ÓLEO DE COPAÍBA – UTILIZAÇÃO MEDICINAL

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folhas, flores e fruto da copaíba

A COPAÍBA

As copaibeiras (Figura 1) são árvores comuns à América Latina e África Ocidental (Francisco, 2005), sendo encontradas, no Brasil, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Amazônica. Tais plantas chegam a viver cerca de 400 anos, atingem altura entre 25 e 40 metros (Araújo Júnior et al., 2005), diâmetro entre 0,4 e 4 metros, possuem casca aromática, folhagem densa, flores pequenas e frutos secos, do tipo vagem. As sementes são pretas e ovóides com um arilo amarelo rico em lipídeos (Alencar, 1982; Van Den Berg, 1982; Lorenzi, 1992; Xena & Berry, 1998).

Da árvore da copaíba é extraído um óleo-resina, de cor que varia de amarelo ouro a marrom (Lloyd, 1898), dependendo da espécie. Esse óleo-resina tem sido utilizado desde a época da chegada dos portugueses ao Brasil na medicina tradicional popular e silvícola para diversas finalidades, e hoje se encontra como um dos mais importantes produtos naturais amazônicos comercializados, sendo também exportado para Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra (Veiga Junior & Pinto, 2002).

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Árvores de copaíba (Pieri, F.A. et al)

UTILIZAÇÃO MEDICINAL DO ÓLEO DE COPAÍBA

O óleo-resina extraído da copaibeira recebe indicação da medicina tradicional, para inúmeras finalidades, das mais diferentes naturezas, e tem sido há vários anos matéria de vários estudos, visando comprová-las ou adaptá-las a novas terapias.

No ano de 1972, o Food and Drug Administration, órgão americano regulamentador de drogas, aprovou o óleo de copaíba, após ser submetido a testes de sensibilização e irritação, com o uso de 25 voluntários, obtendo-se resultado negativo para ambos (Veiga Junior & Pinto, 2002).

As principais propriedades terapêuticas citadas são:

  • atividade antiinflamatória (Vieira, 1992; Maciel et al., 2002; Rigamonte Azevedo et al., 2004; Araújo Júnior et al., 2005; Brito et al., 2005; Francisco, 2005; Freire et al., 2006; Pacheco et al., 2006; Ramos, 2006; Silva et al., 2006), que tem como principais componentes responsáveis os hidrocarbonetos, sesquiterpênicos, especialmente o β-bisaboleno e β-cariophileno (Veiga Junior & Pinto, 2002; Oliveira et al., 2005; Veiga Junior et al., 2005; Ramos, 2006);
  •  ação cicatrizante (Brito et al., 2000; Maciel et al., 2002; Veiga Junior & Pinto, 2002; Rigamonte Azevedo et al., 2004; Araújo Júnior et al., 2005; Brito et al., 2005; Francisco, 2005; Veiga Junior et al., 2005; Ramos, 2006; Silva et al., 2006);
  •  potencial anti-séptico (Goodman & Gilman, 1945; Robbers et al., 1996; Maciel et al., 2002; Veiga Junior & Pinto, 2002; Cascon, 2004; Rigamonte Azevedo et al., 2004; Veiga Junior et al., 2005; Ramos, 2006);
  •  antitumoral (Rodrigues, 1989; Maciel et al., 2002; Veiga Junior & Pinto, 2002; Rigamonte Azevedo et al. 2004; Araújo Junior et al., 2005; Francisco, 2005; Veiga Junior et al., 2005; Freire et al., 2006; Oliveira et al, 2006; Pacheco et al., 2006; Silva et al., 2006);
  • antibacteriano (Veiga Junior & Pinto, 2002; Drumond et al., 2004; Gonçalves et al., 2005; Veiga Junior et al., 2005; Freire et al., 2006; Pieri, 2007);
  • germicida (Bloise, 2003);
  • expectorante (Brito et al., 2000; Maciel, et al., 2002; Rigamonte Azevedo et al., 2004; Brito et al., 2005; Freire et al., 2006; Ramos, 2006),
  • diurético (Maciel et al., 2002; Freire et al., 2006; Silva et al., 2006);
  • analgésico (Veiga Junior & Pinto, 2002; Gurgel, 2004; Oliveira et al., 2005; Pacheco et al., 2006).

