NOTAS CLÍNICAS: PONTOS DE ACUPUNTURA EM AVC ISQUÊMICO

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PARTE I - ASPECTOS GERAIS E DA MEDICINA OCIDENTAL

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

O que é

O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), também conhecido por derrame ou isquemia cerebral, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria.

Responsável por 85% dos casos de derrame, a doença é a principal causal de morte e incapacidades no Brasil. A cada 6 segundos uma pessoa no mundo morre decorrente de um AVC. Raro em crianças, acomete tanto pessoas jovens quanto idosas.

Quando não mata, o AVCI deixa sequelas que podem ser leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais frequentes são paralisias em partes do corpo e problemas de visão, memória e fala.

A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte neuronal em poucas horas. Por isso, o reconhecimento dos sintomas e encaminhamento rápido ao hospital são atitudes fundamentais.

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Sintomas

Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, dificuldade para falar e/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da musculatura do rosto ficando com a boca torta, dor de cabeça intensa e perda da coordenação motora. Os sinais acontecem de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.

Fatores de risco

Os fatores de risco para o AVC podem ser considerados modificáveis (controlados com mudanças no estilo de vida ou medicamentos) ou não modificáveis.

O tabagismo, altas taxas de colesterol e triglicérides, sedentarismo e doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas são os principais fatores de risco. Pessoas com pressão alta têm quatro a seis vezes mais chances de terem um episódio de AVC. Isso acontece por conta do enrijecimento dos vasos e aterosclerose, comuns em hipertensos, que pode levar à obstrução arterial. Os pacientes diabéticos também devem controlar as taxas de glicemia capilar e outros fatores de risco, pois o risco de isquemia é duas vezes maior se comparado ao de pessoas não diabéticas.

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Diagnóstico

O diagnóstico e tratamento precoce dependem da rapidez com que o paciente procura o serviço de emergência capacitado para o atendimento de AVC, que deve contar com equipe treinada e tomografia disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

O tempo recomendado para o diagnóstico do paciente com AVC, da entrada no setor de emergência até a confirmação por exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética) deve ser, no máximo, de 45 minutos. A tomografia é mais utilizada pela rapidez, disponibilidade e falta de contraindicações para sua realização.

Devem ser realizados também exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom Doppler de carótidas, Doppler transcraniano e exames de laboratório, com a finalidade de identificar a causa da isquemia.

(via Hospital Albert Einstein)

PARTE II - MEDICINA ORIENTAL

Um estudo (1) realizado em Singapura com patrocínio do The National Natural Science Foundation of China ( http://www.nsfc.gov.cn/ ) e do Peking Union Medical College Hospital ( http://www.pumch.cn/ ) em modelo experimental utilizando animais constatou atividade neuroprotetora dos acupontos VG – 20 (GV – 20 Bai Hui) e E –36 (ST- 36 Zu San Li).

Tanto a Acupuntura quanto a Eletroacupuntura reduziram significativamente o tamanho da área lesionada e melhoraram a função neurológica bem como a infiltração de células inflamatórias.

PARTE III – NOTAS SOBRE OS ACUPONTOS

(via Meihua.net)

VG 20 Bai Hui

LOCALIZAÇÃO DO PONTO

Situa-se no meio do crânio, no topo da cabeça, na intersecção da linha mediana do corpo com a linha que parte do eixo vertical das duas orelhas, ou na linha média, a sete tsun acima da linha de inserção dos cabelos da nuca.

ANATOMIA

A agulha de Acupuntura atravessa a pele, o tecido celular subcutâneo e a aponeurose epicranial e atinge a lâmina subaponeurótica; relaciona-se com os nervos occipital maior, frontal e nervo auriculotemporal.

CARACTERÍSTICAS DO PONTO

O ponto Baihui recebe Energia de todos os Canais de Energia Secundários provenientes dos Canais Yang da mão e do pé

Ponto de intersecção do Du Mai com o Canal de Energia Principal da Bexiga

INDICAÇÕES DO PONTO

Epilepsia

Esquizofrenia

Convulsão

Apoplexia

Cefaléia de vértex

Hemiplegia

Perda de memória

Obstrução nasal

Zumbidos

Prolapso retal

Surdez

Prolapso uterino

Hemorróidas

Desfalecimento

Tontura rotatória

Insônia

Ansiedade

Palpitação

Desejo de chorar

Funções Energéticas do Ponto

Remove e dispersa o excesso de Yang dos Canais de Energia Yang

Mantém o Yang Qi do corpo

Estabiliza a subida do Yang Qi

Acalma o Shen e as Emoções e clareia a mente

Reanima a inconsciência

Circula o Qi do Fígado e dispersa o Yang Qi excessivo do Fígado

Dispersa o Vento Interno do Fígado e o Vento Perverso

Relaxa os tendões e os músculos

Associações do Ponto

Choque: todos os pontos Ting: VG-26 ( Renzhong ), CS-6 ( Neiguan ), VC-24 ( Chengjiang )

