ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA PARALISIA FACIAL

acupuntura curitiba paralisia facial

Acupuntura no tratamento da paralisia facial de Bell - utilização de puntura superficial e agulha aquecida.

Palavras-chave: medicina chinesa, acupuntura, moxabustão, paralisia de Bell
Descrição coorte:
Oitenta e seis pacientes aleatoriamente divididos em dois grupos, um grupo tratado pela Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e um grupo tratado pela Medicina Ocidental (MO). No grupo MTC havia 50 pacientes, 28 do sexo masculino e 22 do sexo feminino com idades entre 21 e 65 anos, que sofriam de paralisia facial entre 1 e 30 dias. Trinta e dois destes pacientes tiveram paralisia do lado esquerdo e 18 do lado direito. Os 36 pacientes restantes do grupo MO incluíam 19 homens e 17 mulheres com idades variando entre 16 e 69 anos, que sofriam de paralisia facial entre 1 e 26 dias. Vinte desses pacientes tiveram paralisia do lado esquerdo e 16 do lado direito. Os critérios de diagnóstico foram baseados no Shi Yong Nei Ke Xue (Um Estudo de Medicina Interna Prática). Os sintomas clínicos incluíam início abrupto, resultando em paresia facial hemilateral, dormência, desvio do olho e da boca, salivação excessiva, fechamento incompleto do olho, lacrimejamento, dor na área afetada e distúrbios de visão e / ou percepção de sabores. Não houve diferenças significativas entre esses membros destes dois grupos em termos de sexo, idade, duração da doença, ou sintomas clínicos.
Método de tratamento:
Os membros do grupo MTC receberam puntura superficial seguida da técnica de dispersão ou drenagem no lado da face afetado pela paralisia. Cada agulha era inserida a uma profundidade de 4-5 mm e depois retirada até a profundidade de 2-3 mm. Em seguida, a técnica de “bicada de pássaro” era aplicada rapidamente em torno do ponto até a obtenção de Te-Qi. Após a obtenção do Qi a técnica de aquecimento foi aplicada por 30 minutos ( o que significa que a moxa foi queimada nas hastes – cabeças - das agulhas. Decorrido esse tempo, as agulhas foram removidas. Foi realizada uma sessão por dia e 10 sessões completaram um curso de tratamento.
Pontos Utilizados:
Di Cang ( E4),
Jia Che (E 6),
Si Bai (E 2),
Tai Yang (M-HN-9),
Yang Bai (VB 14),
Zan Zhu (B 2),
Ying Xiang (IG 20),
Ju Liao (E 3),
Cheng Jiang (VC 24).
Os pacientes do grupo MO receberam vitamina B e dibazol combinados com 10 mg de prednisona por via oral, três vezes por dia. Após sete dias, esta dose foi reduzida e mantida por mais duas semanas. No seu conjunto, estes medicamentos foram administrados durante quatro semanas.
Resultados do tratamento:
Segundo o estudo, a “cura” foi definida como o desaparecimento completo de sinais e sintomas relacionados a paralisia facial com o retorno à normalidade da aparência do rosto e da capacidade para fechar os olhos. Um “efeito marcante” foi definido como o desaparecimento básico dos sintomas clínicos e faciais, retorno da habilidade básica para fechar o olho ainda que com ligeiro desvio do olho e da boca. “Algum efeito”, para o estudo, significou pequenas melhoras dos sintomas clínicos e da face, mas sem o fechamento completo dos olhos e persistência do desvio da boca. “Nenhum efeito” significou ausência de melhoras nos sintomas clínicos e na face.
Com base nestes critérios, 28 dos 50 pacientes no grupo MTC foram considerados “curados”, 11 tem um “efeito marcante”, 9 apresentaram “algum efeito”, e em apenas 2 o tratamento não surtiu nenhum efeito, para uma taxa de eficácia total (segundo os critérios do estudo) de 96%.
No grupo MO, 14 casos foram considerados “curados”, oito apresentaram um “efeito marcante”, cinco “algum efeito”, e em nove pacientes o tratamento não surtiu nenhum efeito, para uma taxa de eficácia total (segundo os critérios do estudo) de 75%.
Caso representativo:
A paciente era uma mulher de 23 anos de idade, examinada inicialmente em 10 de junho de 1999. Depois de ser exposta ao frio, esta jovem tinha experimentado um desconforto no lado esquerdo da face e desvio na comissura labial esquerda. O desconforto desapareceu, mas ela não foi capaz de fechar completamente seu olho e persistiu o desvio da boca. Tratada com o protocolo descrito (MTC), depois de 10 tratamentos, a paciente era capaz de fechar seu olho esquerdo parcialmente. Depois de 20 tratamentos, seu rosto voltou completamente ao normal.
Discussão:
De acordo com os autores chineses, esta condição deve é categorizada na medicina chinesa como kou pi (desviou boca). É causada principalmente devido a fatores perversos externos que atingem a rede de vasos. Assim, o Qi e o fluxo de sangue (Xue) não são suaves. Isso resulta em estagnação de Qi e estase de sangue e, portanto, os músculos e a pele perdem a sua nutrição.
Os autores do estudo usaram agulhas aquecidas mantidas em puntura superficial para aquecer e liberar o livre fluxo dos canais e rede de vasos permitindo a dissipação e a externalização dos fatores perversos. Isso resulta em melhora na circulação do sangue na área afetada do rosto, o que resulta, em seguida, na resolução do edema e da inflamação (N.T.: dentro do conceito chinês obviamente) bem como a recuperação das funções dos nervos afetados.
Traduzido por Honora Lee Wolfe , Dipl. Ac., Lic. Ac., FNAAOM. Artigo originalmente escrito por Fan Yu-shan e Chun Yao da Faculdade de Medicina Chinesa de Guangxi em Nanning (“The Treatment of 50 Cases of Peripheral Facial Paralysis with Warm Needle & Shallow Puncture Method.”Hu Bei Zhong Yi Za Zhi - Hubei Journal of Chinese Medicine issue #12, 2002, p.44)
Tradução livre para o Português e adaptação do texto: Roberto Almeida – Terapeuta Acupunturista.
Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!
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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

MEDICINA CHINESA: UMA VISÃO GLOBAL

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Por Prof. Dr. Sohaku Bastos

A Medicina Chinesa, também conhecida no Ocidente como Medicina Oriental, é um sistema completo de saúde, cujo paradigma abrange um conjunto de conhecimentos e práticas terapêuticas inusitadas. Fundamenta-se no pensamento filosófico tradicional chinês da relação do homem com a natureza e com o universo. Sua maior contribuição para a humanidade reside na visão que

transcende a concepção do processo do adoecimento humano, sobretudo no amplo e extraordinário espectro de condutas nos campos da prevenção de doenças e da promoção da saúde de forma distinta do modelo científico concebido no Ocidente que deu origem ao sistema biomédico convencional.

