ENTREVISTA COM A PROFESSORA FUMIE KUREBAYASHI

Fumie

Leonice Fumiko Sato Kurebayashi
Enfermeira e acupunturista. Membro do Grupo de Estudos em Práticas Alternativas-Complementares CNPq
fumie_ibez@yahoo.com.br

 

As terapias alternativas e complementares são aquelas de assistência à saúde em âmbitos promocional, preventivo, curativo e de reabilitação para diversos tipos de agravos agudos e crônicos. Dentre as modalidades, a acupuntura tem angariado adeptos em todas as partes do mundo. Essa terapia milenar da Medicina Chinesa é a mais popular no Ocidente e uma das formas de tratamento mais antigas.

Há comprovações científicas de seu efeito benéfico para diversos problemas de saúde, desde os pequenos desequilíbrios energéticos até doenças já instaladas. Desta forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem recomendado a integração da acupuntura no âmbito da Medicina Ocidental alopática. Em 2006, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, inserindo a acupuntura como prática dos profissionais de saúde em caráter multiprofissional, desde que esses tenham realizado curso de especialização.

Os enfermeiros têm contribuição ímpar para a incorporação da acupuntura e de outras práticas complementares nos centros de atenção à saúde em que atuam e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 1997, por meio da Resolução 197 reconheceu a acupuntura como especialidade do enfermeiro.

A enfermeira Leonice Fumiko Sato Kurebayashi teve formação em acupuntura e terapias afins (massagem, moxabustão, ventosa, fitoterapia chinesa, auriculoterapia) e posteriormente graduou-se em Enfermagem. Fez pós-graduação em Acupuntura pela FACIS-IBEHE. Atuou como coordenadora e professora no Curso Técnico de Acupuntura do Instituto de Terapia Integrada e Oriental em São Paulo e é membro do Grupo de Estudos em Práticas Alternativas e Complementares de Saúde do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Com 20 anos de experiência como acupunturista, defende a prática da acupuntura de forma ampla, democrática, multiprofissional e pontua a importância da participação da Enfermagem no processo de implantação da técnica em âmbito nacional, nos múltiplos espaços em que a Enfermagem tem a oportunidade de atuar.

Nessa entrevista, a enfermeira Fumie, como é conhecida na área, conta um pouco sobre a difusão da acupuntura no Brasil, como a terapia é praticada na saúde pública, como está a formação dos acupunturistas e dos enfermeiros que desejam realizar a especialização. Ela ressalta que o futuro da acupuntura na área da Enfermagem dependerá, em parte, da participação de todos os interessados por essa prática.

Como definir acupuntura?

A acupuntura é uma das técnicas utilizadas na Medicina Tradicional Chinesa. Em países como o Brasil, em que a medicina considerada tradicional é a alopática, ela é denominada prática complementar na assistência à saúde. Vale destacar que acupuntura é uma palavra que deriva do latim acus (agulha) e puntura (punção), cuja técnica foi desenvolvida há aproximadamente quatro mil anos na antiga China e que se difundiu como uma das terapias mais praticadas no mundo. Ela promove o equilíbrio energético, o bem-estar e a saúde física, mental, emocional e espiritual. No Japão, por exemplo, a acupuntura é praticada há 1.450 anos. Nas Coréia, há pelo menos 1.500. No Vietnã, há mais de dois mil anos. Faz 300 anos que a Europa conhece esta terapia complementar e a América do Norte, há 150 anos. No Brasil, é prática recente.

Esta técnica estimula pontos energéticos do corpo humano por meio de agulhas finas e metálicas que podem ser manipuladas com as mãos ou por estimulação elétrica. Outro método também é pressionar ou aquecer os pontos com a moxabustão. E há ainda o estímulo por meio de raio laser de baixa potência.

Na China, a acupuntura não é prática somente prioritária na atenção primária e na prevenção às doenças, ela é uma técnica também realizada em hospitais e prontos-socorros com foco na atenção secundária e em clínicas de reabilitação na atenção terciária.

Como a técnica chegou ao Brasil?

Antes de citar o nosso país, vale dizer que a acupuntura passou a ser falada e conhecida nas Américas porque o ex-presidente americano Richard Nixon, em viagem à China, contava em sua comitiva com um jornalista da Revista The New York Times que durante a visita do presidente sofreu de uma crise de apendicite e precisou ser operado às pressas. As dores na recuperação foram aliviadas com a acupuntura, técnica rotineira nos hospitais da China. De volta aos Estados Unidos, o então jornalista escreveu uma matéria relatando o poder que agulhas pequenas inseridas no seu corpo tiveram para aliviar a sua dor. A repercussão do assunto, ainda desconhecido, foi tão grande que médicos e estudiosos começaram a pesquisar o poder da acupuntura como analgésico. E isso gerou um interesse científico muito grande. Perguntava-se como uma agulha inserida tinha potencial de diminuir a dor como um opioide.

No Brasil, a técnica desenvolveu-se em razão dos imigrantes orientais, principalmente os chineses e japoneses, que se estabeleceram nas regiões Sul e Sudeste do país, e também em razão do empenho do professor Frederico Spaeth, que na década de 1950, vindo da Europa, e profundo conhecedor da acupuntura, montou seu consultório e fez grande clientela. Assim, vários médicos sentiram-se atraídos pela acupuntura, o que gerou o primeiro grupo de acupuntura no Brasil. Uma década depois, formou-se o primeiro órgão oficial da categoria, a Associação Brasileira de Acupuntura (ABA), que congregava não somente os médicos, mas profissionais de diversas outras áreas.

Mas a pessoa mais importante a encabeçar a defesa da acupuntura para todos no Brasil foi Wu Tou Kwang, que fundou, em 1981, e dirige até os dias de hoje, o Centro de Estudos da Acupuntura e Terapias Alternativas (CEATA), que foi um dos pioneiros da técnica no país. Na época, a acupuntura não era uma prática comum, ela não era nem mesmo uma especialidade.

“No Brasil, a técnica desenvolveu-se em razão dos imigrantes orientais, principalmente os chineses e japoneses, que se estabeleceram nas regiões Sul e Sudeste do país”

A acupuntura é benéfica em quais situações de agravo à saúde?

A Organização Mundial da Saúde fez uma avaliação das experiências clínicas da acupuntura nas duas últimas décadas, em diferentes partes do mundo, e listou 43 doenças tratadas e tratáveis pela aplicação da técnica. Porém, em razão da falta de rigor científico, seu resultado foi questionado. Esta listagem apresenta uma infinidade de afecções do corpo humano, das físicas às mentais e emocionais. Aquelas, cujo benefício culminou no alívio da dor, foram as mais citadas. E é verdade, a dor ainda é a causa mais comum de uma pessoa buscar o atendimento de um acupunturista. A técnica envolve efeitos analgésicos, sedativos, homeostáticos, imunodefensivos, psicológicos e até mesmo de recuperação motora. Como a acupuntura tem sido largamente utilizada para aliviar a dor, há crescente interesse pela técnica como alternativa para dores no parto.

E embora haja grande procura pela acupuntura no tratamento de dores agudas ou crônicas, a técnica também é muito positiva para doentes renais e hepáticos, hipertensos, para afecções gineco-obstétricas, neurológicas, ortopédicas, fisiátricas, reumatológicas e, inclusive, como procedimento nas clínicas médica e cirúrgica.

É possível aplicá-la também para casos de obesidade, tabagismo e alcoolismo. Porém, vale acrescentar que conseguir o efeito terapêutico da técnica depende em grande parte da preparação e da habilidade do acupunturista. Também são variáveis importantes a serem consideradas: o custo, a segurança e as condições locais dos serviços de saúde.

Nos Estados Unidos, o consenso do National Institutes of Health (NIH) referenda a acupuntura em casos de dependência química, reabilitação pós-AVC, lombalgia, asma, cefaléia, dentre outras doenças e sintomas.

Então não existe contraindicação?

A literatura tem afirmado que a acupuntura tem poucas contraindicações, embora a experiência diagnóstica do acupunturista seja fundamental para oferecer um, tratamento adequado e eficaz. Pode ser aplicada em recém-nascidos, crianças, adultos e em idosos. Eu aplico inclusive em gestantes após o terceiro mês de gravidez, além de auxiliar na fertilização e no pós-parto. Mas como toda técnica, a acupuntura tem suas limitações. Existem distúrbios que a gente sabe que somente vai melhorar a qualidade de vida do paciente. Trabalhamos com cuidados paliativos também. Aliás, a acupuntura e terapias afins são excelentes para o cuidado de pacientes com doenças muito graves e degenerativas. Na oncologia, por exemplo, é possível diminuir a depressão energética que a pessoa desenvolve em razão da doença e até mesmo amenizar sintomas como dores e náusea pós-quimioterapia.