Encefalite infecciosa do tipo B: VG-16 ( Fengfu ), VG-14 ( Dazhui ), IG-11 ( Quchi )

Cefaléia: M-CP-3 ( Yintang ), M-CP-9 ( Taiyang ), IG-4 ( Hegu )

Prolapso do ânus: VG-1 ( Changqiang ), B-57 ( Chengshan ), VC-15 ( Jiuwei )

Prolapso do útero: VC-6 ( Qihai ), M-TA-16 ( Weibao ), E-36 ( Zusanli ), VC-4 ( Guanyuan ), B-32 ( Ciliao )

Palpitação: VG-11 ( Shendao ), TA-10 ( Tianjing ), TA-2 ( Yemen )

Ansiedade: VG-18 ( Qiangjian ), B-6 ( Chengquan )

Febre alta e cefaléia: VB-20 ( Fengchi ), IG-4 ( Hegu ), IG-11 ( Quchi ), VG-14 ( Dazhui )

Gastroptose: VC-12 ( Zhongwan ), VC-6 ( Qihai ), E-25 ( Tianshu ), E-36 ( Zusanli )

Insônia: C-7 ( Shenmen ), TA-17 ( Yifeng ), VG-23 ( Shangxing )

Vertigem: F-3 ( Taichong ), ID-3 ( Houxi ), E-25 ( Tianshu )

Indicações Tradicionais do Ponto

"Quando o doente começa a queixar-se de dor de cabeça causada pelo Vento Perverso, deve-se estimular o ponto VG-20 ( Baihui ) associado aos pontos VG-23 ( Xangxing ), VB-5 ( Xuanlu ) e B-2 ( Zanzhu ); se há queixa de nucalgia e dorsalgia, deve-se estimular o ponto VB-20 ( Fengchi ) e o VG-16 ( Fengfu )." ( Su Wen )

E – 36 Zu San Li

LOCALIZAÇÃO DO PONTO

Situa-se a três tsun distal ao E-35 ( Dubai ) e a um tsun lateral à margem anterior da tíbia, entre os músculos tibial anterior e extensor comum dos dedos.

ANATOMIA

A agulha de Acupuntura atravessa a pele, o tecido celular subcutâneo e o músculo tibial anterior e atinge a região intertibiofibular; relaciona-se superficialmente com os ramos do nervo cutâneo-sural lateral e do nervo safeno e, profundamente, com o nervo fibular profundo.

CARACTERÍSTICAS DO PONTO

Estimular este ponto quando o doente sente uma dor que vai do joelho para a panturrilha, com a sensação de estar a perna quebrada

Ponto Ho do C.E. do Estômago correspondente ao Movimento Terra; ponto que apresenta a máxima concentração de Energia Terra no C.E.do Estômago

Estimular este ponto para dispersar a Energia Perversa da parte média do corpo

Estimular este ponto nas afecções energéticas do Estômago, com o abdome distendido

Estimular este ponto quando o doente sente dores no Estômago e no Coração; quando se tem a impressão de que os membros superiores e inferiores perderam a sua ligação

Nas afecções crônicas das articulações, devido à Umidade, deve-se aquecer as agulhas e estimular o E-36

Quando há Plenitude ou Vazio de Qi, excesso de Yin ou Yang, deve-se sempre estimular o E-36, tonificando-o ou dispersando-o

Quando há sintomas Yin no interior do corpo, deve-se tonificar o E-36

O ponto E-36 é o ponto de difusão de Qi para o Baixo do corpo, enquanto que o E-30 o é para o Alto

Nos distúrbios do Intestino Grosso e do Estômago, deve-se estimular os ponto da Bexiga e do Estômago, se não há resultado, estimular o E-36

Nos distúrbios de Wei Qi, deve-se dispersar a Energia estagnada do E-36 o mais rápido possível

Estimular este ponto em todas as afecções do Intestino Grosso,tonificando-o se há Vazio de Qi,ou dispersando a Energia estagnada,se há Plenitude de Qi

Se o doente apresentar borborigmos, com sensação de que a Energia acomete a parte alta do corpo, com dificuldade respiratória,

isto significa que a Energia Perversa penetrou no Intestino Grosso. Neste caso estimular os pontos VC-6, E-37 e E-36