No Ocidente, o carro-chefe da Medicina Chinesa, ou seja, a terapia mais empregada é, sem dúvida, a Acupuntura. Todavia, na Republica Popular da China, onde nasceu esse sistema de saúde, o procedimento terapêutico mais empregado é a Fitofarmacoterapia. Por que isso? A resposta para essa pergunta enseja uma análise das circunstancias históricas nas quais o milenar sistema de saúde chinês tem sido empregado no Ocidente, e seus reflexos nas políticas de regulamentação da Acupuntura em diversos países ocidentais.

Em verdade, os profissionais da área da saúde do modelo médico ocidental sempre tiveram dificuldades em entender o sistema filosófico medico chinês, uma vez que o objetivo de beneficiar o paciente nunca foi o suficiente para aproximar e para fomentar a interlocução desses dois paradigmas de saúde. As bases filosóficas da Medicina Chinesa, salvo melhor juízo, são o significativo entrave para essa conciliação de pensamentos. Os profissionais ocidentais não encaram a racionalidade médica chinesa como um conhecimento válido no mundo científico. Entretanto, reconhecem os benefícios de seus recursos terapêuticos, como da Acupuntura, por exemplo.

Há um profundo desconforto por parte do profissional formado pelo sistema médico chinês, não obstante a sua formação científica básica, ao lidar com os colegas do sistema médico ocidental. Grande parte do jargão médico oriental não é compreendida, tampouco aceita, pelos colegas do Ocidente. Por este motivo, um segmento médico da Acupuntura no Brasil tem adotado um discurso cientificista fundamentado no estudo da neurobiologia para fundamentar o exercício profissional da Acupuntura como especialidade. No ato terapêutico acupuntural, utilizam o diagnóstico clínico-nosológico para definirem a prescrição terapêutica acupuntural, passando ao largo do raciocínio clinico do sistema da Medicina Tradicional Chinesa.

O sistema médico tradicional chinês é literalmente desintegrado e apequenado quando adaptado ao modelo ocidental. Não bastasse a carência das bases da Medicina Chinesa, os profissionais do sistema biomédico, na maioria das vezes, não conhecem todos os recursos terapêuticos da Medicina Chinesa. Em outras palavras, praticam um recurso terapêutico, como a Acupuntura, ignorando ou não considerando a Fitofarmacoterapia, a Dietoterapia, as Práticas Manipulativas, os Exercícios Terapêuticos Energéticos, as Práticas Meditativas Terapêuticas, ou seja, o abrangente arsenal terapêutico do sistema médico chinês.

Para podermos defender a ideia de regulamentar a Acupuntura no Brasil, teremos que compreendê-la como parte integrante e indissociável do paradigma integrado médico chinês, e não adaptá-la às profissões ocidentais da saúde cujos paradigmas são distintos em todos os sentidos. Necessitamos salvaguardar o modelo tradicional da Medicina Chinesa sem o qual o próprio exercício da Acupuntura fica prejudicado em seus fundamentos precípuos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu há muitos anos as medicinas tradicionais de países e povos, incluído a Medicina Chinesa, porem não estabeleceu a fórmula de como integrá-las ao modelo biomédico ocidental. As políticas e diretrizes da OMS sinalizam para uma interação de conhecimentos e práticas dos sistemas tradicionais com o convencional, contudo abdicou da responsabilidade de estabelecer padrões para tanto, deixando para os governos dos diversos países a competência de construir seus modelos de saúde. A grande armadilha para a Medicina Chinesa nos países ocidentais, sobretudo para a Acupuntura, será ficar refém dos sistemas convencionais de saúde desses países nos quais os interesses econômicos e os poderes corporativistas se somam no sentido de enquadrar, melhor dizendo engessar, o exercício profissional dessas práticas tradicionais. Há movimentos internacionais sintonizados com essas dificuldades na procura de alternativas e soluções para esses assuntos, porem essa é uma tarefa muito difícil, considerando todos os interesses, muitos dos quais obscuros, envolvidos nessa questão.

A Medicina Chinesa, ou simplesmente Medicina Oriental como muitos a denominam, é uma área do saber que necessita de proteção cultural no Ocidente para evitar que ela se torne uma caricatura, um arremedo daquilo que ela verdadeiramente é na China. A UNESCO, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), para se ter uma noção da abrangência desse saber, já reconheceu a Acupuntura e a Medicina Chinesa como patrimônios intangíveis da humanidade, no entanto, a insolência de movimentos corporativistas deseja transformá-la em simples apêndice do sistema de saúde convencional, e em mercadoria de consumo lucrativo.

Aos que ingressam no estudo da Acupuntura e da Medicina Chinesa, e também para aqueles que são profissionais no assunto, instigo-os a refletirem sobre essa matéria e a estabelecerem um juízo de valor quanto ao futuro dessas práticas no Brasil, observando o que está ocorrendo nos países desenvolvidos e na própria China no que se refere à regulamentação, o exercício e os benefícios sociais dessa tradicional forma de promover a saúde e o bem estar da humanidade.

Pela Medicina Chinesa Global no Brasil!

Sohaku Bastos é Graduado em Medicina Oriental pela Escola Imperial de Medicina Oriental do Japão (1972) e Pós-doutorado em Filosofia Médica pela Faculdade de Estudos Médicos da UNIMEC, Sri Lanka (1995). É também Cônsul-Geral a.h. da República Democrática Socialista do Sri Lanka no Estado do Rio de Janeiro com jurisdição para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

JUIZ ARQUIVA PROCESSO CONTRA ACUPUNTURISTA CHINÊS

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O juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9ª Juizado Especial Criminal  da Barra da Tijuca,  determinou o arquivamento do termo circunstanciado que o Conselho Regional de Medicina propôs contra o chinês Yu Tin, que exerce acupuntura no Rio de Janeiro desde 2004.