Como surgiu na senhora o desejo de aprender e aplicar a técnica?

Embora eu seja de descendência oriental, meu aprendizado não se deu por intermédio de meus familiares. Nasceu por um motivo muito particular. Meu filho sofreu uma doença chamada ‘fechamento precoce da fontanela’ quando era bebê e foi salvo de forma milagrosa e impressionante pela acupuntura. As placas cranianas de sua cabeça se fecharam aos três meses e aos oito meses teria que passar por uma cirurgia porque não haveria espaço para o crescimento do cérebro, o que comprometeria seu desenvolvimento mental e neurológico. Tinha 24 anos, era mãe recente, nova e inexperiente, e me tratava com acupuntura com um médico neurologista acupunturista. Nem o médico e nem eu pudemos antever os efeitos curadores que a acupuntura poderia ter sobre esse quadro. Começamos com um tratamento com agulhas de sete pontas com estímulos sobre alguns pontos para o sistema respiratório, para o equilíbrio energético e de crescimento dos ossos. Aos sete meses, ao realizarmos um novo exame diagnóstico pré-operatório, tivemos a grata surpresa de observar a total abertura de todos os espaços entre as placas. Isso foi há 29 anos: uma experiência difícil, dolorosa, preocupante e, certamente, transformadora. Um estudo de caso para o Congresso de Acupuntura, nas palavras do médico. Naquele tempo, atuava como professora de artes e música, e não tinha nenhum envolvimento com a área da saúde. Mas, como a vida desenha os nossos destinos por diferentes meios, a acupuntura encontrou eco em meu coração e se tornou objeto de estudo.

Como foi a sua trajetória profissional?

Em 1990, formei-me acupunturista pelo CEATA. Naquela época, na mesma sala de aula, estudavam médicos, fisioterapeutas, donas de casa, profissionais com formação na área da saúde e sem nenhuma formação, além do leigo que ia por curiosidade. A prática sofria muito preconceito e discriminação, principalmente pela classe médica. A minha formação foi primeiro em acupuntura e depois em Enfermagem.

Esperei por muitos anos por um curso superior em Medicina Tradicional Chinesa no Brasil. Não surgiu até hoje. Optei por estudar Enfermagem por ser uma profissão que aborda o ser humano em seu Todo, o vê como uma entidade complexa, espiritual, mental, emocional e física em sua relação com o meio ambiente.

A Enfermagem se ocupa do bem-estar do cliente/paciente, o assiste de forma técnica, responsável, humana, afetiva - do banho à punção, da massagem de conforto ao suporte social e orientações -, e a humanização do cuidar tem estreita relação com a filosofia que fundamenta a acupuntura e a medicina chinesa.

Escolhi a Enfermagem porque acreditei que sendo acupunturista e tendo esta formação poderia acrescentar à assistência de Enfermagem um pouco da prática oriental para enfermeiros atuantes em hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), ambulatórios de especialidades, homecare, casas de repouso, clínicas de reabilitação etc. A nossa prática é extremamente preventiva, embora no Ocidente a acupuntura tenha ganhado uma vertente quase que só curativa, porque acaba trabalhando muito em reabilitação, em pessoas que já estão acamadas ou bem doentes, com enfermidades instaladas com alta morbidade. Mas, deve-se ressaltar que a acupuntura é bem interessante na prevenção e no cuidado prévio ao adoecimento, na promoção da Saúde.

Em 2006, graduei-me enfermeira pela Universidade São Camilo, em São Paulo. Cursei mestrado na Universidade de São Paulo (USP), cujo trabalho resultou na obra “Acupuntura Multiprofissional: aspectos éticos e legais”, livro lançado no ano passado.

Em 2009, cursei especialização em acupuntura na Faculdade de Ciências da Saúde (FACIS IBEHE), instituição paulista que basicamente oferece especialização na área da saúde relacionada às práticas complementares. Atualmente, participo do programa de doutorado também pela Escola de Enfermagem da USP, realizando pesquisa sobre a eficácia da auriculoterapia para estresse e qualidade de vida de profissionais da equipe de Enfermagem.

“Optei por estudar Enfermagem por ser uma profissão que aborda o ser humano em seu Todo, o vê como uma entidade complexa, espiritual, mental, emocional e física em sua relação com o meio ambiente”

O mestrado lhe permitiu realizar uma pesquisa sobre a aceitação da prática da acupuntura pela enfermagem. Conte-nos sobre isso.

Este trabalho de pesquisa aconteceu em 2006. Tive o objetivo de levantar o que os enfermeiros pensavam acerca da acupuntura como assistência de Enfermagem. Ou seja, se a acupuntura que estava sendo realizada exclusivamente pelos médicos poderia ser praticada pelos enfermeiros. A pesquisa foi realizada em 33 Unidades Básicas de Saúde (UBS), da zona Centro-Sul de São Paulo, locais em que a acupuntura estava sendo oferecida à população e que foram considerados polos de difusão da medicina tradicional chinesa pela Secretaria da Saúde do Município de São Paulo. Após entrevistar 33 enfermeiras sobre a possibilidade do uso da acupuntura por enfermeiros, cheguei à conclusão de que ainda a acupuntura era uma prática restrita a uma categoria profissional: a dos médicos. Embora todos os entrevistados achassem que poderia ser uma atividade realizável pelos enfermeiros, não havia cursos oferecidos pela Prefeitura para profissionais não-médicos e algumas enfermeiras se mostraram temerosas quanto aos preconceitos que poderiam sofrer não somente com relação à aceitação da população, como também dos próprios médicos. Outras enfermeiras queixaram-se de falta de tempo para realizar mais uma atividade, uma vez que já se ocupavam por demais com afazeres que nem sempre eram de sua atribuição. Sentiam-se distantes da possibilidade de realizar a assistência, pois passavam a maior parte de seu tempo trabalhando na organização de salas, procurando substituir profissionais da administração e denominaram o enfermeiro como “faz tudo” da Unidade. A pesquisa delimitou o seguinte panorama: algumas enfermeiras entrevistadas ainda sustentam e se submetem a uma relação verticalizada, em que a supremacia do poder permanece nas mãos de médicos. Assim, realizar acupuntura pode ser considerado um enfrentamento, já que o Conselho Federal de Medicina (CFM) busca definir a acupuntura como Ato Médico e, portanto, hipoteticamente, restrito à categoria médica. A assistência de Enfermagem, tão fundamental, tem sido deixada de lado porque a enfermagem tem sido um” tapa-buraco” dentro das UBSs. Ressalte-se, porém, que a acupuntura não foi regulamentada por Lei como profissão e tem sido praticada por acupunturistas cuja formação pode ter sido em cursos livres, em cursos técnicos, em cursos de pós-graduação ou em cursos no exterior. Não pode ser considerada uma atividade exclusiva da Medicina, pois a acupuntura foi aceita e regulamentada pelos órgãos e Conselhos dos profissionais de saúde tais como da Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Educadores físicos, Biomedicina, Odontologia, Medicina Veterinária etc.

Há inúmeros pacientes em filas esperando por tratamentos. A aplicação da acupuntura poderia amenizar a incidência de doenças e auxiliar no tratamento de diversos tipos de agravos, e o enfermeiro é competente para isso. Há filas intermináveis nos postos de saúde e nos hospitais, de pessoas com problemas de ordem emocional, problemas músculo-esqueléticos, problemas crônicos etc, que poderiam ser atendidas em acupuntura nas Unidades de Saúde, por especialistas e também pelos enfermeiros. Abrir ambulatórios de acupuntura, com a atuação de múltiplos profissionais seria uma forma eficiente e eficaz de atender a essa demanda. O SUS paga pelo procedimento, mas é necessário que se torne uma realidade nos diversos espaços para benefício de um maior número de pessoas.

A senhora aplica a acupuntura em clínica própria?