É um ponto regulador geral de Energia

INDICAÇÕES DO PONTO

Gastrites aguda e crônica

Úlceras gástricas e duodenal

Enterites aguda e crônica

Pancreatite aguda

Indigestão

Gastralgia

Hemiplegia

Estado de choque

Fraqueza geral

Anemia

Alergia

Hipotensão

Icterícia

Asma

Enurese

Neurastenia

Afecções do sistema reprodutor

Dor e distensão abdominal

Náuseas

Vômitos

Dificuldade de urinar

Epilepsia

Palpitação

Estupor

Depressão e mania

Gritos histéricos

Funções Energéticas do Ponto

Tonifica o Qi Nutrição, o Qi e o sangue

Regula, hamoniza e fortalece o Qi Mediano ( Baço/Pâncreas/Estômago )

Regula e umedece os Intestinos

Harmoniza e tonifica o Qi do Pulmão

Tonifica o Qi dos Rins e do Yuan Qi

Tonifica o Wei Qi, restaura o Yang Qi e forma o Jin Ye

Faz circular o Qi e o sangue

Aumenta a Energia Essencial

Redireciona o Qi em tumulto

Transforma a Umidade e a Umidade-Calor

Drena a Umidade e a Umidade-Frio

Dispersa o Vento e o Frio

Associações do Ponto

Náuseas, vômitos: CS-6 ( Neiguan )

Pancreatite:E-39 ( Xiajuxu ), VB-34 ( Yanglingquan ), CS-6 ( Neiguan )

Indigestão: IG-4 ( Hegu ), E-25 ( Tianshu ), VC-14 ( Guanyuan ), VC-12 ( Zhongwan ), BP-4 ( Gongsun )

Obstrução intestinal aguda: IG-4 (Hegu), CS-6 (Neiguan , VC-12 (Zhongwan), E-25 (Tianshu) , B-25 (Dachangshu), B-32 (Ciliao)

Fraqueza geral: VC-4 ( Guanyuan )

Distensão abdominal: E-25 ( Tianshu ), VC-6 ( Qihai ), CS-6 ( Neiguan )

Depressão e mania: CS-5 ( Jianchi ), VC-24 ( Chengjiang ), B-15 ( Yinshu )

Afecções do Estômago e dos Intestinos:VC-12 (Zhongwan), E-25 (Tianshu), CS-6 (Neiguan), BP-4 (Gongsun)

Paralisia e atrofia de membros inferiores:VB-30 (Huantiao), B-54(Weizhong), VB-34(Yanglingquan), BP-6(Sanyinjiao)

Edema e disúria: E-28 ( Shuidao ), B-23 ( Shenshu )

Mastite: E-18 ( Rugen ), VB-42 ( Diwuhui )

Doenças hepáticas e biliares: F-4 ( Zhongfeng ), F-14 ( Qimen ), VB-40 ( Qiuxu ), VB-24 ( Riyue )

REFERÊNCIA

1 Hong Xu, Yamin Zhang, Hua Sun, Suhui Chen, Fuming Wang.  Effects of Acupuncture at GV20 and ST36 on the Expression of Matrix Metalloproteinase 2, Aquaporin 4, and Aquaporin 9 in Rats Subjected to Cerebral Ischemia/Reperfusion Injury. Research Article | published 14 May 2014 | PLOS ONE 10.1371/journal.pone.0097488.

Para acessar o artigo na íntegra clique aqui.

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PONTOS-GATILHO MIOFASCIAIS

PONTOS-GATILHO MIOFASCIAIS – REVISÃO

TRIGGER POINTS DORSAL ACUPUNTURA CURITIBA

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RESUMO

Os pontos-gatilho miofasciais (PGMs) são nódulos palpáveis dolorosos que produzem dor referida espontânea e/ou a dígito pressão. A presença de pontos-gatilho pode levar à perda da produtividade e consequente incapacidade biopsicossocial, reduzindo a qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

Apesar de importante disfunção musculoesquelética, muitos pacientes não recebem o tratamento adequado para tal, em parte, deve-se à subjetividade do diagnóstico, que se baseia na história do paciente e na capacidade técnica do exame físico em localizar os pontos.

Alguns meios diagnósticos têm sido implementados à avaliação dos PGMs, a fim de dar maior acurácia à localização desses pontos, como a termografia, eletromiografia e eletropalpação. No presente trabalho, objetivou-se revisar os estudos sobre o desenvolvimento do conceito de pontos-gatilho, bem como das teorias de sua patogênese e seu diagnóstico clínico.

Ainda não há uma explicação concreta de sua patogênese, existindo teorias que, em conjunto, pode oferecer indícios de sua formação. Diante disso, exames histológicos e clínicos ainda precisam ser desenvolvidos a fim de tornar o diagnóstico mais fidedigno, para que o tratamento desses pontos possa ser mais efetivo.

Palavras-chave: Pontos-gatilho. Dor referida. Síndromes da dor miofascial.


