Anderson Cancer Center, reputado centro médico localizado em Houston, no Texas, esse clínico-geral que se especializou em cuidados paliativos oncológicos entende que é possível oferecer bem-estar a quem tem a doença mesmo na ausência de uma cura. E busca todos os métodos para isso. Não à toa, o MD Anderson se tornou expoente na combinação do que há de melhor no tratamento convencional do câncer com as técnicas que abrandam as dores e temores impossíveis de tratar com quimioterapia. Foi para falar disso que Frenkel concedeu a seguinte entrevista.

Como a medicina integrativa é encarada hoje nos Estados Unidos?
Quando falamos em medicina integrativa, nos referimos a uma nova abordagem. São propostas de prevenção e de bem-estar que atendem às necessidades físicas, mentais e espirituais do paciente e envolvem o uso de ervas, acupuntura, massagem, ioga, meditação, gi gong [método oriental que mescla exercícios de postura e respiração] e outras técnicas de relaxamento. Nos Estados Unidos, isso é muito popular. A cada dois ou três meses, um dos principais jornais divulga uma notícia a respeito de um estudo que envolve essa corrente da medicina.

Um dos motivos de o MD Anderson levar essas pesquisas a sério é que a maioria dos seus pacientes se vale delas, certo?
Sim. Procuramos identificar o que funciona e o que não funciona. Além disso, queríamos saber por que os pacientes procuram essas terapias.

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Moshe Frenkel

E o que descobriram?
As pessoas querem algo a mais para poder sobreviver, sentir alívio e um pouco de autonomia. Certa vez atendi uma mulher de 65 anos, vegetariana, praticante de ioga e meditação e que estava em choque por descobrir que tinha câncer de ovário. Ela passava horas em frente ao computador pesquisando a doença e já tomava 30 suplementos. Quando me procurou, queria saber: "O que mais posso fazer por conta própria para erradicar esse mal, para tirar essa doença do meu corpo?" Comecei dizendo que a expressão lutar contra o câncer poderia ser substituída por nutrir-se para ficar forte. Nutrir o corpo, a mente e a alma. Revimos a alimentação dela. Reduzimos os suplementos para cinco e ela continuou fazendo atividade física.

Estamos próximos de uma verdadeira medicina com resultados positivos tanto para o corpo quanto para a mente? Nesse ponto, o que temos a aprender com o Oriente?
As pessoas ficam sujeitas a uma dose brutal de estresse quando se deparam com o câncer e isso afeta as células do sistema imune, os vasos sanguíneos e o suprimento do tumor. Infelizmente, não temos uma pílula antiestresse. Mas podemos sugerir maneiras de lidar com essa circunstância, como a meditação, o relaxamento, a acupuntura e a ioga. Em relação ao Oriente, não sei se esse tipo de medicina é mais eficaz lá. Só sei que eles dão outra dimensão ao tratamento, sem separar o racional do emocional.

As pesquisas têm confirmado a eficácia dessas intervenções antiestresse?
Em um estudo realizado no MD Anderson, os cientistas injetaram células tumorais em dois grupos de ratos. Um dos grupos, diariamente, durante duas horas, tinha que ficar confinado em um lugar pequeno sem poder se mexer. Era muito estressante para eles. Depois de poucas semanas, os pesquisadores constataram uma diferença absurda entre os animais. O tumor estava 275% maior no time dos estressados, que também teve 50% mais metástase, a disseminação da doença. Trabalhos posteriores, de 2008, confirmaram que isso também acontece com o ser humano. Num deles, o risco de mortalidade de mulheres que tiveram câncer de mama caiu 45% quando elas controlaram o estresse.

Esse é o ponto-chave dessa abordagem?
Além do estresse, há outras questões relacionadas ao câncer, como a alimentação. Sabe-se que as populações que têm uma dieta vegetariana, como a indiana, apresentam menor incidência de tumores do que as que consomem carne vermelha, como os americanos e os brasileiros. A atividade física, às vezes, também é subestimada. Em 2005, um estudo mostrou que caminhar 30 minutos por dia resulta em uma redução de 50% da recidiva de câncer de mama.

Por que o senhor frisa que se deve consumir preferencialmente hortaliças em detrimento das frutas?
Por causa do açúcar delas, que pode estar ligado ao desenvolvimento de células tumorais. Recomendamos de sete a 11 porções de hortaliças e frutas por dia — cada porção equivale ao tamanho de uma bola de tênis. Dessas porções, oito a nove devem ser de legumes e verduras e apenas duas de frutas. E é preciso comer uma variedade desses alimentos para obter todas as substâncias que ajudam os medicamentos em sua missão. Ingerir só agrião e cenoura, por exemplo, não basta.