Segundo o magistrado, o Conselho tentava provar que acupuntura é atividade privativa de médico no Brasil e, por isso,  Yu não poderia praticá-la por aqui, pois é formado, na China, pela Faculdade de Medicina Tradicional Chinesa.

“Reconheci que não há legislação que regule a prática da acupuntura como privativa de médico, não havendo, assim, tipicidade para o crime do artigo 282 do Código Penal”, explicou o juiz.

O Ministério Público também opinou pela atipicidade para o crime, por “falecer de justa causa para eventual ação penal”. Segundo o órgão, a análise do caso concreto deveria levar em consideração a existência de um alvará concedido pela Prefeitura do Rio em 2004 e também o diploma apresentado pelo profissional.

Fonte: http://portaltj.tjrj.jus.br/web/guest/home/-/noticias/visualizar/105801

O fato também foi noticiado na coluna de Ancelmo Gois, d’ O Globo:

Acupuntura liberada

O juiz Joaquim de Almeida Neto, do IX Juizado Especial Criminal da Barra, no Rio, mandou arquivar processo do CRM contra o chinês Yu Tin, que exerce acupuntura desde 2004.O CRM alegava que, no Brasil, acupuntura é atividade privativa de médico. Mas, segundo o magistrado, não há legislação que determine isso.

Leia a decisão na íntegra (clique para ampliar):

caso yu tin

Para baixá-la em pdf clique aqui.

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ARTROSE-INFORMAÇÕES GERAIS

ACUPUNTURA CURITIBA ARTROSE

Nota introdutória do site: artrose é um problema bastante comum em nossa prática. Por isso estamos publicando este artigo como subsídio aos nossos pacientes e leitores com o único intuito de divulgar informações confiáveis para esclarecimento. Conforme explicitado em nossa Política do Site, reiteramos que o propósito geral de nosso site e deste artigo em particular não é o de servir como guia para auto-diagnóstico e nem mesmo uma maneira para confirmação de diagnósticos. A única maneira de obter um diagnóstico fidedigno e orientações precisas é com seu prestador de serviços de saúde (seja ele médico no caso dos diagnósticos nosológicos ocidentais, terapeuta acupunturista para os diagnósticos energéticos orientais e os casos da alçada de outros profissionais de saúde nas suas áreas de atuação como fisioterapeutas, psicólogos, etc.).

Artrose: quem viver terá.

Resumo

-  Sinônimos: artrose, osteoartrose, osteoartrite

-  O que é: É o processo decorrente do desgaste e envelhecimento das articulações.

-  Não confundir com: artrite (processo originalmente inflamatório, com várias causas, como autoimunidade, gota, trauma, infecção, etc).

-  Sintomas: De nenhum à dor, inchaço e disfunção limitante das articulações afetadas.

-  Causas: envelhecimento, qualquer processo que cause sobrecarga ou lesões nas articulações, tendências genéticas.

-  Quem tem: em graus variados, todas as pessoas. Começamos a envelhecer no dia em que nascemos.

Introdução

Artrose, osteoartrose, osteoartrite. São sinônimos para designar a condição “reumática” mais frequente. Ela é considerada a primeira causa de incapacidade física em adultos no mundo. Estima-se que cerca de 10% dos indivíduos acima de 55 anos tenham que limitar suas atividades devido a este processo [1]. Todos os animais que possuem ossos estão sujeitos a desenvolver artrose. Quem viver terá! O presente artigo visa esclarecer o que é artrose, quais suas causas e o que existe de conhecimento atual no sentido de diminuir seu aparecimento, sua velocidade e seus sintomas.

O que é artrose

Artrose é o processo decorrente do desgaste e do envelhecimento das articulações, e também da tentativa do corpo de reparar estes danos.

Porque acontece?

As articulações sofrem diariamente o impacto e o atrito decorrentes de nossas atividades físicas. Mesmo as atividades normais levam a traumas e desgastes em sua cartilagem, que são prontamente reparadas pelo tecido vivo que a compõem. A artrose acontece na medida em que a reparação é menor do que a destruição, ou quando a reparação é inadequada.

São causas de aumento do desgaste: qualquer processo que cause traumas mais intensos ou constantes, como obesidade, frouxidão dos ligamentos, atividades intensas e repetitivas, alterações da anatomia normal, presença de corpo ou objeto dentro da articulação.

A inflamação é ao mesmo tempo causa e consequência da artrose. Processos inflamatórios como artrites (artrite reumatoide, gota, infecções articulares, etc) levam à destruição acelerada da articulação, levando então à artrose acelerada. Na artrose comum, a perda da arquitetura e da composição normal dos componentes da articulação leva a um aumento do atrito e dos traumas durante a mobilização, o que gera inflamação, que acelera o desgaste, fechando um ciclo vicioso. Portanto em toda artrose há um certo grau de inflamação, com ampla variação entre os indivíduos. As causas determinantes da intensidade da articulação não são bem compreendidas, mas certamente sofrem alguma influência genética. Quando a inflamação é intensa (e a destruição acelerada) denomina-se o processo de “artrose erosiva” ou “artrose inflamatória”.

O envelhecimento leva a diminuição do metabolismo em geral, e da capacidade de regeneração de todos os tecidos, incluindo das cartilagens articulares. Com ele há uma mudança na composição e na hidratação da cartilagem, que fica mais frágil. Os tecidos produtores do lubrificante natural das articulações também perdem sua eficiência, acelerando o desgaste. A velocidade com que isso acontece varia imensamente entre os indivíduos, e este processo também é mal entendido e parece estar sujeito a influências genéticas.

Quando a cartilagem não mais consegue superar as agressões elas se transmitem para o osso subjacente, que tenta se defender produzindo mais osso. O resultado deste processo são os “osteófitos”, ou saliências ósseas que nas mãos levam àquele alargamento das juntas (nódulos de Heberden e Bouchard) e na coluna ao famosos “bicos de papagaio”. Este mecanismo visa estabilizar a articulação e protege-la de mais trauma, mas nem sempre é eficaz e ocasionalmente apenas causa mais trauma e limitação.