INTRODUÇÃO


Os pontos-gatilho miofasciais (PGMs) são definidos como nódulos palpáveis presentes numa faixa tensa localizada no músculo que, espontaneamente ou à dígito-pressão, produzem um padrão de dor referida reconhecida pelo paciente1. A fisiopatologia da formação dos PGMs ainda não está bem esclarecida, existindo, portanto, várias teorias que tentam explicar tal processo2,3,4. Condições lesivas como macrotraumas, microtraumas, isquemia, inflamação, sobrecarga funcional, estresse emocional, disfunções endócrinas, deficiências nutricionais e infecções crônicas são consideradas predisponentes para o aparecimento dos PGMs5. A importância do estudo desses pontos se dá pela ampla sintomatologia gerada por eles, como dor referida que, por vezes, são confundidas com dor visceral6, diminuição da flexibilidade muscular, fraqueza muscular e alteração da propriocepção7.


O presente artigo visa revisar os estudos sobre o desenvolvimento do conceito de pontos-gatilho, bem como das teorias de sua patogênese e seu diagnóstico clínico, mecanismo de lesão e tendo como base uma revisão da literatura através de artigos indexados e livros que abordem o assunto.


RESULTADOS E DISCUSSÃO


Perspectivas Históricas Conceituais


Achados laboratoriais


Não existem indicadores laboratoriais que possam identificar com precisão a presença de PGMs, o que faz com que a pesquisa da sua fisiopatologia seja dirigida para verificação das teorias existentes19. Achados histológicos não se mostraram conclusivos, apresentando áreas de alterações fibrosas, mas com ausência de células inflamatórias, embora exista uma forte hipótese de mecanismos histopatológicos envolvidos20.

Alguns estudos identificaram fibras musculares edemaciadas nos locais de presença de nós, apresentando também sarcômeros contraídos, o que revela uma tensão exacerbada pela alteração da relação comprimento-tensão8. Isso é traduzido microscopicamente com a presença quase que exclusiva de banda A e ausência de banda I, evidenciada em sarcômeros totalmente contraídos21.


Foi demonstrado através de biopsia de PGMs de pacientes fibromiálgicos que pode haver concentrações baixas de fosfato de alta energia em detrimento de elevadas concentrações de fosfato de baixa energia quando comparados com outras regiões musculares sem PGMs dos pacientes e do grupo controle22. Tal achado aponta que exista um distúrbio metabólico local, mas ainda não esclarecido.

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Patogênese


Algumas teorias tentam explicar a patogênese dos PGMs, porém, não são totalmente aceitas entre os pesquisadores.


Hipótese do fuso muscular. Essa teoria, proposta por Hubbard e Berkoff, aponta os fusos musculares (FMs) como os principais responsáveis pela formação dos PGMs. Os fusos participantes desse processo são denominados FM anormais23. A anormalidade à que estes autores se referem é a atividade elétrica espontânea apresentada pelos fusos nas proximidades dos PGMs. A função dos FMs é fornecer informações detalhadas sobre o comprimento e o movimento do músculo ao sistema nervoso central24, mediando informações em resposta a um alongamento experimentado pelo músculo.


Nos FMs anormais, essas informações não estariam atreladas ao estímulo mecânico da musculatura, mas ativada espontaneamente, onde o reflexo dos FMs acontece, como se o músculo estivesse levemente alongado. O neurônio anuloespirado leva a mensagem para a medula e, posteriormente, para o neurônio alfa que, por sua vez, leva a liberação de uma pequena quantidade de acetilcolina na placa terminal, quantidade essa insuficiente para gerar uma contração muscular vigorosa, mas capaz de manter algumas fibras contraídas25,26. Além disso, Hubbard e Berkoff afirmam ainda que a presença de fusos anormais em um músculo poderia causar espasmos nos músculos vizinhos, por meio de compensações do corpo incomuns, que provocariam frequência de descargas elétricas e contração anormais8.


Dois fatos contrariam essa teoria: 1- fusos musculares estão distribuídos por todo o músculo, incluindo áreas em que não há atividade eletromiográfica; 2- tratamentos eficazes como a toxina botulínica, uma das modalidades usadas para o tratamento dos PGMs, interrompem a transmissão do impulso nervoso para o fuso através da ação direta na placa neuro-muscular. Sendo assim, a disfunção estaria localizada no botão sináptico, na junção neuromuscular ou na membrana pós-sináptica, e não apenas na disfunção dos FMs27.


Hipótese da placa motora (Motor endplate hipothesis) ou dos botões sinápticos disfuncionais. Essa hipótese, proposta por Hong e Simons, sugere uma possível disfunção dos botões sinápticos como causa dos PGs. Esta disfunção resultaria em uma liberação contínua de quantidade excessiva de acetilcolina (Ach) no espaço sináptico28. A acetilcolinesterase presente neste espaço seria insuficiente para neutralizar a alta quantidade de Ach. Essa Ach não hidrolisada ficaria livre para agir na membrana pós-sináptica, provocando despolarizações seguidas e, consequentemente, repetidas ativações de alguns elementos contrácteis das fibras musculares relacionadas aos botões sinápticos disfuncionais, o que poderia produzir algum grau de encurtamento entre os sarcômeros envolvidos29,30,31.