Eu tenho uma clínica onde atendo cerca de 50 pessoas por semana com problemas de todos os tipos. A demanda é de pacientes que buscam o atendimento ambulatorial. Em geral, eles não conseguem ser atendidos em hospitais como o Hospital das Clínicas e Hospital São Paulo devido ao grande número de pessoas que buscam este tipo de serviços. São pessoas que sofrem de muita dor, que mal conseguem caminhar. Aqui atendemos a um preço bem acessível justamente para cuidar desta parcela da população. Tenho clientes/pacientes particulares, que se tratam regularmente toda semana e temos clientes ambulatoriais. Algumas pessoas já se tratam há quase dez anos e outros que fazem tratamento emergencial de poucos meses.

Quais são as formas de aplicação da acupuntura?

A acupuntura sistêmica, feita no corpo todo, é a forma mais tradicional e disseminada, mas há também a auriculoterapia que pode ser aplicada com agulhas semipermanentes, sementes e ímãs. Além disso, a acupuntura a laser é utilizada há mais de 20 anos e aparelhos têm sido desenvolvidos no Japão, pois o povo japonês investe em tecnologia. A eletroacupuntura tem sido muito utilizada para o tratamento de dores. Pode-se também somente utilizar a acupressura, isto é, a pressão de pontos de acupuntura, muito útil para a realização de massagem. No Brasil, a acupuntura tem sido muito propagada. O profissional que aplica a acupuntura é quem faz a opção pela técnica mediante as condições do paciente. Se eu aplicar a técnica em uma pessoa sensível ou que esteja com o sistema imunológico deficitário, prefiro não abrir nenhuma possibilidade de infecção, com isso eu vou para a semente ou para o ímã na auriculoterapia. Crianças muitas vezes precisam de estímulos menos dolorosos, pois são bastante responsivos a qualquer tipo de estimulação e nem sempre precisamos utilizar agulhas.

A formação em Enfermagem me ajudou muito, pois trouxe o respaldo necessário do conhecimento de fisiologia e de fisiopatologia do ponto de vista ocidental, de doenças e das possibilidades de se prevenir as suas manifestações. A formação em Enfermagem me permitiu somar a visão ocidental do processo saúde-doença, com a visão energética e cosmológica oriental, permitindo trabalhar com as pessoas promovendo saúde e evitando problemas. Não restam dúvidas: houve um forte impacto positivo de práticas de saúde orientais em nossa cultura ocidental após o período pós-guerra e, hoje, discutem-se os possíveis benefícios que a técnica traria, se oferecida em ambulatórios específicos pelo SUS. Existe demanda para isso e por ser menos custoso, torna-se muito mais barato para os cofres públicos realizar o tratamento de doenças crônicas, degenerativas a partir de técnicas que podem ser coadjuvantes e auxiliares no controle de morbidades muito prevalentes, sem os efeitos colaterais provocados por medicações alopáticas.

A China, em meados do século XX, reergueu sabiamente o seu País retomando a medicina tradicional popular. O alicerce do sistema de saúde foi a partir da formação de técnicos em acupuntura, os médicos de pés descalços, formados em cursos rápidos de 2 anos, com apenas 70 pontos de acupuntura e pelo menos 200 ervas que poderiam ser plantadas no quintal. A retomada da acupuntura e de técnicas afins na Medicina Chinesa conseguiu diminuir a necessidade do uso de medicação farmacológica alopática, que era muito cara e restrita aos mais ricos, diminuindo os níveis de mortalidade e de necessidade de hospitalizações. A Organização Mundial de Saúde fez um grande trabalho de disseminação e divulgação de tais experiências, tendo em vista incentivar o uso da medicina popular em países pobres e emergentes, cuja Medicina Tradicional não é a alopática.

Como o paciente chega para a senhora e como é realizada a consulta?

A maioria deles vem por indicação de outros pacientes, ou seja, na propaganda “boca a boca”. Faço uma consulta de acupuntura, de medicina chinesa, a partir de um diagnóstico energético minucioso, que parte da observação, do interrogatório, da palpação (Pulso radial e meridianos), da ausculta e olfação. Os critérios diagnósticos são aqueles baseados nos Oito Princípios (Frio, Calor, Interno, Externo, Yin, Yang, Excesso e Deficiência), na Lei dos Cinco Elementos, na avaliação dos canais de meridianos. O paciente relata o que acontece com ele, suas queixas principais. Geralmente, o paciente chega com um problema específico, uma dor na perna, gastrite, depressão, problemas respiratórios ou quaisquer outros sintomas. A partir dos sinais observáveis e dos sintomas é realizada uma anamnese que permite encontrar padrões de desequilíbrio de meridianos e de órgãos e vísceras. Observo o meu cliente com os olhos da Medicina Chinesa, que enxerga o paciente como um Todo. Para a Medicina Chinesa o que move a pessoa é a energia e a estagnação dessa energia provoca distúrbios, que culminam em doenças e dores. A Medicina Chinesa não separa as pessoas em pedaços, nem em órgão e vísceras, muito menos em aspectos psíquicos e físicos. Recebo ambulatorialmente pacientes com indicação cirúrgica, no pós-cirúrgico, com problemas crônicos e em alguns casos, com problemas agudos. Não somos aceitos em planos de saúde porque se exige quase sempre que o acupunturista seja um médico. É preciso um CRM! O lobby médico é pesadíssimo e a categoria continua liderando.

E como é atualmente a formação do acupunturista e a sua atuação?

A acupuntura ainda não é uma profissão no Brasil, constituindo-se apenas como um ofício, uma prática. Porém, é certo que busca caminhar para a profissionalização por meio de Projetos de Lei que tramitam no Congresso. Atualmente, o Curso técnico de nível médio de Acupuntura foi extinto em São Paulo, por determinação do Conselho Nacional de Educação, por não ter sido reincorporado ao Calendário de cursos técnicos. Era um Curso regular com carga horária mínima de 1200 horas e estágio supervisionado. Tendo em vista que a acupuntura ainda não é uma profissão, portanto não tem uma regulamentação específica, quem rege seus limites e atribuições são os representantes das respectivas áreas da saúde, ou seja, a normatização vem dos Conselhos de Enfermagem, de Medicina, de Fisioterapia, por exemplo. O Conselho Regional de Enfermagem tem o poder de orientar, fiscalizar o enfermeiro acupunturista, uma vez que regulamenta e aceita a acupuntura como especialidade. Se a acupuntura fosse uma profissão, ganharia um Conselho regulatório e uma Federação em nível nacional. Sindicato nós temos, o Satosp. Embora não seja uma profissão, o Ministério do Trabalho e Emprego, em 1982, elaborou a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) definindo a ocupação de acupunturista como independente de qualquer classe profissional, inclusive da médica, sob o código 3221-5. Por não ter uma legislação federal que a regulamente, embora seja defendida por diferentes categorias profissionais, ainda existe a discussão sobre abrangência dessa prática, como é o caso do projeto do Ato Médico, que justifica a acupuntura como atuação restrita aos médicos.

Interessante salientar que a acupuntura somente foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Medina (CFM) em 1995, uma década depois do reconhecimento por parte de outros Conselhos, como no caso o de Fisioterapia e o de Biomedicina. Já o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estabeleceu e regulamentou a acupuntura como especialidade em 1997, por meio da Resolução 197. Embora o exercício da acupuntura seja reconhecido pelos diversos Conselhos, os profissionais ainda precisam conquistar seu devido espaço, de direito, como especialistas na rede pública e nos convênios de saúde.

Quanto à acupuntura como especialidade de Enfermagem, é fundamental e necessário que cada vez mais as universidades, tanto públicas como particulares, tenham em seus currículos esta prática e divulguem cursos de especialização nesta área durante a graduação.

“o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) estabeleceu e regulamentou a acupuntura como especialidade em 1997, por meio da Resolução 197”

Com relação ao número de acupunturistas, como está o cenário brasileiro?

Até alguns anos atrás, havia cerca de 50 mil acupunturistas não-médicos no Brasil. Mas este número deve ter crescido muito porque nos últimos cinco anos foram formados técnicos em acupuntura, em cursos autorizados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O mesmo MEC, em 2008, em uma revisão do seu Calendário de Cursos Técnicos e de Graduação, eliminou o Curso Técnico de Acupuntura. O Ministério deu o prazo até o ano passado, 2011, para finalizar todos os cursos em andamento. Entramos, as escolas, com diversos pedidos ao Conselho Estadual de Educação em São Paulo e no MEC, na tentativa de reinserir a acupuntura no nível técnico, sem sucesso, por acreditar que o curso conseguia realmente preparar os profissionais. Era um curso que preparava tecnicamente o aluno, por oferecer 1.200 horas reais, com um extenso plano de curso teórico e prático, com até dois anos de duração, tão longo quanto um técnico em enfermagem. O Conselho Estadual de Educação de São Paulo proibiu a formação de novas turmas a partir de agosto de 2010. Em 2005, o Instituto de Terapia Integrada e Oriental formou acupunturistas e massagistas. De lá para cá, formamos cerca de 100 técnicos em acupuntura, mas a partir desse ano, continua em funcionamento somente o Curso Técnico de Massagem.