Interessantemente, parece existir uma relação entre artrose e hiper-motilidade (pessoas, geralmente mulheres, que têm articulações mais frouxas e abundam em alongamento). Imagina-se que isso aconteça por 2 motivos: 1) os ligamentos são feitos basicamente do mesmo material que as cartilagens, portanto ligamentos frouxos é igual a cartilagens frouxas. 2) ligamentos mais frouxos não protegem adequadamente as articulações, que sofrem mais traumas. Então porque existem tantas mulheres com esta hipermotilidade? A resposta parece ser: porque a frouxidão ligamentar favorece o parto, de forma que esta característica teria sido amplamente selecionada em mulheres durante a evolução, mas menos em homens.

Em que partes do corpo a artrose acontece?

Ela pode acontecer em qualquer articulação do corpo, mas tem predileção por algumas em específico.

Existem 2 processos de artrose distintos, a artrose das juntas pequenas das mãos e pés (tipicamente as das pontas dos dedos) e a artrose de grandes articulações como quadris e joelhos. A primeira é bastante geneticamente determinada. Pessoas que têm parentes próximos com mãos e pés artróticos têm chances bem maiores de vir a tê-los. O segundo tipo é mais ligado à sobrecarga e à obesidade.

Algumas articulações classicamente sofrem bem menos de artrose, como os punhos, cotovelos, metacarpo-falangenas (as articulações entre os dedos e as mãos). A presença de artrose importante nestas articulações clama a investigação de algum processo patológico desencadeante.

Quais são os sintomas da artrose?

Graus diferentes de artrose dão sintomas diferentes. Além disto, as pessoas têm graus muito variados de sensibilidade à artrose. Um mesmo grau de artrose pode causar imenso desconforto em algumas pessoas e nenhum desconforto em outras. Os sintomas mais comuns são: dor, alargamento da articulação, inflamação (calor, inchaço), limitação do movimento. Nem sempre é fácil diferenciar a artrose da artrite (processo originalmente inflamatório, com várias causas, como autoimunidade, gota, trauma, infecção). Uma dica é a característica da dor. Na artrose a dor tipicamente é pior no início do movimento e que melhora rapidamente, em segundos a minutos, “quando a junta esquenta”. Na artrite o tempo para a articulação “esquentar” é maior (minutos a horas). O local de acometimento também é outra dica. Nas mãos, a artrose quase sempre acomete mais as juntas das pontas dos dedos do que as outras. São raros os processos inflamatórios (artrites) que acometem estas articulações (gota, artrite psoriática). Independentemente das “dicas”, cabe ao médico diferenciar estes processos.

Como se previne a artrose?

Não se pode completamente evitar a artrose, assim como não se pode evitar o envelhecimento. No entanto pode-se minimizar, dentro de nossa tendência individual, o avanço deste processo. Primeiramente deve-se evitar a obesidade. Ela é o certamente o processo mais associado à artrose de quadril, joelhos e tornozelos (as articulações que aguentam o peso) [2]. Em um estudo, a perda de apenas 4 quilos e meio, ao longo de 10 anos, diminuiu o risco de desenvolver artrose em 50% [3]. Em segundo lugar deve-se cuidar do corpo. Os músculos, junto com os ligamentos, são os principais estabilizadores das articulações. Músculos flácidos levam a articulações instáveis e mais sujeitas a traumas e sobrecargas. Interessantemente, o desbalanço entre musculaturas também levam a alterações na função articular. Assim, o fortalecimento muscular deve contemplar todos os grupos musculares igualmente. Vícios de postura são grandes causadores de artrose, em especial de coluna. A consciência corporal, alongamentos e atividades físicas balanceadas, Yoga, Pilates e RPG, entre outros, são meios de corrigir estes vícios. Traumas desnecessários devem ser evitados! Algumas atividades físicas são clássicos destruidores de articulações, como o futebol, a ginástica olímpica, o tênis, etc. Isso não quer dizer que você não deva praticar estes esportes, seria como deixar de viver para evitar a morte. Apenas leve em consideração o potencial destrutivo das atividades de impacto e minimize seus danos com o uso de calçados adequados, fortalecimento muscular, aperfeiçoamento da técnica e evitando choques e traumas desnecessários. Não há evidências de que nenhuma alimentação em específico seja melhor que outra na prevenção de artrose, no entanto uma alimentação balanceada é necessária para a produção adequada de cartilagem e seu lubrificante, e uma alimentação consciente é necessária para evitar o ganho de peso.

Como se trata a artrose?

Veremos a baixo que o tratamento medicamentoso para artrose tem várias limitações. Portanto o tratamento não medicamentoso merece destaque.

Tratamento não medicamentoso

Perda de peso

Vimos que obesidade está ligada ao desenvolvimento de artrose, mas a perda de peso é eficaz em reduzir os sintomas? A resposta é sim. Mesmos perdas de peso modestas são eficazes em reduzir a dor. Em um estudo, 316 pacientes com sobrepeso e artrose de joelhos foram sorteados para receber educação sobre bem-viver, dieta, exercícios físicos ou ambos. A combinação de dieta e exercícios foi a mais eficaz, com melhora da dor e disfunção [4].

Exercícios físicos aeróbicos

A relação entre exercícios físicos e artrose sempre foi controversa. Por um lado o uso das articulações danificadas poderia causar mais desgaste, dor e inflamação. Por outro, os pacientes com artrose frequentemente possuem deficiências na marcha, alongamento, flexibilidade, capacidade aeróbica e força que poderiam ser melhoradas com exercícios. Ainda, a realização de atividades físicas e a melhora progressiva da performance podem ser um grande estímulo psicológico a este paciente cuja vida é frequentemente muito limitada. Em um estudo, 102 pacientes com artrose de joelhos foi sorteado para receber um programa supervisionado de caminhada e educação ou o tratamento médico de rotina. O grupo da caminhada apresentou 39% de melhora na capacidade física e 27% de melhora na dor, enquanto nenhuma mudança ocorreu no outro grupo [5]. Em uma metanálise (estudo que usa métodos estatísticos para unir dados de vários estudos pequenos na tentativa de obter resultados mais confiáveis), cada uma das intervenções estudadas teve um baixo impacto nos sintomas da artrose. Entretanto exercícios aeróbicos foi a atividade individualmente mais eficaz [6]. Nem todos os estudos são tão otimistas, no entanto. Portanto exercícios físicos aeróbicos devem ser incentivados, mas realizados com supervisão direta e individualizados para minimizar danos e otimizar ganhos. Os pacientes são encorajados a “aquecerem” antes dos exercícios, com alongamentos para promover circulação sanguínea adequada, e desencorajados a correr ou subir escadas (como forma de exercícios) para evitar a sobrecarga dos joelhos.