Hipótese da crise energética (Energy crises theory). Juntamente com a ideia dos botões sinápticos disfuncionais, é considerada a que melhor possa explicar a formação dos PGs5. Uma lesão no sarcolema ou destruição do retículo sarcoplasmático, devido a um microtraumatismo, resulta em liberação de Ca++ e acúmulo deste próximo ao local da lesão. O Ca++ livre interage diretamente com os miofilamentos, mesmo sem a presença de um potencial de ação, promovendo uma contração muscular mantida. Estando a circulação sanguínea normal, este processo é revertido pela remoção de Ca++ de volta para o retículo sarcoplasmático, o que finaliza a contração muscular. Nos casos em que a circulação local está comprometida, a remoção de Ca++ não acontece ou é insuficiente, resultando em uma área rígida, isquêmica, com acúmulo de resíduos metabólicos e sem chegada de fontes de energia.


Todos esses eventos contribuem para o que Simons denomina de “crise energética intensa local”. Por falta de fontes de energia, os sarcômeros não possuem ATP suficiente para ativar a bomba de Ca++, e assim não ocorre por seu retorno para o retículo sarcoplasmático, resultando em uma contração muscular máxima e sustentada dos sarcômeros31. A dor sentida no local da lesão pode ser explicada pela liberação de substâncias, como bradicinina, prostaglandinas e histaminas, que podem sensibilizar nociceptores, devido à hipóxia local intensa e a crise energética dos tecidos.


Hipótese do processo neuropático para dor muscular (Radiculopathic model for a muscular pain). A hipótese do processo neuropático é apresentada por Gunn, o qual afirma que quando um músculo envolvido numa disfunção miofascial é inervado por um nervo patológico, este pode gerar um processo de hipersensibilidade e formação de PGMs como um acometimento secundário a radiculopatia2. A lesão nervosa seria a origem desta disfunção, sendo essa a explicação do músculo acometido não apresentar nenhuma patologia relacionada
com as alterações sensoriais, motoras e autonômicas vistas na síndrome dolorosa miofascial.


Hipótese do tecido cicatricial. Estudos histológicos têm demonstrado a presença de tecido fibroso próximo ao tecido cicatricial em casos de lesões graves. Esse achado não é necessário para o diagnóstico de PGM, embora a síndrome crônica do PGM possa gerar a formação de tecido cicatricial32.

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Mecanismo da lesão


O mecanismo da lesão é a forma principal de desencadeamento de PGMs, independente de qual mecanismo fisiopatológico levará a sua formação. Estudos apontam microtraumas, agudos ou repetidos, como contribuintes para a formação desses pontos dolorosos, além de outros fatores como: distúrbios do sono, deficiências de vitaminas, predisposição para desenvolvimento de microtraumas e distúrbios posturais.33,34,35


Como possíveis causas de microtraumatismos, podem-se apontar: alongamentos ou encurtamentos excessivos, sobrecarga muscular, movimentos repetitivos (lesões causadas pela repetição de ações, muitas vezes, culminando na conhecida lesão por esforço repetido), movimentos rápidos (como os observados nas lesões esportivas), trauma direto, quedas e acidentes que envolvam uma contração muscular rápida reflexa, pontos de tensão (assimetrias posturais que podem levar compensações corporais e tensionamento excessivo de um determinado músculo).


Microscopicamente, podem-se verificar encurtamentos de sarcômeros levando ao encurtamento muscular. A reação compensatória do músculo contra a dor, juntamente com o encurtamento patológico dos sarcômeros, provocam uma perda de flexibilidade. A perda da flexibilidade altera a mecânica articular e, consequentemente, perturba a propriocepção gerada nesta. Com a propriocepção anormal, não ocorre o envio de informações precisas do segmento corporal correspondente e uma nova lesão poderá se sobrepor e intensificar ainda mais o problema7.


Mecanismos de padrão de dor referida


Alguns diferentes mecanismos são descritos para tentar explicar a dor referida35:


Convergência-projeção. Convergência de estímulos viscerais e somáticos sobre os mesmos neurônios em vários níveis do sistema nervoso central. Nesses casos, os centros superiores não conseguem distinguir a fonte de estímulos dolorosos e, assim, eles são interpretados equivocadamente. A dor, geralmente, é sentida no músculo e pode ser acompanhada de hiperestesia e hiperalgesia secundária na zona referida.
Convergência-facilitação: Nos casos em que os estímulos aferentes cutâneos são insuficientes para excitar o trato espinotalâmico, ocorre uma excitação facilitada pela atividade aferente visceral anormal, que é interpretada como dor.