Como era este curso? É possível reverter esta decisão do MEC?

O curso foi muito bem estruturado, com número reduzido de pessoas para que cada aluno pudesse ter um aprendizado teórico e prático de bom nível, com monitores e professores nos estágios supervisionados. Os alunos não ficavam sozinhos para a realização dos diagnósticos e tratamentos. Como enfermeira e coordenadora técnica do curso, era responsável pelas ‘agulhadas’ que o aluno estava realizando. Infelizmente, isso não será mais possível em virtude da proibição pelo MEC, como expliquei. Mas, se eu quiser continuar ministrando o Curso tenho que procurar uma instituição que possa me chancelar um Curso de Pós-Graduação para profissionais de saúde. As especializações têm sido feitas geralmente em um formato de um fim de semana ao mês, e, sinceramente, acredito que é uma tarefa difícil preparar técnica e humanamente um profissional com apenas um final de semana ao mês. Estou acostumada a formar ótimos técnicos, pois o mercado de trabalho está repleto de profissionais acupunturistas com formação duvidosa. Na acupuntura, em vista de tantos problemas e dificuldades vivenciados por estes profissionais, ou você precisa ser bom para se garantir ou não consegue encontrar pacientes. Não sei se consigo garantir uma boa formação para uma pessoa que estuda uma vez ao mês, mesmo que por um período de dois anos. Outra questão é o número de alunos por classe. Os cursos chancelados pelas universidades precisam ter, no mínimo, de 30 a 40 alunos por turma, para que se torne economicamente rentável. Assim, posso assegurar que os cursos técnicos ofereciam uma formação técnica de acupuntura mais completa do que muitos cursos de especialização. É uma pena que o curso técnico de acupuntura não seja reintegrado no Calendário.

As práticas complementares têm embasamento legal no Brasil?

A Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares no SUS foi instituída em 2005 com o objetivo de apoiar, divulgar, incorporar e implementar as terapias complementares. A acupuntura está inserida neste contexto. Nas diretrizes para a sua implantação em todos os níveis da saúde, mais precisamente com enfoque na atenção básica, a prerrogativa foi dada aos médicos com atuação no Programa Saúde da Família (PSF). Coube à equipe de saúde as ações de prevenção de agravos, promoção e educação em saúde. E embora o enfermeiro ainda encontre obstáculos para a sua prática, os olhares se voltam para a aplicabilidade da Portaria 971/2006, do Ministério da Saúde, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema único de Saúde (SUS) que ratifica a promoção do exercício multiprofissional de algumas modalidades terapêuticas, e dentre elas a acupuntura. Em 2008, a Portaria foi reeditada recebendo número 326/2008, sem alterações para a especialidade.

Como a acupuntura se comporta no cenário da pesquisa?

Embora a pesquisa em Enfermagem cresça a passos largos, o número de pesquisas publicadas em revistas científicas de grande porte sobre acupuntura ainda é de médicos. Isso tem sido uma tendência no mundo inteiro. Há poucos enfermeiros que pesquisam acupuntura e eu tenho sido uma delas nos últimos anos. Estou agora realizando pesquisa na área de auriculoterapia, porque parece mais fácil de ser aceita e realizada em ambientes hospitalares como coadjuvante, e também porque acredito que a auriculoterapia possa ser feita com sementes ou ímãs, com materiais não penetrantes, o que torna o procedimento fácil e rápido, podendo ser de grande utilidade para a Enfermagem, sem provocar nenhum efeito colateral. Além disso, acredito que a auriculoterapia seja extremamente útil para realizar diagnóstico de distúrbios de diversos locais do corpo, porque é um microssistema que retrata o corpo. Tratando da orelha é possível tratar de qualquer parte do corpo.

A senhora lançou recentemente pela editora Yendis a obra “Acupuntura Multiprofissional – aspectos éticos e legais”. O que o enfermeiro pode esperar dessa leitura?

A ideia de escrever este livro surgiu da necessidade de divulgarmos os resultados de um estudo voltado para o reconhecimento da acupuntura pelos enfermeiros de Unidades de Saúde Pública como uma possível tecnologia em sua atuação no cuidar. A obra foi elaborada em conjunto com o enfermeiro e advogado Genival Fernandes de Freitas, professor do Departamento de Orientação Profissional da Escola de Enfermagem da USP.

O livro promove uma reflexão sobre a prática, incentivando seu exercício por meio de profissionais capacitados, mesmo com formações diferentes na área da saúde. Com o intuito de discutir as “verdades” e “mentiras” sobre a acupuntura multiprofissional, a obra aborda desde a história da prática terapêutica, relata sua difusão pelo mundo, questões ético-legais, culmina com o estudo realizado com enfermeiras atuantes em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e permite esboçar a percepção destas profissionais diante da acupuntura.

Outro objetivo do livro é incentivar a defesa da acupuntura multiprofissional, já que esta prática tem sido citada como uma atividade exclusivamente médica, caso seja aprovado o Projeto de Lei do Ato Médico. Quero que esta obra contribua para que a acupuntura seja definitivamente incorporada como especialidade das categorias profissionais da saúde, fazendo cumprir a Portaria 971/2006 do Ministério da Saúde. E, por fim, contribuir para que a acupuntura torne-se uma profissão independente cujo Projeto de Lei 480/2003 tramita no Senado Federal.

Montar um consultório é uma boa opção para o enfermeiro especialista em acupuntura?

Sim, sem dúvida é uma grande possibilidade, pois ele pode trabalhar em conjunto com outros profissionais de áreas afins, ou não, já que a acupuntura atua em qualquer segmento. Uma vertente da acupuntura fortíssima em nosso país é a estética, embora o meu trabalho esteja voltado para a reabilitação músculo-esquelética. Montar um consultório de acupuntura requer as mesmas necessidades burocráticas de qualquer outro consultório. Se você me perguntar se é uma atividade rentável,  digo que sim. Mas aconselho que nos primeiros anos, o profissional acupunturista exerça junto outras atividades. Por exemplo, o enfermeiro que atua em uma instituição de saúde pode divulgar o seu trabalho, realizando aplicações de auriculoterapia em seus colegas, para que se possa conhecer os benefícios da técnica. Nas horas em que não está no hospital, entre um plantão e outro, uma opção é alugar uma sala ou fazer atendimentos domiciliares, assim poderá conquistar sua clientela e se dedicar integralmente aos seus pacientes.

É importante frisar que sempre houve muitas dificuldades de inserção da acupuntura por não ter uma regulamentação legal. Atualmente, acredito que novos caminhos se delineiam e que o título de especialista seja aceito e permita a colocação destes profissionais de saúde em concursos, com oportunidades de trabalho em instituições públicas pelo SUS.

Na verdade, o acupunturista não-médico precisa se fazer valer pela técnica, pela competência e pela excelência de seus atendimentos, caso contrário ele não cresce. Finalmente, sempre agradeço por ter sempre muitos pacientes, por conseguir resolver seus problemas e poder auxiliá-los de alguma forma a permanecerem saudáveis e sem dor. Nunca fiz propaganda porque os acupunturistas não-médicos poderiam sofrer retaliações. Há 20 anos, a prática não era senso comum e estava sempre envolta em misticismo e charlatanismo.

Se o enfermeiro quiser trabalhar com a acupuntura, precisa buscar ganhar o mercado, sendo um profissional empreendedor e que saiba divulgar o seu trabalho. O enfermeiro pode ser acupunturista em qualquer ambiente, mas ele precisa, antes de tudo, que acreditar nisso.

Qual é o grande desafio da enfermagem frente à especialidade?