Exercícios de baixo impacto

Exercícios de baixo impacto como natação, hidroginástica, bicicleta, caminhada e Tai Chi ajudam a desenvolver força muscular (que protege as articulações) sem tanto agredi-las. Em um pequeno estudo, com 40 pacientes com artrose de joelhos, metade foi sorteados para receber 12 semanas de Tai Chi e a outra metade 12 semanas de educação nutricional e alongamentos. Ambos os grupos melhoraram os índices de dor (WOMAC), mas no grupo Tai Chi eles caíram de 220 para 70 e no outro de 220 para 150 [7]. Exercícios de baixo impacto são preferíveis aos demais para artrose, salvo raras exceções. Exercícios na água são particularmente benéficos para pacientes com artrite grave, pacientes obesos, ou com muito pouco condicionamento físico [8].

Musculação

Musculação tem o poder de reverter a atrofia muscular ligada à artrose e à inatividade, e desta forma proteger a articulação. Outra vantagem desta abordagem é a possibilidade de ser realizada inclusive por indivíduos que tenham dificuldades de exercer atividades aeróbicas, como cardíacos e portadores de disfunções físicas e neurológicas. Exercícios de musculação individualizados são benéficos desde que isométricos (força contínua, mas sem, ou com muito pouco, movimento articular), em especial para aqueles com inflamação articular. Lembrar que o desbalanço da musculatura é causa de desgaste tanto quanto a atrofia, de forma que os grupos musculares antagônicos devem ser igualmente contemplados.

Fisioterapia

Existem evidencias crescentes e a crença em geral de que fisioterapia pode melhorar a dor e a evolução da artrose. Esta modalidade, na verdade, inclui todas as outras já referidas (alongamento, fortalecimento, atividade aeróbica), direcionadas para as necessidades do paciente, e também outros métodos como calor local, ultrassom, infravermelho (voltadas para a diminuição da inflamação), a manipulação manual (massagens, massoterapia, etc) e atenção pessoal e psicológica. No Brasil, no entanto, estes profissionais são frequentemente muito mal remunerados (3 reais a hora pelo SUS e não muito mais que isso por muitos convênios), o que inviabiliza a atenção requerida para o tratamento da artrose.

Calçados e palmilhas

Calçados e palmilhas podem ajudar nos sintomas e possivelmente retardar a evolução da artrose, principalmente em joelhos e tornozelos, mas também possivelmente em quadril. Calçados com acolchoamento ou palmilhas de material visco-elástico, como o silicone ou as sorboplanas®, diminuem diretamente o impacto das atividades físicas. Pequenos saltos (2,5 a 4 cms) reduzem a pressão da patela sobre o fêmur, protegendo esta articulação. Recentemente voltaram à moda os calçados “em mata-borrão”, cujas solas são curvas, permitindo um movimento de pêndulo ao andar, também diminuindo o impacto desta atividade.

Acupuntura

Apesar de bastante prescrita e procurada, existem poucos estudos razoavelmente desenhados avaliando acupuntura para artrose. Um metanálise recente concluiu que “acupuntura é ligeiramente melhor do que pinçamento placebo no alívio da dor”. Alguns pacientes relatam boa melhora, no entanto.

Existem medicações para tratar a artrose?

Sim, existem muitas. Mas aqui vale a máxima “se existem muitas é porque nenhuma é boa”. Na verdade nenhum tratamento provou em estudos grandes e bem feitos realmente modificar o curso da artrose. No entanto a falta de prova de eficácia não é igual à prova da ineficácia. Estudos grandes e bem feitos são difíceis, demorados e caros. Portanto poucos foram realizados e todos esbarram na dificuldade de quantificar a evolução da doença. Como já foi mencionado, a dor e os sintomas são imensamente variáveis entre indivíduo e são maus indicativos da progressão do processo. As alterações no raio-x são muito grosseiras, pouco sensíveis e amplamente sujeita a subjetividades de interpretação entre diferentes radiologistas. Um dado interessante é que apenas placebo consegue causar melhora dos sintomas em até 30% dos indivíduos. Portanto a ação de uma medida só deve ser considerada efetiva se comparada com placebo. A despeito da falta de evidências científicas, diversas medicações são largamente usadas como auto-medicação ou prescritas por reumatologistas. Isto é feito em parte para “tratar” a angústia de não se fazer nada, mas também porque médicos e pacientes na prática frequentemente têm uma impressão diferente da apontada pelos estudos: de que há melhora dos sintomas com a medicação e que há a piora com a retirada dela, ou com a substituição por placebo. A maior parte destas medicações não tem efeito analgésico ou antinflamatório. Porque, então, elas fariam diferença? Será que há efeitos benéficos que não puderam ser bem avaliados cientificamente em função das dificuldades do método? Enquanto houver dúvida haverá a tentativa de tratamento. Outro dado relevante é que cada uma das drogas age (ou agiria) por mecanismos diferentes, portanto teoricamente a soma delas seria sinérgica (benéfica). Nenhum estudo testou a soma de medicações (a exceção apenas de glucosamina com condroitina) contra o placebo. Outra margem para dúvidas.

A seguir, um resumo das principais drogas frequentemente utilizadas:

Analgésicos

Em função da falta de evidências claras do benefício de drogas no curso da artrose, a maioria (senão todas) das diretrizes nacionais e internacionais apontam os analgésicos não opióides como a primeira linha de drogas a serem prescritas para a artrose. Diferentemente dos antinflamatório, estas drogas geralmente são seguras para o uso contínuo (nas doses aqui descritas), mesmo em pacientes idosos e com diversas comorbidades. No Brasil podemos optar entre o paracetamol (500 e 750mg, que pode ser tomado até de 6 em 6 horas) ou a dipirona (500mg, também de 6 em 6 horas). Suas limitações consistem na eficácia no controle dos sintomas (moderada na melhor das hipóteses), e posologia (4 vezes ao dia).