Ramificação periférica dos axônios aferentes primários: promove uma interpretação equivocada das informações por parte do cérebro, o qual interpreta as informações provenientes de uma parte do corpo como sendo originadas em outra parte.


Atividades do sistema nervoso simpático: a liberação de substâncias prostaglandinas pelas fibras simpáticas sensibilizaria as terminações nervosas aferentes primárias na região de um PG. Estudos mostram que vários fenômenos no nível da medula espinal podem estar relacionados com o padrão de dor referida. A estimulação dolorosa de um campo receptivo de um axônio nociceptor resulta em aparecimento de outros campos receptores na mesma extremidade8,27.

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Diagnóstico


O diagnóstico dos PGMs é essencialmente clínico, sendo extremamente importante a anamnese e avaliação física bem realizada, a fim de identificar as características clínicas. Os PGMs são pontos encontrados nos tecidos moles miofasciais que apresentam hipersensibilidade, bandas tensas e dor referida, a qual pode ocorrer espontaneamente ou a digito-pressão8,36,37.


Um equívoco, bastante comum, ocorre entre a conceituação de tender point e PGM. O tender point provoca dor local e não referida, podendo ser encontrado tanto na musculatura como em estruturas ósseas e articulares38. São manifestações sensoriais das disfunções musculares e neuromusculares do nível vertebral correspondente, configurando um distúrbio secundário39.


Na termografia, o diagnóstico perpassa pela captação infravermelha da emissividade de calor pela pele mostrando hot spot (locais de maior emissão de calor) em região de PGMs, que poderiam ser confirmado com o exame clínico40. Ao exame eletromiográfico, a atividade elétrica espontânea tem sido documentada como característica dos PGMs, mesmo quando o músculo se encontra em repouso40,41.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Diante da literatura encontrada, pode-se perceber que houve uma grande evolução acerca do entendimento dos PGMs e do seu diagnóstico. Ainda permanecem imprecisas as informações concernentes ao desenvolvimento dos PGMs, com teorias ainda não comprovadas.


No que se refere ao diagnóstico, sugere-se um método de localização de PGMs denominado de eletropalpação que consiste na utilização de um gerador de pulso, programando-o nos parâmetros da TENS Convencional, associado à palpação. Ao localizar os PGMs, o avaliador percebe a eletroestimulação durante a palpação. A explicação decorre da alteração da impedância da pele por presença de processo inflamatório e alteração da atividade nervosa. Este seria um meio diagnóstico mais acessível que os já citados, mas necessita ser mais estudada e avaliada quanto a sua confiabilidade no diagnóstico.


O desconhecimento dos sinais e sintomas e da patofisiologia envolvida na gênese dos PGMs pode dificultar o diagnóstico clínico dos PGMs e repercutir negativamente na evolução de um portador de disfunção miofascial devido a esses pontos, sendo importante o aprofundamento nessa temática.


REFERÊNCIAS

 

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Recebido em: 25.09.12
Aceito em: 06.11.12

CRÉDITOS: ADAPTADO DE  PONTOS-GATILHO MIOFASCIAIS: ARTIGO DE REVISÃO. AUTORES:  Ronan Vieira Costa Santos1 José Diêgo Sales do Nascimento2 Danilo de Almeida Vasconcelos3 Maria Rosa Araújo Maia4 Myrella dos Santos Vitorino5

1 Fisioterapeuta formado pela UEPB e Especialista em Quiropraxia Clínica e Desportiva (FIP). Discente de Medicina pela Faculdade de Medicina Nova Esperança - FAMENE. End.: Rua Débora da Silva Braga, n° 375, Apto. 902, Aeroclube. João Pessoa-PB. CEP 58036-843. Email: fisioterapiamanualjd@gmail.com. 2 Fisioterapeuta formado pela UEPB, Especialista em Quiropraxia Clínica e Desportiva (FIP) e Docente do Instituto de Tecnologia, Educação e Saúde (IBRATES). 3 Fisioterapeuta formado pela UEPB, Doutor em Medicina do Esporte e Docente titular da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). 4 Fisioterapeuta formado pela UEPB e Mestranda em Distúrbio do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. 5 Discente em Terapia Ocupacional na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

DISPONÍVEL EM: PONTOS-GATILHO MIOFASCIAIS: ARTIGO DE REVISÃO

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Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

NOTAS CLÍNICAS: PONTOS DE ACUPUNTURA PARA STRESS PÓS TRAUMÁTICO

acupuntura curitiba stress pós traumático

Por Roberto Almeida – Terapeuta Acupunturista

A propósito da interessante reportagem do The Jewish News Weekly of Northern California - Acupuncturist travels to Middle East to treat trauma ( http://www.jweekly.com/article/full/71780/acupuncturist-travels-to-middle-east-to-treat-trauma/ ) em que acupunturistas viajam até o Oriente Médio para tratar pessoas com estresse pós traumático ( no caso em questão relacionado à guerra), convém recuperar um artigo sobre Acupuntura e Fitoterapia Chinesa aplicada nos sobreviventes do terremoto que abalou a zona de Wen Chuan na província de Sichuan.