O senhor também é categórico ao afirmar que gingko biloba, alho e a erva-de-sãojoão não são recomendadas para pacientes em tratamento. Por quê?
Não sabemos se essas ervas ou qualquer outra podem interagir com a quimioterapia. Ou seja, elas podem aumentar ou diminuir a eficácia da químio. Apesar de ainda termos poucas evidências sobre esse tipo de combinação, e elas não são favoráveis, o melhor é evitá-la.

E o que é seguro consumir ao longo de um tratamento quimioterápico?
Linhaça, cogumelos e cúrcuma estão liberados. Esse tempero indiano tem um princípio ativo chamado curcumina, que não deixa as células cancerosas se desenvolverem. Não se sabe a dose ideal, mas sugiro fazer como a população indiana, que utiliza essa especiaria diariamente na sua cozinha.

Por que o senhor defende a suplementação com vitamina D?
Altas doses dela têm se mostrado eficazes contra tumores como o de mama e o de cólon, entre outros.

A homeopatia se encaixa nas ofertas de tratamento do MD Anderson?
Sabemos que a homeopatia reduz sintomas do câncer, como náusea e vômito, e pode promover um bem-estar geral.

O que os estudos revelam sobre a acupuntura como coadjuvante no tratamento?
Ela contribui para o sucesso da quimioterapia. O procedimento ainda alivia dores comuns nos pacientes, como a neuropatia. Pesquisas mostram que após a aplicação de radioterapia em regiões ao redor da boca, por exemplo, ocorre uma perda de salivação. Isso é muito debilitante. Mas, depois de sessões de acupuntura, esse sintoma é reduzido radicalmente.

CRÉDITOS DA MATÉRIA: Kátia Stringueto | design Letícia Raposo | ilustração Rubens LP - para o site da Revista Saúde!

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ACUPUNTURA NA REABILITAÇÃO PÓS CIRÚRGICA DA MAMA

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A pesquisa é inédita e não encontra paralelo na literatura especializada. Sabe-se que mulheres com câncer de mama e submetidas à retirada do seio – total (mastectomia radical) ou parcial (quadrantectomia com esvaziamento axilar) – podem apresentar inchaço e diminuição da amplitude de movimentos no membro superior que fica ao lado da cirurgia. As técnicas de tratamento tradicionalmente utilizadas promovem resultados pouco relevantes nos casos mais severos. Diante desta constatação, a fisioterapeuta Michele Elisabete Rubio Alem decidiu avaliar, nessas pacientes, os resultados da milenar acupuntura, buscando a reabilitação da função motora, diminuição do inchaço (linfedema) e melhora na qualidade de vida – sono, atividades do dia-a-dia, sensação de peso e repuxamento do braço. Esta pesquisa deu origem à tese de doutorado orientada pela professora Maria Salete Costa Gurgel e apresentada no Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Mulheres passaram por 24 sessões

Durante seis meses, 29 mulheres que passaram por intervenção cirúrgica se submeteram a 24 sessões semanais de acupuntura, cada sessão com 30 minutos de permanência das agulhas. São pacientes atendidas pela Rede Feminina Sãocarlense de Combate ao Câncer e Rede Rioclarence de Combate ao Câncer Carmem Prudente. Em avaliações prévias, determinou-se a extensão do linfedema através da cirtometria (medida da circunferência do braço) e a restrição da amplitude dos movimentos utilizando-se a goniometria (medida da extensão do movimento). Tais avaliações foram repetidas nos finais do primeiro, terceiro e sexto meses de tratamento. Por meio de questionário aplicado no início e no término das sessões de acupuntura, a pesquisadora avaliou ainda o impacto do tratamento sobre a qualidade de vida do grupo de mulheres.

Na opinião de Michele Alem, as conclusões não poderiam ser mais animadoras. “Constatamos melhoras significativas no grau de linfedema, na amplitude dos movimentos de flexão e abdução do ombro no decorrer do tratamento, e em todos os aspectos gerais (sensação de bem-estar, impacto da cirurgia sobre a vida, sono, atividades de vida diária, sensação de peso e repuxamento) ao final dos seis meses. Os resultados mostram a eficiência da acupuntura em todos os paramentos avaliados e credenciam esta técnica como alternativa terapêutica para a reabilitação pós-cirúrgica do câncer de mama”, afirma.

As vantagens – A fisioterapeuta conta que sempre se motivou a auxiliar essas pacientes por constatar as dificuldades que elas enfrentam. Segundo ela, o inchaço e dificuldade de articulação do braço homolateral à cirurgia, muitas vezes, impedem movimentos simples mas fundamentais como os de pentear os cabelos, cruzar os braços ou segurar uma xícara. Há pacientes que mesmo sem inchaço apresentam restrições severas de movimento. Estas seqüelas estão ligadas à retirada de linfonodos e à própria cirurgia, pois o sistema linfático é responsável pela defesa imunológica e pela drenagem que garante a circulação dos líquidos pelo corpo.