Analgésicos opióides

Os analgésicos opióides (tramadol, oxicodona, dolantina, morfina, fentanyl) não devem ser usados por longos períodos por efeitos colaterais, dependência química e perda de eficácia. No entanto ocasionalmente são usados durante “crises” dolorosas.

Antinflamatórios (não corticoides)

São mais eficazes que os analgésicos no controle da dor, e são frequentemente utilizados quando estes deixam de funcionar. É possível, ainda, que os antinflamatórios tenham efeitos na artrose além do controle da dor. A inflamação é parte do ciclo vicioso que em última análise leva à destruição articular, e sua inibição poderia ter efeito retardador do processo [9,10].

No entanto os efeitos colaterais de seu uso prolongado, mesmo com as doses habituais, são bem conhecidos e potencialmente fatais, incluindo gastrite, úlcera gástrica, sangramento digestivo, insuficiência renal (na maioria das vezes irreversível), hepatite medicamentosa. Um agravante é que a população que mais tem artrose, os idosos, é a que mais está sujeita a seus efeitos colaterais. Aqui vale pontuar que, mesmo sendo estas medicações vendidas sem prescrição, os antinflamatórios não devem ser usados por períodos maiores que poucos dias, exceto se prescrito por médicos após cuidadosa avaliação clínica e laboratorial. Indivíduos com disfunção parcial dos rins (apenas diagnosticável com exames laboratoriais) não devem usar estas medicações.

Existem ainda os antinflamatórios tópicos, em forma de gel, que são seguros e aparentemente de alguma eficácia.

Corticóides via oral

Seus efeitos colaterais em longo prazo são também amplamente conhecidos e incluem ganho de peso, osteoporose, catarata, glaucoma, diabetes, fraqueza muscular progressiva, entre outros. Possuem ainda os mesmos efeitos colaterais gastro-intestinais e renais que os antinflamatórios comuns, se bem que bem menos frequentes. Seu uso crônico em baixas doses, na artrose, só deve ser cogitado quando os benefícios claramente superam os riscos. Não deve ser utilizada sem prescrição médica. Em “crises inflamatórias”, no entanto, podem ser de grande ajuda, por curtos períodos.

Glucosamina e condroitina

São considerados suplementos alimentares e largamente utilizados para artrose de grandes articulações. A ideia por trás destas substâncias é a que, sendo estes dois componentes básicos da cartilagem e de seu lubrificante, sua super-oferta poderia ajudar a reconstrui-la lubrifica-la. Ainda mais em idosos, nos quais a absorção intestinal destas substâncias nas quantidades normalmente presentes nos alimentos é diminuída. No entanto muita controvérsia existe sobre a eficácia desta abordagem. O balanço das evidências baseadas em trabalhos de boa qualidade sugere pequeno ou nenhum beneficio em seu uso [11-13] (como na maioria das outras medidas para artrose, diga-se de passagem). Ao mesmo tempo não parece haver qualquer risco associado ao seu uso, exceto por discretas e ocasionais indisposições gastro-intestinais. A glicosamina deve, no entanto, ser evitada em indivíduos alérgico a frutos do mar, por derivar da casca do camarão.

Cloroquina

As cloroquinas (hidroxicloroquina e difosfato de cloroquina) são derivados do quinino, planta usada há milênios pelos índios americanos no tratamento da malária. Sabe-se que estas substâncias têm também efeitos imunomoduladores (controladores do sitema imune), pelos quais são usadas em doenças como o lúpus e a artrite reumatoide. Nestas doenças as cloroquinas auxiliam na prevenção do dano articular. O uso empírico das cloroquinas na artrose é baseado na ideia de que aqui também há inflamação e a participação do sistema imune, apesar de bem menos centrais.  Existem, no entanto, bem poucas evidências científicas respaldando este uso. Em uma série de casos, 6 dos 8 pacientes com artrose erosiva não respondedora a antinflamatórios melhoram com a hidroxicloroquina [14]. No Brasil estas substâncias são amplamente utilizadas por reumatologistas, principalmente para artrose erosiva de mãos, com uma impressão geral positiva. O difosfato de cloroquina deposita-se em muitos dos tecidos de nosso corpo, incluindo o fundo de olho e o aparelho auditivo, e pode em alguns casos e sempre após um longo período de uso (maior que um ano), causar diminuição da visão e da audição. Seu uso é seguro, desde que acompanhamento seriado (6 em 6 meses) seja feita com oftalmo e otorrinolaringologista. Este efeito colateral não parece acontecer com a hidroxicloroquina, o que justifica seu maior uso, a despeito de aparente menor eficácia e maior custo.

Diacereína

A diacereína é um composto originalmente extraído do ruibarbo, uma planta comestível largamente conhecida fora do Brasil. Ela é metabilizada em outra substância, o ácido clássico que tem propriedades antinflamatórias e analgésicas (diminui a produção de interleucina-1 e estimula a produção de prostaglandina E2). Uma revisão sistemática de 2006 incluindo diversos trabalhos que junto compreendiam 2069 pacientes com artrose notou um modesto, mas estatisticamente significante, beneficio da diacereína comparada com placebo [15]. Seu efeito colateral mais comum é diarreia, e ela deixa a urina com cor avermelhada.

Colchicina

Empresta-se da gota o uso de colchicina na artrose. Esta substância tem o poder e estabilizar o micro-esqueleto das nossas células, dificultando que leucócitos (células do sistema imune) desloquem-se até o sítio inflamatório ou lá despejem substâncias pró-inflamatórias. Na gota o causador da inflamação é o cristal de ácido úrico. Na artrose pode haver cristais de pirofosfato de cálcio, tanto como consequência como. É nesta condição (artrose associada à depósito de cristais, ou pseudogota) quando a colchicina é mais frequentemente utilizada[16]. Em um pequeno estudo com 10 pacientes com pseudogota esta substância foi eficaz em reduzir o número de ataques [17]. Na artrose de joelhos, 36 pacientes foram sorteados para receber apenas antinflamatórios (e placebo) ou antinflamatórios e colchicina. O segundo grupo apresentou melhora dos índices de dor cerca de 30% maiores [18]. O efeito colateral mais comum desta substância (mas não o mais grave) é diarreia.