A partir de pesquisas realizadas após o terremoto (ocorrido em 12 de maio de 2008, cuja magnitude na escala Richter foi  de 8,0 e que matou aproximadamente 85.000 pessoas, feriu outras 358.000 e destruiu 80% de todas as edificações), um protocolo elaborado por Qing e Liang consistiu na aplicação dos  seguintes pontos de acupuntura:

VC6

VC4

B47

E36

Medicamentos fitoterápicos utilizados:

Shen Ling Bai Zhu San + Shu Di Huang, Dang Gui, Bai Shao e Huang Jing para enriquecer o yin e nutrir o sangue;

Shan Zhu Yu, Gou Qi Zi, Tu Si Zi para enriquecer e suplementar o fígado e o rim;

Xiang Fu e Mai Yao para circular o fígado, retificar o qi e auxiliar o processo de movimentação e transformação do baço.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Qing L, Liang K. On fatigue pattern post-earthquake sub-parr health. Flaws, B [trad]. Si Chuan Zhong Yi (Sichuan Chinese Medicine). 2009; (11): 21.

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RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPOVITAMINOSE D

 

acupuntura curitiba vitamina d

INTRODUÇÃO

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema de saúde pública em todo o mundo. Estudos mostram uma elevada prevalência dessa doença em várias regiões geográficas, incluindo o Brasil.

Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada. A vitamina D é essencial em funções relacionadas ao metabolismo ósseo, porém parece também estar relacionada na fisiopatogênese de diversas doenças.

Em crianças, a deficiência de vitamina D leva ao retardo do crescimento e ao raquitismo. Em adultos, a hipovitaminose D leva à osteomalácia, ao hiperparatiroidismo secundário e, consequentemente, ao aumento da reabsorção óssea, favorecendo a perda de massa óssea e o desenvolvimento de osteopenia e osteoporose.

Fraqueza muscular também pode ocorrer, o que contribui para elevar ainda mais o risco de quedas e de fraturas ósseas em pacientes com baixa massa óssea. O diagnóstico correto dessa condição e a identificação de fatores de melhora ou piora podem colaborar para a elaboração de estratégias mais eficazes para o tratamento das populações de risco, como idosos e mulheres na pós-menopausa.

HIPOVITAMINOSE D

A hipovitaminose D é altamente prevalente e constitui um problema mundial de saúdepública. Estudos demostram uma elevada prevalência dessa doença em diversas regiões geográficas, incluindo o Brasil. Pode acometer mais de 90% dos indivíduos, dependendo da população estudada.

Com objetivo de apresentar uma atualização sobre o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D baseada nas evidências científicas mais recentes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) concebeu as novas diretrizes. A SBEM é composta por membros especialistas no tratamento da deficiência de vitamina D e este documento tende a auxiliar grandemente os profissionais de saúde atuais.

SITUAÇÃO DO BRASIL EM RELAÇÃO A HIPOVITAMINOSE D

Por causa da insolação abundante no nosso país tinha-se a idéia errônea de que a hipovitaminose D não seria um problema relevante em nosso meio. Porém fizemos um levantamento de quase 20 estudos de várias regiões do país que mostram justamente o contrário. A prevalência é grande principalmente entre os idosos (cerca de 90%), mas também se observa em populações mais jovens. As principais influências são a latitude, hábitos de vida relacionados à exposição solar, idade e estação do ano.

Dr. Sergio Maeda, líder da equipe que publicou recentemente o Consenso de Vitamina D, uma atualização dos posicionamentos do Institute of Medicine e da Endocrine Society. Entrevista completa AQUI.

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CLIQUE AQUI para acessar na íntegra em PDF o documento Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D.

Para o documento em inglês, CLIQUE QUI.

NOTAS CLÍNICAS: PODEROSA COMBINAÇÃO DE PONTOS PARA ANSIEDADE, DEPRESSÃO E TRISTEZA

acupuntura curitiba ansiedade depresão tristeza

VB-13 (Benshen – Raiz da Mente) é um ponto muito importante para problemas mentais e emocionais. É bastante utilizado na prática psiquiátrica nos casos de esquizofrenia e divisão da personalidade. Também é indicado quando a pessoa apresenta sentimentos persistentes e irracionais de ciúme e suspeita. A parte essas características mentais, ele apresenta um efeito poderoso na Mente e alivia a ansiedade decorrente de uma preocupação constante e pensamentos obsessivos.