Se aprovado na Câmara e Senado nos termos em que foi redigido, o projeto do Ato Médico poderá prejudicar milhares de acupunturistas atuantes no mercado, pois, entre outras questões, definirá a acupuntura como atividade exclusiva da categoria profissional médica. Projeto polêmico, ele poderá violar um direito já adquirido, contido no art. 5 da Carta Magna. Mais uma vez, defendo que o desafio que se coloca ao enfermeiro e a todos os profissionais de saúde é buscar implantar a prática da acupuntura de forma multiprofissional, compartilhada, técnica, competente, democrática e ética, cujo benefício será voltado para a saúde de toda a população.

Kurebayashi LFS. Portal da Enfermagem – Acupuntura [internet] 2011 [citado 2012 Janeiro 03]. Disponível em http://www.portaldaenfermagem.com.br .

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ESCLARECIMENTO À POPULAÇÃO SOBRE AS FALSAS NOTÍCIAS DE QUE SOMENTE MÉDICOS PODEM EXERCER A ACUPUNTURA

acupuntura em curitiba regulamentação da acupuntura

COMUNICADO DO SATOSP - Sindicato dos Acupunturistas e Terapeutas Orientais de São Paulo

Agora que já foi publicado o acórdão, temos como esclarecer a divulgação de notícias precipitadas de que só os médicos poderiam aplicar acupuntura.

Os recursos interpostos pelo Conselho Federal de Medicina junto ao TRF 1ª Região (Brasília), identificados como apelações cíveis nº 2002.34.00.017790-8 e 2002.34.00.017788-4 (CFP) 2001.34.00.023123-2 e 2001.34.00.026747-2 (CFF) 2001.34.00.032976-6 e 2001.34.00.031799-6 (COFFITO), 2001.34.00.033217-1 e 2003.34.00.011450-0 (COFEN), 2002.34.00.005141-6 (CFFa), tinham como finalidade anular as resoluções dos seguintes Conselhos: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Psicologia, Conselho Federal de Enfermagem e Conselho Federal de Fonoaudiologia que reconheciam a acupuntura como especialidade de seus profissionais.

Em primeira instancia o CFM perdeu todas as ações ajuizadas e, não se conformando com a derrota, entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília).

Em 27/03/2012 foi realizada a sessão de julgamento na 7ª Turma Suplementar do TRF da 1ª Região e, por unanimidade, os desembargadores concluíram que o CFP, o CFF, o COFFITO, o COFENC e o CFFa e não podem editar resoluções autorizando os seus membros a praticar a acupuntura no Brasil. Para os desembargadores, a acupuntura trata a doença e o diagnóstico e o tratamento de doença, no Brasil, é atividade exclusiva afetada à medicina.

Entretanto, no entender do Advogado do Sindicato dos Acupunturistas e Terapeutas Orientais de São Paulo (SATOSP) Dr. Silvio Célio de Rezende "as ações são específicas e não genéricas!".

O objeto das ações é o cancelamento das resoluções dos conselhos que reconhecem a acupuntura como especialidade da sua categoria, só isso, não tem e nem pode ter outra abrangência!

O que não foi discutido em primeira instância não pode ser discutido em outra etapa do processo, trata-se de norma ritual do processo.

Portanto, as ações são específicas sobre a especialização nessas profissões, assim, só estas profissões perderiam a sua especialização e, mesmo assim, após o trânsito em julgado da decisão.

O que equivale dizer que os profissionais dessas categorias não poderão atuar como: Fisioterapeuta/Acupunturista, Farmacêutico/Acupunturista, Psicólogo/Acupunturista, Enfermeiro/Acupunturista e Fonoaudiólogo/Acupunturista. Entretanto, nada os impede de trabalharem apenas como Acupunturistas.

Vale ainda ressaltar que os profissionais atingidos pela decisão poderão voltar a exercer suas profissões como especialistas em Acupuntura, pois ainda cabe recurso sobre essa decisão no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal.

Consta do relatório do Desembargador que os Conselhos não têm legitimidade para legislar sobre o exercício das profissões, pois isto é competência exclusiva da União (art. 22, inciso XVI da Constituição Federal). Ora, assim sendo, a resolução do Conselho Federal de Medicina reconhecendo a acupuntura como uma especialidade médica também deve ser anulada. Deveria ainda o Conselho Federal de Medicina responder pelas falsas noticias de que só os médicos podem aplicar acupuntura.

Consta também que, apesar de a atividade de acupuntor não estar regulada por lei específica, a sua realização só pode ser feita por profissional que esteja habilitado a fazer diagnóstico clínico. Todavia existe aí um erro, pois o acupuntor não faz diagnóstico clínico mas sim avaliação energética funcional própria da Medicina Tradicional Chinesa. Devemos esclarecer também que a especialização só é reconhecida pelos Conselhos com certificado de conclusão do curso de especialização em acupuntura.

Quanto aos profissionais que são apenas acupunturistas, estes não foram atingidos pela decisão da 7ª Turma Suplementar do TRF da 1ª Região e, portanto, podem continuar atuando normalmente.

Assim sendo, orientamos o povo brasileiro que continuem a procurar um acupunturista para o tratamento com acupuntura, pois só esses profissionais é que fazem a avaliação energética funcional, que é oriunda da Tradicional Medicina Chinesa e não o diagnóstico clínico nosológico, este sim, atividade exclusiva do médico.

Ressaltamos que aqueles que realmente estão preocupados com o bem estar da população devem se unir por uma regulamentação da acupuntura multiprofissional, sem se preocupar com uma reserva de mercado.

FONTE: http://www.satosp.com/

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

CASO CLÍNICO: SÍNDROME DE VAZIO NO IDOSO

caso clínico acupuntura curitiba
Síndrome do Vazio no Idoso

Paciente feminina, 77 anos, casada, dona de casa, responsável por todos os afazeres no lar. Após atendimento médico em hospital, nos procurou relatando que as queixas informadas ao profissional médico com relação a sua saúde física, foi orientada que não havia o que fazer, que deveria conviver da melhor forma com elas. As queixas relatadas são as que seguem:
Edema de tornozelo e pé, com impossibilidade de caminhar e colocar sapato;
Afecção de garganta com forte pigarro com som alto, e com impressão de refluxo, o que afasta as pessoas, afetando a estima pessoal;
Dificuldade para respirar quando movimentando-se com intensidade;
Algumas dores, até esperadas, como ombro, braço, cotovelo e quadril, pela idade e pelos afazeres domésticos obrigatórios.

Quanto às dores, decidi tratar como "Síndrome do Vazio no Idoso", onde agulhamos os meridianos:
- Bexiga
- Vesícula Biliar
- Pulmão
- Intestino Grosso

O resultado foi excelente, as dores desapareceram, a disposição aumentou com a paciente relatando que sentiu-se tão bem que subiu em uma cadeira para limpar o maleiro do guarda-roupas, fato que nos deixou além de assustado, muito preocupado, tendo em vista os riscos dessa aventura. Quanto a auto-estima está plena.

Pontos utilizados no tratamento: B57;VB34;VB41; P5;IG4 e PC6 
 

CRÉDITOS:  Publicado no perfil (Facebook) do Acupunturista Mauro Médici - CRT 44.394  da Clinica Mauro Médici Acupuntura (http://www.mauromedici.com.br/) Reproduzido sob autorização.

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

EFEITO DA AURICULOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DOR CRÔNICA MUSCULOESQUELÉTICA

ACUPUNTURA  CURITIBA
RESUMO

Observada em todo o mundo, a dor crônica é um problema que envolve sofrimento, incapacidade progressiva e significativo custo socioeconômico. Como proposta de tratamento das afecções do aparelho locomotor, que são as causas mais frequentes de ocorrência dessa dor (MARTINEZ e col, 2008), os pontos da orelha podem ser usados de forma similar aos pontos de acupuntura para tratar doenças em outros locais do corpo (XINNONG, 1999). A técnica de acupuntura
auricular, ou auriculoterapia, consiste em puncionar com agulhas certos pontos (pontos auriculares, situados na orelha), ou estimulá-los, por pressão, com outros recursos, tais como sementes ou esferas de metal (FERNANDES, 2008). Este estudo tem por objetivo verificar a eficácia do tratamento de auriculoterapia na redução de dor crônica e observar a utilização de medicação analgésica na população estudada.
Resultados: participaram do estudo 29 indivíduos (3 homens e 26 mulheres) com média de idade de 68,6 anos. Após as sessões de auriculoterapia , foi observada redução significativa do nível de dor e do número de analgésicos (p<0,001 e p=0,001, respectivamente), bem como do número de indivíduos que utilizavam analgésico após as oito sessões (p=0,016).
Conclusão: o presente estudo conclui que a auriculoterapia é eficaz na redução da dor crônica musculoesquelética e na diminuição do uso de medicamentos analgésicos, independente do tempo que o indivíduo vem sofrendo com a dor e do local da queixa de dor.
Palavras chave: auriculoterapia; dor crônica; dor musculoesquelética.
INTRODUÇÃO

A dor crônica é um problema que envolve sofrimento, incapacidade progressiva e significativo custo socioeconômico. As afecções do aparelho locomotor são as causas mais frequentes de ocorrência de dor crônica. Estimase que 40% dos indivíduos manifestarão dor musculoesquelética em algum momento da vida (MARTINEZ e col, 2008). A acupuntura é uma técnica terapêutica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) de estimulação de pontos situados na superfície da pele com a inserção de finas agulhas de variados comprimentos, com ou sem estímulo elétrico, ou através do uso de moxabustão. Também se entende por acupuntura o uso de técnicas relacionadas, como o uso de ventosas e a auriculoterapia (CHAO, 2009).