Corticoides intra-articular

A injeção de corticoide intra-articular pode ser apropriada em pacientes com artrose e inflamação em apenas 1 ou poucas articulações e que falharam em apresentar melhora (ou têm contra-indicações) com analgésicos e antinflamatórios orais. O controle dos sintomas é bastante eficaz e documentado em estudos bem desenhados e pode durar até 3 meses [19]. No entanto esta prática esbarra em algumas limitações: articulações diferentes do joelho não são tão fáceis de serem puncionadas; injeções seriadas de corticoide pode resultar na frouxidão de ligamentos e atrofia de tecidos. Sempre que possível o procedimento deve ser guiado por ultrassom, principalmente em articulações diferentes do joelho, e o máximo de cuidado deve ser tomado para minimizar a chance de se causar uma infecção bacteriana com a punção. Antes de se injetar a cortisona deve-se sempre aspirar possíveis líquidos intra-articulares e envia-los para cultura e pesquisa de microrganismos, em especial se infecção é suspeitada.

Ácido Hialurônico intra-articular

Ácido hialurônico é uma longuíssima molécula normalmente constituinte do líquido que lubrifica as articulações (líquido sinovial). A injeção desta substância em articulações artróticas, em particular os joelhos, foi estudada por grupos patrocinados pelos laboratórios fabricantes, e mostrou-se capaz de aliviar os sintomas mais que placebo ou antinflamatórios orais [20]. O alívio dos sintomas parece ser duradouro, mas múltiplas injeções são necessárias.

Referências:

1.         Peat G, McCarney R, Croft P. Knee pain and osteoarthritis in older adults: a review of community burden and current use of primary health care. Ann Rheum Dis 2001; 60:91.

2.         Concoff, AL, Singh, R, Klarhman, D, et al. A clinical algorithim for identifying occult crystalline disease in patients with osteoarthritis (abstract). Arthritis Rheum 1997; 40:S239.

3.         Jordan KM, Arden NK, Doherty M, et al. EULAR Recommendations 2003: an evidence based approach to the management of knee osteoarthritis: Report of a Task Force of the Standing Committee for International Clinical Studies Including Therapeutic Trials (ESCISIT). Ann Rheum Dis 2003; 62:1145.

4.         Towheed TE, Maxwell L, Judd MG, et al. Acetaminophen for osteoarthritis. Cochrane Database Syst Rev 2006; :CD004257.

5.         Dougados M, Nguyen M, Listrat V, Amor B. High molecular weight sodium hyaluronate (hyalectin) in osteoarthritis of the knee: a 1 year placebo-controlled trial. Osteoarthritis Cartilage 1993; 1:97.

6.         Biggee BA, Blinn CM, McAlindon TE, et al. Low levels of human serum glucosamine after ingestion of glucosamine sulphate relative to capability for peripheral effectiveness. Ann Rheum Dis 2006; 65:222.

7.         Pullman-Mooar, S, Mooar, P, Sieck, M, et al. Are there distinctive inflammatory flares of synovitis after hylan GF intra-articular injections? (abstract). Arthritis Rheum 1999; 42(Suppl 9):S295.

8.         Wandel S, Jüni P, Tendal B, et al. Effects of glucosamine, chondroitin, or placebo in patients with osteoarthritis of hip or knee: network meta-analysis. BMJ 2010; 341:c4675.

9.         Amin AR, Attur M, Patel RN, et al. Superinduction of cyclooxygenase-2 activity in human osteoarthritis-affected cartilage. Influence of nitric oxide. J Clin Invest 1997; 99:1231.

10.       Li X, Afif H, Cheng S, et al. Expression and regulation of microsomal prostaglandin E synthase-1 in human osteoarthritic cartilage and chondrocytes. J Rheumatol 2005; 32:887.

11.       Clegg DO, Reda DJ, Harris CL, et al. Glucosamine, chondroitin sulfate, and the two in combination for painful knee osteoarthritis. N Engl J Med 2006; 354:795.

12.       Sawitzke AD, Shi H, Finco MF, et al. Clinical efficacy and safety of glucosamine, chondroitin sulphate, their combination, celecoxib or placebo taken to treat osteoarthritis of the knee: 2-year results from GAIT. Ann Rheum Dis 2010; 69:1459.

13.       Wandel S, Jüni P, Tendal B, et al. Effects of glucosamine, chondroitin, or placebo in patients with osteoarthritis of hip or knee: network meta-analysis. BMJ 2010; 341:c4675.

14.       Bryant LR, des Rosier KF, Carpenter MT. Hydroxychloroquine in the treatment of erosive osteoarthritis. J Rheumatol 1995; 22:1527.

15.     Diacerein for osteoarthritis.AUFidelix TS, Soares BG, Trevisani VFSOCochrane Database Syst Rev. 2006

16.       Klashman, DJ, Moreland, LW, Ike, RW, Kalunian, KC. Occult presence of CPPD crystals in patients undergoing arthroscopic knee irrigation for refractory pain related to osteoarthritis (abstract). Arthritis Rheum 1994; 37:S240.

17.       Alvarellos A, Spilberg I. Colchicine prophylaxis in pseudogout. J Rheumatol 1986; 13:804.

18.       Das SK, Ramakrishnan S, Mishra K, et al. A randomized controlled trial to evaluate the slow-acting symptom-modifying effects of colchicine in osteoarthritis of the knee: a preliminary report. Arthritis Rheum 2002; 47:280.

19.       Lambert RG, Hutchings EJ, Grace MG, et al. Steroid injection for osteoarthritis of the hip: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Arthritis Rheum 2007; 56:2278.

20.       Intra-Articular Injections for osteoarthritis of the Knee. Med Lett Drug Ther 2006; 48:25.

CRÉDITOS DO ARTIGO: Reumatologia Avançada. Acesso em 27/11/2012.