Outras indicações também são conhecidas e citadas:

  • ação antiviral (Veiga Junior & Pinto, 2002; Gurgel, 2004);
  • antidiarréica, contra o reumatismo, psoríase (Brito et al., 2000; Maciel et al., 2002);
  • hemorragias, moléstias de pele, urticárias (Maciel et al., 2002);
  • pneumonia, eczema, paralisia, cefaléia, picada de cobra (Rigamonte Azevedo et al., 2004);
  • sífilis (Pacheco et al., 2006);
  • leishmaniose, como antitetânico, antiblenorrágico (Rigamonte Azevedo et al., 2004);
  • antileucorréico e cercaricida (Maciel et al., 2002);
  • ação antiulcerogênica, estimulante (Ramos, 2006)
  • afrodisíaca (Ribeiro, 1971).

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O extrato das folhas da copaibeira tem tido apontado como uma de suas funções, a atividade antioxidante, função não comprovada no óleo-resina (Veiga Junior & Pinto, 2002; Rigamonte Azevedo et al., 2004; Araújo Júnior et al., 2005; Ramos, 2006)

Outras ações têm sido descobertas, como a de vasorelaxante, citotóxico e embriotóxico (Costa Lotufo et al., 2002), com o isolamento do diterpeno, ácido caurenóico, encontrado até hoje apenas na Copaifera langsdorffii(Veiga Junior et al., 2005) e que acumula também atividades antiinflamatória e protetora de colite induzida por ácido acético (Paiva et al., 2004; Veiga Junior et al., 2005).

Além disso, pesquisas realizadas nas últimas duas décadas apontam o óleo de copaíba para o campo da Odontologia, como substituto do eugenol em três formulações (Costa et al., 1996; Veiga Junior & Pinto, 2002; Cascon, 2004; Ramos, 2006) : Na mistura com o óxido de zinco, na formulação do cimento endodôntico, para obturações de canais radiculares, com vantagens sobre a formulação usual, por produzir menor irritação (Ribeiro, 1989).

Em composição obturadora provisória medicamentosa, em combinação com o hidróxido de cálcio, apresenta melhor capacidade antimicrobiana, em relação à formulação com o eugenol (Veiga Junior & Pinto, 2002; Ramos, 2006). A pasta feita com o óleo de copaíba apresentou pequeno potencial irritativo, sendo preferível ao médio potencial do eugenol, além de potencializar as propriedades do CaOH, na compatibilidade tecidual, na indução da formação de tecido mineralizado; em cimento formado com a união de óleo de copaíba, CaOH e óxido de zinco mostra maior eficiência nas infiltrações apicais em obturações de canais radiculares (Ramos, 2006).

Recentemente testes têm também sido realizados em ensaios laboratoriais com a finalidade de comprovar ação antimicrobiana da copaíba sobre bactérias formadoras da placa dental (Pieri, 2007; Valdevite et al., 2007), tendo inclusive sido registrado um gel à base de copaíba, para esta finalidade (Simões, 2004). A utilização do óleo de copaíba sobre as bactérias formadoras de placa dental foi comprovada recentemente em estudo realizado em cães, tendo sido obtido ao final do período experimental, redução significativa da formação da placa dental nos animais com a utilização de solução a base do fitofármaco (Pieri, 2007). Pieri (2007) também testou in vitro a atividade antimicrobiana do óleo de copaíba, sobre a bactéria Streptococcus pyogenes, causadora de inflamações de garganta, obtendo resultados positivos na inibição do crescimento deste microrganismo.

CRÉDITOS: Extraído e adaptado de Pieri, F.A.; Mussi, M.C.; Moreira, M.A.S. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. bras. plantas med. vol.11 no.4 Botucatu  2009. PARA BAIXAR O ARTIGO NA ÍNTEGRA EM PDF (COM AS REFERÊNCIAS), CLIQUE AQUI. Link para a página do Scielo.

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