Na auriculoterapia, os pontos da orelha são usados como pontos de acupuntura para tratar disfunções de vários outros órgãos ou regiões do corpo. Quando um órgão/víscera ou parte do corpo humano apresenta alguma disfunção, aparece reação reflexa na região correspondente ao órgão lesado na orelha, caracterizando os pontos auriculares (YAMAMURA, 2001). As condições patológicas fazem surgir alterações na orelha, tais como dor à pressão, alteração na condutividade elétrica, mudança de cor, manchas, escamações, nódulos etc. Ao se puncionar com agulhas ou ao se pressionar esses pontos, com outros recursos, tais como sementes ou esferas de metal, as enfermidades podem ser tratadas (FERNADES, 2008; GARCIA, 1999). Além disso, o exame das áreas reativas sobre a superfície auricular também pode ser usado como referência no diagnóstico de doenças.

Os pontos de área correspondente à coluna vertebral, membro inferior e membro superior, por exemplo, têm como principal objetivo tratar a dor e combater a inflamação. Essas regiões representam estruturas musculoesqueléticas, que têm melhor estimulação no dorso auricular, região onde a inervação espinhal é mais abundante. Segundo os critérios da MTC, ativam a circulação de Qi e Xue – liberando estagnações –, dispersam o calor e drenam a umidade (NEVES, 2010).

Relatos históricos confirmam que a acupuntura auricular já era praticada na China antiga. No ocidente, principalmente na França, estudos de acupuntura auricular ganharam grande impulso e vários pontos novos e técnicas de tratamento foram desenvolvidas nessa área (YAMAMURA, 2001). Atualmente, usa-se a auriculoterapia na anestesia e no tratamento, diagnóstico e prevenção de doenças (DULCETI, 1994).

A acupuntura é uma tecnologia de intervenção em saúde que aborda de modo integral e dinâmico o processo saúde- doença no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos terapêuticos (Portaria Nº 971). A auriculoterapia tem baixo custo, fácil aprendizado, fácil aplicação e boa aceitação pelos pacientes (NEVES, 2010).

Como a acupuntura faz parte dessa racionalidade integradora e vitalista da Medicina Tradicional Chinesa, acredita-se que seu tratamento tenha a possibilidade de promover o contato e o aprendizado de novas formas de se pensar o corpo, a saúde e a doença, viabilizando ações promotoras da saúde (CINTRA e col, 2010). No Brasil, a prática da acupuntura foi introduzida na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) em 1999, e sua prática foi reforçada pela Portaria 971, publicada pelo Ministério da Saúde em 2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Esse último documento define que no SUS sejam integrados abordagens e recursos que busquem estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e de recuperação da saúde.


A auriculoterapia é proposta como recurso terapêutico nas algias crônicas e apresenta baixos custos na execução da técnica. Por esses motivos, justifica-se o estudo em um serviço de saúde do SUS com pacientes com dor crônica. Este estudo tem por objetivo verificar a eficácia de tratamento de auriculoterapia na redução de dor crônica e observar a utilização de medicação analgésica na população estudada.

METODOLOGIA

A pesquisa caracteriza-se como ensaio clínico não controlado. O presente estudo foi realizado no ambulatório de fisioterapia do Centro de Saúde IAPI. Participaram da pesquisa 29 indivíduos com dor crônica no período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011, que procuraram o serviço após divulgação através de cartazes distribuídos no centro de saúde. Os critérios de inclusão delimitados para o estudo foram:
(a) ter dor musculoesquelética; (b) apresentar dor no local há 6 meses ou mais; (c) ter idade igual ou superior a 18 anos; (d) ser capaz de se expressar.
Não participaram da pesquisa indivíduos com dor musculoesquelética que tenham sofrido dano ou doença neurológica, assim como debilidades mentais, cognitivas e de comportamento. Procedimentos Os pacientes interessados em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foi realizado questionário de avaliação na primeira sessão e, ao final de oito sessões, foram reavaliados os níveis de dor, através da escala análoga visual, e as quantidades de analgésicos utilizadas na última semana. Para todos os participantes foram realizadas oito sessões de auriculoterapia, uma vez por semana, com estímulo através de sementes na região da área correspondente à dor relatada pelo paciente na primeira sessão.

Tratamento dos dados

As variáveis quantitativas foram descritas através da média e desvio padrão (distribuição simétrica) ou mediana e percentis 25-75 (distribuição assimétrica), enquanto que as qualitativas foram descritas através de frequências absolutas
e relativas.
Para comparar os escores do nível de dor e a quantidade de analgésicos utilizados pré e pós a intervenção foi aplicado o Teste de Wilcoxon. Para comparar a utilização de analgésicos quanto ao número de indivíduos foi utilizado o teste McNemar. Para verificar o pD do nível de dor, o número de analgésicos e o local da dor foi utilizado o Teste de Kruskal-Wallis. Para analisar a relação da idade e tempo de dor e a redução dos níveis de dor e número de analgésico foi aplicado Teste de Correlação de Spearman.

O nível de significância adotado foi de 5% e as análises foram realizadas no programa SPSS versão 18.0.

RESULTADOS

Participaram do estudo 29 indivíduos (3 homens e 26 mulheres) com média de idade de 68,6 anos. O tempo com dor da população estudada apresentou mediana de 60 meses, e 44,8% dos indivíduos apresentavam queixa de dor na região lombar da coluna vertebral. Características da população na tabela 1. O nível de dor e o número de analgésicos apresentaram redução significativa após as sessões de auriculoterapia (p<0,001 e p=0,001, respectivamente), bem como foi reduzido o número de indivíduos que utilizaram analgésico após as oito sessões (p=0,016), conforme apresentado na tabela 2. A análise da Correlação de Spearman demonstrou que não houve associação da idade e do tempo com dor na redução dos níveis de dor e número de analgésicos. (p>0,05). Ao analisar p do nível de dor, o número de analgésicos e o local da dor, não houve diferença significativa. Verificouse que a redução de seus níveis independe do local da dor.
MCB#05

(clique para ampliar)
DISCUSSÃO

A população participante desta pesquisa, em sua maioria mulheres com idade média de 68,6 anos, foi semelhante à de outras unidades de saúde, conforme apresentado em estudo em outra região do Brasil em que a maioria dos pacientes
com dor musculoesquelética nas unidades básicas de saúde caracteriza-se por mulheres, com queixas crônicas envolvendo a coluna vertebral e articulações periféricas. Houve baixa concordância entre os diagnósticos estabelecidos pelo clínico e o reumatologista. O principal método terapêutico adotado foi medicamentoso, com predomínio de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais. Houve baixa utilização de tratamentos não-farmacológicos e exercícios físicos. Neste sentido, o uso indiscriminado de anti-inflamatórios, especialmente em idosos, tem sido motivo de alerta em função de sua toxicidade (MARTINEZ e col, 2008).


O resultado apresentado na comparação do nível de dor dos indivíduos pesquisados demonstra que a auriculoterapia é eficiente como método de redução da dor musculoesquelética, concordando com outros estudos, como o realizado em hospital cubano. Esse estudo acompanhou cinco anos de tratamento e observou que a auriculoterapia para redução da dor, realizada em 89 pacientes, apresentou- se eficaz em 84% dos casos, realizados em média de 13 sessões (VALDES e col, 2001).