“As restrições não são irreversíveis, mas de difícil tratamento por meio de técnicas convencionais enquadradas no que se denomina ‘complexo descongestivo fisioterápico’, que envolve massagem (drenagem linfática manual), exercícios, auto-massagem, enfaixamento e cuidados com o braço. Isto porque qualquer machucado, mesmo que resultante da retirada de uma cutícula, pode levar ao inchaço”, explica Michele Alem. Ela considera o tratamento convencional desgastante porque após a massagem para a drenagem local, o braço é enfaixado, o que restringe os movimentos e impede a realização de várias atividades diárias.

A fisioterapeuta admite que ao recorrer à acupuntura, por presumi-la mais rápida e mais cômoda, teve que partir do zero, pois na literatura não havia nada que sugerisse caminhos ou antevisse resultados. Assumiu o risco, juntamente com seu professor de acupuntura, que a ajudou a selecionar os pontos teoricamente mais indicados e que possibilitassem certo conforto às pacientes, visto que nem todas poderiam ficar em decúbito dorsal. Michele Alem observa que a cirurgia da mama também pode deixar seqüelas emocionais, já que o braço inchado e a dificuldade de movimentação fazem com que a mulher se lembre a todo o momento de que teve câncer. A retirada total ou parcial de um seio, um símbolo da feminilidade, afeta ainda a sexualidade, havendo relatos de pacientes que recuperaram o desejo sexual ao longo do tratamento com acupuntura.

Alvoroço – No inicio do trabalho prático, as redes do câncer de São Carlos e Rio Claro enfrentaram dificuldades para conseguir o número necessário de pacientes, já que a pesquisa se concentrou apenas em mulheres submetidas à cirurgia unilateral e que não estivessem passando por tratamentos. No entanto, os resultados com as primeiras mulheres foram tão significativos que elas mesmas, face à melhora evidente, fizeram um alvoroço nas duas cidades, despertando o interesse de emissoras locais de televisão. Com a divulgação do trabalho, houve imediato aumento na procura pelo tratamento. “O atendimento foi realizado no período de fevereiro a dezembro de 2004 e, até o momento, as pacientes continuam bem. Não houve regressão”, informa Michele Alem.  CRÉDITOS: CARMO GALLO NETO, DO JORNAL DA UNICAMP.

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RESUMO DA TESE

(Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.28 no.3 Rio de Janeiro Mar. 2006)

A acupuntura na reabilitação de mulheres após tratamento cirúrgico do câncer de mama

Acupuncture in the rehabilitation of women after surgical treatment of breast cancer

Autora: Michele Elisabete Rubio Alem
Orientadora: Profª. Drª. Maria Salete Costa Gurgel

Tese apresentada ao Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), para obtenção do título de Doutor, em 2 de dezembro de 2005.

OBJETIVOS: avaliar os resultados da acupuntura para reabilitação motora, diminuição do linfedema e melhora na percepção de aspectos gerais de vida em mulheres tratadas por câncer de mama.


MÉTODO: foram estudadas, de fevereiro a dezembro de 2004, 29 mulheres submetidas a mastectomia radical ou quadrantectomia com esvaziamento axilar e que apresentavam linfedema e/ou diminuição na amplitude dos movimentos do ombro homolateral à cirurgia. Foram submetidas a 24 sessões semanais de acupuntura com permanência das agulhas por 30 minutos, totalizando seis meses de tratamento. Foi realizada uma avaliação prévia à intervenção para a determinação do linfedema e da restrição dos movimentos. Essas avaliações foram repetidas ao final de um, três e seis meses de tratamento. Antes e após seis meses de acupuntura, foi aplicado um questionário relativo à sensação de bem-estar, impacto da cirurgia sobre a vida, sono, atividades de vida diária, sensação de peso e repuxamento no membro superior afetado e para graduação destes parâmetros utilizou-se Escala Visual Analógica com variação de zero (muito bem) a dez (muito mal). A análise estatística foi realizada com uso do Teste de Friedman.


RESULTADOS: houve melhora nas limitações de amplitude dos movimentos de flexão e abdução do ombro e no grau do linfedema após seis meses de acupuntura (p < 0,05). Quanto à circunferência de braço, antebraço e punho, não se observaram diferenças durante o tratamento. A percepção dos aspectos gerais melhorou após o tratamento: sensação de bem estar, impacto da cirurgia sobre a vida, sono, atividades de vida diária, sensação de peso e repuxamento no braço (p < 0,001).


CONCLUSÕES: a acupuntura mostrou-se eficiente em todos os parâmetros avaliados, demonstrando ser uma alternativa terapêutica para reabilitação pós-cirúrgica no câncer de mama.

Palavras-chave: Câncer de mama; Acupuntura; Reabilitação.

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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.