Seu profundo efeito mental e emocional também é decorrente de sua ação de ‘’reunir’’ a Essência para a cabeça. A Essência do Rim é a raiz de nosso Qi pré – Celestial, além de a base para a nossa vida mental e emocional. Uma Essência forte é o pré-requisito fundamental para uma Mente lúcida (Shen) e para uma vida emocional equilibrada. Esse é o significado do nome do ponto – “Raiz da Mente”; ou seja, ele reúne a Essência que é a raiz da Mente (Shen).

Seu efeito é aumentado se for combinado com DU-24 (Shenting – Pátio da Mente) que possui importante função energética descendente: faz o Qi descer e subjuga a rebelião de Yang. Uma característica essencial desse ponto que o torna particulamente proveitoso´é que pode tanto acalmar quanto elevar a mente; portanto é utilizado não só para situações como ansiedade e insônia mas também casos de depressão e tristeza.

BIBLIOGRAFIA

Macioccia G. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto Abrangente para Acupunturistas e Fitoterapeutas. 2ed. São Paulo: Roca, 2007.

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NOTAS CLÍNICAS: ACUPUNTURA NA DRGE – DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

ACUPUNTURA CURITIBA REFLUXO

INTRODUÇÃO

A Acupuntura tem sido apontada como uma terapia que pode ser benéfica no tratamento de vários distúrbios gastrointestinais, incluindo dispepsia, refluxo gastro esofágico e vômitos 1. Vários estudos apontam sua utilização específica em pacientes com dispepsia funcional 2,3. Pacientes com dispepsia funcional e negativos para Helicobacter pylori obtiveram bons resultados com sessões diárias de acupuntura (com obtenção do TeChi) cujos benefícios perduraram por 3 meses após a interrupção do tratamento 2.

Sessões diárias de acupuntura realizadas em um grupo de 60 pacientes com refluxo gastroesofágico resultaram numa eficácia comparada ao tratamento diário com inibidores de bomba de prótons e antagonistas dos receptores H2 o que pôde ser medido pelo pH esofágico, refluxo biliar e exame endoscópico 4.

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ACUPUNTURA para o tratamento de REFLUXO em CURITIBA - CLIQUE AQUI

PONTOS UTILIZADOS1

Os sintomas gastrointestinais funcionais são comuns na população em geral. Especialmente a disfunção motora e a hipersensibilidade visceral são importantes. A acupuntura tem sido usada para tratar sintomas gastrointestinais na China há milhares de anos. É concebível, portanto, que a acupuntura possa ser eficaz em pacientes com desordens gastrointestinais funcionais, já que se demonstrou que a técnica pode alterar a secreção ácida, a motilidade gastrointestinal e a dor visceral.

A puntura no ponto E 36 (ST-36) provoca contrações musculares através da via parassimpática, enquanto que no abdômen superior, no ponto VC 12 (CV-12), a puntura provoca relaxamento muscular através da via simpática.

Em alguns pacientes com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e dispepsia funcional (DF), o peristaltismo e a motilidade gástrica estão prejudicados. Assim, os efeitos estimulantes da acupuntura no ponto E-36 sobre a motilidade gastrointestinal podem ser benéficos para estes pacientes, bem como para aqueles com constipação nos casos de Síndrome do Intestino Irritável (SII) que apresentam um lento trânsito no cólon.

Por outro lado, os efeitos inibidores da acupuntura no ponto VC 12 sobre a motilidade gastrointestinal podem ser benéficos para pacientes com diarreia nos casos de SII, uma vez que a motilidade do cólon aumentada e o trânsito acelerado no cólon são relatados em tais pacientes.

A acupunctura em VC 12  pode inibir a secreção de ácido gástrico pela via simpática. Assim, a acupuntura pode ser benéfica para pacientes com DRGE.

Os efeitos anti-eméticos da acupuntura no ponto PC 6 podem ser benéficos para pacientes com DF, ao passo que os efeitos antinociceptivos da acupuntura em PC 6 e E 36 podem ser benéficos para os pacientes com hipersensibilidade visceral.

REFERÊNCIAS

1. Takahashi T. Acupuncture for functional gastrointestinal disorders. J Gastroenterol. 2006;41:408-417.

2. Lima FA, Ferreira LE, Pace FH. Acupuncture effectiveness as a complementary therapy in functional dyspepsia patients. Arq Gastroenterol. 2013;50:202-207.

3. Oh TH, Fass R. Commentary: functional dyspepsia - is acupuncture the solution? Aliment Pharmacol Ther. 2012;35:955-956.

4. Zhang CX, Qin YM, Guo BR. Clinical study on the treatment of gastroesophageal reflux by acupuncture. Chin J Integr Med. 2010;16:298-303.

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