Outro estudo também demonstrou que a manutenção de resultado terapêutico, mediante estímulo (acupuntura) de ação prolongada, através da microacupuntura (agulha e sementes), melhora o sistema musculoesquelético em relação ao
LER/DORT, através da diminuição do quadro álgico, relaxamento muscular, redução do bloqueio fibrótico, miogelose e a reintegração do sistema neuromotor e emocional (SENNAFERNANDES
e col, 2005).

Pesquisa realizada com idosos apresentou significativa melhora de intensidade da dor. Os resultados mostraram que a acupuntura cinética foi eficiente na reabilitação do idoso, proporcionando-lhe qualidade no seu movimento e qualidade
de vida (FRANÇA e col, 2006). Um importante dado obtido nesta pesquisa refere-se à significativa redução do uso de analgésicos, em relação tanto ao número de usuários quanto à quantidade utilizada. Esse fator é secundário à redução da dor e apresenta grande impacto quanto ao custo-benefício dessa técnica.

Ao analisar estudos com 1162 indivíduos, pesquisadores concluíram que a eficácia da acupuntura, verdadeira ou placebo, foi duas vezes maior na redução da dor lombar do que a terapia convencional, com tratamentos fármacos e nãofármacos (HAAKE e col, 2007).

Um estudo quase-experimental realizado com 225 pacientes, em sua maioria pluripatológicos, com dor crônica, mostrou considerável redução no nível de dor e consumo de analgésicos após realização de dez sessões de acupuntura. A diminuição do consumo de analgésicos em 68% implica também na redução do consumo de protetores gástricos e, presumivelmente, outros efeitos secundários dos analgésicos de todo tipo. A técnica, portanto, constitui uma possibilidade importante de tratamento para pacientes com intolerância a fármacos (CHAO e col, 2009).

Uma pesquisa que consistiu em realizar auriculoterapia em pacientes com LER/DORT proporcionou tratamento eficaz da dor osteomuscular e consequente redução na utilização de medicamentos e melhora na qualidade de vida (ARAÚJO e col, 2006).

A redução da dor após oito sessões não tem relação com o tempo de dor do indivíduo, pois reduziu de forma significativa inclusive a dor presente por anos. Também não há associação entre a dor e a idade do participante. Mesmo em idade avançada são obtidos bons resultados. Estudo realizado com pessoas com lombalgia crônica que têm disfunção de base mais severa apresentaram maiores benefícios em curto espaço de tempo com acupuntura (SHERMAN e col, 2009). Outro estudo concluiu que a acupuntura potencializa os resultados de exercícios posturais e melhora a sintomatologia de hérnia de disco lombar (REBELO e col, 2006).

Também é importante resaltar um aumento, tanto no número de consultas, quanto no número de cidades que registraram atendimentos em acupuntura no SUS após a implementação da PNPIC. Baseado em evidências, houve um pico discreto, mas significativo aumento de serviços de acupuntura no SUS no período entre 1999 e 2007. Esse aumento atual de profissionais acupunturistas, incluindo fisioterapeutas, amplia a consciência dos administradores de
saúde para a necessidade de incluir terapias alternativas no sistema público de saúde e proporcionar aos usuários um serviço melhor (SANTOS e col, 2009).

Pesquisas com profissionais e usuários dos serviços públicos de saúde apontam a terapêutica da acupuntura como eficaz para a melhoria das enfermidades, e reconhecem que o contato com esse tipo de tratamento viabiliza a eliminação ou a diminuição das condições que geram doença (CINTRA e col, 2010).

A utilização de práticas integrativas no âmbito de saúde pública é relevante, uma vez que está comprovada a sua eficácia na promoção de saúde e/ou prevenção e tratamento de doenças, além de configurar uma forma de ampliar as práticas do cuidar e oferecer ao usuário a possibilidade de escolha do tratamento que julgar melhor para promoção da sua saúde (PARANAGUÁ e col, 2009).

CONCLUSÃO

O presente estudo conclui que a auriculoterapia é eficaz na redução da dor crônica musculoesquelética e na diminuição do uso de medicamentos analgésicos, independente do tempo que o indivíduo está com dor e o local da queixa de dor.
BIBLIOGRAFIA

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Yamamura, Y. Acupuntura tradicional: a arte de inserir. São Paulo: Roca, 2001.
CRÉDITOS Autores do artigo:Aline Casaril (Fisioterapeuta. Concluinte do curso de especialização em Acupuntura no Vida Centro de Estudos e Qualidade de Vida) e Marcos Lisboa Neves (Fisioterapeuta. Especialista em Acupuntura com aperfeiçoamento em Auriculoterapia. Professor do curso de especialização do Vida Centro de Estudos e Qualidade de Vida. Artigo publicado na revista Medicina Chinesa Brasil Ano I no. 04.
Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!
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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

RESUMO DA HISTÓRIA MÉDICA CHINESA

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Agulhas Bian (8000-2100 AC) “Bian” significa “utilizar uma pedra de borda afiada para tratar doenças”. A terapia Bian é a precursora da acupuntura. No processo de se utilizar a Bian para puncionar a pele, pessoas começaram a perceber que ao se trabalhar em uma parte do corpo, frequentemente se obtinha efeito sobre outra parte.

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Shen Nong (cerca de 2500 A.C.) Ancestral da medicinal herbal chinesa / pai da agricultura
Shen Nong provou e identificou centenas de ervas, incluindo setenta ervas venenosas e determinou suas propriedades medicinais e valor em uma época anterior à história chinesa escrita. Shennong Ben Cao jing (O Clássico em Matéria Médica de Shen Nong) foi escrito por Tao Hongjing por volta de 500 D.C., baseado nos achados de Shen Nong. Incluía 365 medicamentos para mais de 170 enfermidades. É o clássico da farmacologia na China e estabeleceu os fundamentos para o desenvolvimento da farmacologia nas gerações posteriores. Shen Nong é descrito como o mais antigo explorador da medicina.

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Huang Di, Imperador Amarelo (2696-2598 A.C.) Fundador da Medicina Chinesa
Huang Di questionou todos os aspectos da medicina, e seu diálogo foi posteriormente gravado e publicado como Huang Di Nei Jing (O Cânon Interior de Huang Di), o mais antigo clássico de medicina. Huang di Nei Jing é dividido em duas partes: Su Wen (Questões Básicas) e Ling Shu (Eixo Espiritual). Enfatizando na prevenção da doença, é referido no Nei Jing: “O médico superior é aquele que consegue, com sucesso, controlar as doenças antes que se desenvolvam.”

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Jia Ku Wen, Ossos Oraculares – Dinastia Shang
A mais antiga escrita chinesa, feita em cascos e ossos de animais. As inscrições nos ossos oraculares descrevem o uso de vinho e água quente como medicamento, além de diversas enfermidades.

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Bian Que (407-310 A.C.) – Dinastia Zhou Perito em Medicina
Deu origem ao diagnóstico em medicina chinesa – observar, auscultar, interrogar e apalpar. Foi um excelente diagnosticador, excelência em tomada de pulso e tratamento em acupuntura. Nan Jing (Clássico das Dificuldades) escrito por Bian Que, descreve o exame do pulso, teoria dos cinco elementos e o uso dos cinco pontos shu de transporte. “O médico habilidoso trata aqueles que estão bem, mas o medico inferior trata aqueles que estão doentes.”

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Huang Di Nei Jing – Cânon Interior de Huang Di (305-204 a.C.) Dinastia Han

Embora o huang Di Nei Jing seja atribuído como um trabalho de Huang Di (Imperador Amarelo) há cerca de 4000 anos atrás, a mais antiga menção dele data da época da Dinastia Han. Apresentou as teorias fundamentais da medicina chinesa, incluindo fisiologia antiga, patologia, sistema dmeridianos e classificação de doenças. A ênfase estava na prevenção. Embora a anatomia moderna tenha avançado nos últimos 300 anos e seja mais precisa, a anatomia chinesa foi desenvolvida a cerca de 2000 anos atrás. Huang Di Nei Jing está dividido em duas partes:
Su Wen (Questões Básicas) – Diálogo entre Huang Di e Chi Po, uma autoridade em medicina, sobre yin-yang, 5 elementos, diagnóstico, diferenciação de síndromes, fisiologia antiga, classificação das doenças e anatomia.

Ling Shu (Eixo Espiritual) – primeira literatura em acupuntura, descrição dos meridianos, funções dos órgãos zang e fu, técnicas de agulhamento e localização de 160 pontos.
“Aqueles que possuem verdadeira sabedoria permanecem fortes, enquanto os que não possuem sabedoria crescem velhos e fracos.”.

 

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Hua Tuo (110-207 DC) – Dinastia Han Pai da Cirurgia
Inventou a anestesia, 1600 anos antes da prática ser adotada por europeus no inicio do século XIX. Hua Tuo utilizou a anestesia para realizar cirurgias. Hua Tuo criou o exercício dos cinco animais (tigre, veado, urso, macaco e cegonha), um exercício de Qi Gong, para promover saúde e prevenir enfermidades. Não só podia tratar parasitas, como foi ele quem implementou a respiração artificial boca-a-boca. Hua Tuo encontrou os pontos Hua To JiaJi, um conjunto de 34 pontos de acupuntura localizados na região paravertebral.

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Zhang Zhong Jing (150-219 DC) – Dinastia Han Sábio da Medicina
Notável capacidade em reconhecimento e tratamento de doenças infecciosas, deu origem ao termo “doença febril”, reconhecendo por exemplo a encefalite, pneumonia aguda, hepatite viral e seus tratamentos. Zhang desenvolveu a identificação dos princípios de tratamento de acordo com os seis estágios, que são seis “progressos” no desenvolvimento da doença, aplicando a diferenciação de síndromes da teoria para a prática.Escreveu Shang Han Za Bing Lun (Enfermidades da agressão por frio e mistas), teorias de diagnóstico baseada principalmente na análise de sinais e sintomas. Suas aproximadamente 269 prescrições são a base da prática clinica moderna. Este livro foi re-escrito por Wang Shu-He no século III em dois volumes: Shang Han Lun (Discussão acerca da agressão por frio), dando ênfase nos transtornos externos, classificados de acordo com as 6 fases. Jin Gui Yao Lue (Prescrição Essencial do cofre dourado), focando nas desordens internas dos sistemas digestivo, respiratório, urológico e nervosa, metabolismo, ginecologia e a classificação de acordo com os oito princípios de diferenciação. Cerca de 1.700 anos após a publicação original, seus trabalhos são adotados em escolas de Medicina Tradicional Chinesa em todo o mundo.

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Huang Pu Mi ( 215 – 286) Dinastia Jin Acupunturista
Compilou o primeiro clássico de acupuntura, entitulado Zhen Jiu Jiayijing (Princípios Fundamentais da Acupuntura), um livro em 12 volumes que sistematicamente organizou e resumiu a acupuntura chinesa. Compilando informações de antigos clássicos, Huang Pu Mi detalhou a teoria dos meridianos e colaterais, indicação de cada ponto, e métodos de manipulação. Não só seu trabalho aperfeiçoou grandemente a precisão e efetividade da acupuntura chinesa, como marcou um importante progresso na acupuntura e moxabustão. Descobriu os pontos Xi-fissura para condições agudas e dor. Seu livro é um dos textos mais influentes na história da medicina chinesa.

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Sun Si-Miao (590-682) – Dinastia Tang ”Rei Herbáceo”/alquimista Taoísta
A grande contribuição de Sun se dá na nutrição. Por exemplo, tratou bócio com algas marinhas e a glândula tireóide de cervos e ovelha. Também tratou cegueira noturna, diabetes e beribéri, milhares de anos antes na China. Sun Si-Miao foi o primeiro a apresentar os princípios éticos da medicina, influenciado pela filosofia Taoísta. “Sempre que um clínico trata uma doença, deve estar mentalmente calmo e sua disposição firme, atitude de compaixão. Limpar a mente de modo a olhar para si mesmo…”.
Descobriu os pontos fantasma – para tratar distúrbios mentais e epilepsia. Bei Ji Qian Jin Yao Fang ( Milhares de Prescrições de Ouro para Emergências) é consderada a primeira enciclopédia de medicina chinesa. Discursa sobre uma ampla variedade de tópicos, como medicina interna e externa, ginecologia, pediatria, toxicologia, dieta, diagnóstico pelo pulso e acupuntura.

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Wang Wei Yi (907-1067) - Dinastia Song Grande Acupunturista do século XI
Wang Wei Yi revisou e compilou um trabalho em acupuntura, verificando todos os pontos e canais, chamado Tong Ren Shu Xue Zhen Jiu Tu Jing (Manual Ilustrado do Homem de Bronze). Descreve 354 pontos, com a profundidade de punção de cada ponto e sua indicação de uso, juntamente com mapas de acupuntura. Moldou as 2 primeiras estátuas de bronze em tamanho real, onde meridianos e pontos foram gravados com o propósito de ensinar.

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Liu Yuan Su (1120 – 1200) Dinastia Jin ”escola do resfriamento”
Liu desenvolveu o “Huo Re Lun”, discussão do fogo e calor, e propô a utilização do frio e ervas frias para tratar distúrbios de calor e fogo. Observou a alta freqüência de febre e inflamação em doenças sérias. Também acreditava que calor e fogo são os fatores dominantes causando distúrbios. Um de seus principais princípios de tratamento se baseava em abaixar o Fogo do Coração e nutrir a Água dos Rins para aliviar síndromes do fogo. O trabalho de Liu é importante por ter introduzido um conceito significativamente diferente.

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Zhang Cong–Zheng (1156-1228) Dinastia Jin ”Escola da agressão e purgação”
Zhang acreditava que todas as doenças eram causadas por “fatores malignos” ou patógenos exógenos introduzidos no corpo humano. A cura seria induzir sudorese, vômito ou purgação. Propôs que todos os males derivavam de 3 fontes: Céu (vento, frio, calor de verão, umidade, secura, fogo), Terra (névoa, orvalho, chuva, gelo, água, solo) e Humano (dieta inapropriada). Instruiu a atacar a doença quando o paciente está forte e tonificar o corpo quando o paciente está fraco. Alertava às pessoas para não utilizarem tônicos à vontade.

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Li Dong Yuan (1180-1251) Dinastia Jin ”Escola de Tonificação da Terra”
Li é conhecido por tratar desordens do baço e do estômago. Acreditava que o baço e o estômago são a fonte do Qi Original (Yuan Qi) e um Yuan Qi adequado é a chave para a saúde, e que danos ao baço e estômago davam origem à diversas desordens. Falta de vitalidade iria produzir condições negativas, fraqueza, e calor interno. Uma energia forte o suficiente iria desenvolver normalmente suas funções fisiológicas.

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Zhu Dan–Xi (1281-1358) Dinastia Yuan ”Escola de Tonificação do Yin”
“Yang está constantemente em excesso, yin está constantemente insuficiente”. Zhu acreditava que pessoas sofriam de doenças crônicas principalmente devido ao abuso de coisas e atividades prazerosas, resultando na debilidade da essência yin. Propôs diversas teorias e fórmulas para nutrir o Yin dos Rins e Fígado. Também discutia sobre doenças originadas das 6 estagnações – Qi, Sangue, Umidade, Fleuma, Calor e Alimentos.

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Ye Tian Shi (1667 – 1746) Dinastia Qing
Célebre clínico de medicina Interna. Ye era famoso devido às enfermidades febris. Pressupos a transmissão das enfermidades através de 4 estágios – Wei, Qi, Ying e Sangue.

CRÉDITOS: Artigo traduzido de http://www.lingna-cheng.com/chinese_medical_history_list.html. Versão em Português: Paulo Henrique Pereira Gonçalves. Projeto www.medicinachinesaclassica.org. Idealizador do Projeto: Ephraim Ferreira Medeiros.

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

HÉRNIA DE DISCO PERGUNTAS E RESPOSTAS

"Hérnia de disco lombar -- procedimentos percutâneos". Assista trecho da palestra realizada no dia 24 de agosto de 2011, pelo neurocirurgião Oswaldo Tella, no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. O médico responde às perguntas feitas pelo público e esclarece sobre os sintomas, principais causas, como prevenir e diagnosticar a hérnia de disco lombar, problema que afeta grande parte da população brasileira.CRÉDITOS: Hospital Edmundo Vasconcelos. CANAL DO HOSPITAL NO YOUTUBE:http://www.youtube.com/user/HospitalEV SITE DO HOSPITAL: http://www.hospitaledmundovasconcelos.com.br/
 
 
NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.