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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ARTRITE REUMATÓIDE–INFORMAÇÕES GERAIS

ACUPUNTURA CURITIBA ARTRITE REUMATOIDE

Nota introdutória do site: artrite reumatóide é um problema bastante comum em nossa prática. Por isso estamos publicando este artigo como subsídio aos nossos pacientes e leitores com o único intuito de divulgar informações confiáveis para esclarecimento. Conforme explicitado em nossa Política do Site, reiteramos que o propósito geral de nosso site e deste artigo em particular não é o de servir como guia para auto-diagnóstico e nem mesmo uma maneira para confirmação de diagnósticos. A única maneira de obter um diagnóstico fidedigno e orientações precisas é com seu prestador de serviços de saúde (seja ele médico no caso dos diagnósticos nosológicos ocidentais, terapeuta acupunturista para os diagnósticos energéticos orientais e os casos da alçada de outros profissionais de saúde nas suas áreas de atuação como fisioterapeutas, psicólogos, etc.).

Artrite Reumatóide

Introdução:

Apesar da artrite reumatóide (AR) ser historicamente temida com uma das formas mais agressivas e deformante de reumatismo, pacientes diagnosticados com esta doença nos dias de hoje têm um prognóstico muito mais animador.  Avanços recentes no entendimento da doença e a combinação de novos e velhos tratamentos têm tornado possível evitar, ou ao menos frear, o dano articular na grande maioria dos pacientes. Poucas áreas da medicina têm passado por mudanças tão rápidas quanto à reumatologia e, em especial, o tratamento da artrite reumatóide.

Em poucas palavras:

  • A AR é a forma mais comum de artrite (inflamação nas articulações) mediada pelo sistema imunológico
  • Acomete 1 a 2% da população mundial.
  • Afeta mulheres 2,5 vezes mais freqüentemente que homens.
  • Pode ocorrer em qualquer idade, mas o pico da incidência acontece entre a 4ª e a 5ª década de vida.
  • Na maior parte das vezes os sintomas iniciam-se paulatinamente com fadiga, rigidez ou “ferrugem” nas juntas pela manhã, dor e inflamação nas articulações, semelhante em ambos os lados do corpo, em especial nos punhos, mãos e pés (poupando as articulações mais próximas às pontas dos dedos).
  • Se não tratada, na maior parte das vezes a AR evolui para uma doença crônica e progressiva, capaz de levar a deformidades nas articulações.
  • O tratamento deve ser realizado por reumatologista e é eficaz em grande parte das vezes.
  • Um grande número de novas drogas têm surgido, ascendendo esperanças para os casos mais difíceis.

O que é Artrite reumatóide?

É uma doença crônica que causa dor, rigidez, inchaço e limitação à motilidade e função de múltiplas articulações do sistema esquelético. Apesar de a AR poder acometer virtualmente qualquer articulação do corpo, os punhos e as articulações dos dedos mais próximas das mãos e pés são mais freqüentemente acometidas, e as distais (as mais próximas das pontas dos dedos), muito raramente. A inflamação pode ocorrer em outros órgãos também.

Quais são os sintomas de Artrite Reumatóide?

A AR é uma doença infamatória sistêmica, portanto sintomas gerais como fadiga, febre, perda de peso podem estar presentes antes mesmo das manifestações articulares, apesar de geralmente serem menos proeminentes do que estas. Na maioria das vezes a AR se instala insidiosamente, com dor, inchaço e rigidez das articulações (principalmente as referidas à cima) progressivos ao longo de semanas ou meses. Uma minoria dos pacientes, no entanto, apresentam uma forma abrupta e explosiva de poliartrite (artrite em muitas articulações). Monoartrite (artrite em uma única articulação) é possível na AR inicial, mas outras doenças reumatológicas são prováveis e devem cuidadosamente ser excluidas. Outros pacientes, ainda, apresentam episódios transientes e auto-limitados de monoartrites ou poliartrites, apresentação conhecida como “reumatismo palindrômico”. Metade dos pacientes com reumatismo palindrômico vai desenvolver AR típica com o tempo. Com a progressão da doença, as grandes articulações (tornozelos, joelhos, cotovelos, ombros) são freqüentemente atingidas. O acometimento das articulações têmporo-mandibular (a envolvida na mastigação), esterno-clavicular (no final da clavícula) e espinha é incomum, e se presente tende a acontecer mais tardiamente. O envolvimento de órgãos e tecidos diferentes das articulações também tendem a acontecer em doenças antigas e duradoras. Ele consiste principalmente em nódulos firmes e indolores surgindo geralmente em cotovelos, tendão de Aquiles e dedos (nódulos reumatóides); falta de ar e/ou dor à respiração por inflamação do pulmão e/ou pleura (membrana que envolve o pulmão); dor e vermelhidão em esclera dos olhos (esclerite); boca e olhos secos (síndrome de Sjoegren secundária). Outras manifestações extra-articulares são possíveis mas ainda mais raras.

O que causa Artrite Reumatóide?

A AR é uma doença “autoimune”. O sistema imune é desenhado para proteger-nos de bactérias, vírus, câncer e outros agressores. Nas doenças autoimunes o sistema imune identifica e ataca partes do nosso corpo como faz com patógenos. Não se entende completamente o que causa ou perpetua esta “auto-agressão”, mas ela é atribuída a uma combinação de tendências pessoais (genética, hormônios) com fatores ambientais (tabaco, vírus, bactérias). Estudos PRELIMINARES apontam que a inflamação constante e/ou recidivante da gengiva, causada por uma higiene bucal insuficiente, elevaria o risco de desenvolver AR.

Quem vai desenvolver Artrite Reumatóide?

Mulheres desenvolvem AR 2,5 vezes mais freqüentemente que homens.  A doença pode acontecer em qualquer idade, mas o pico de incidência acontece entre a 4ª e 5ª década. Indivíduos com parentes de 1º grau com AR têm chance 1,5 vezes maior que a população em geral de desenvolver a doença. Quando a AR acomete indivíduos que possuem irmãos gêmeos idênticos (com exatamente os mesmos genes) o outro também é acometido em 12 a 15% das vezes, o que sugere influência genética (mas não exclusiva).

Como Artrite Reumatóide é diagnosticada?

É relativamente recente a disponibilidade da pesquisa de anticorpos contra peptídeos cíclicos citrulinados (anti-CCP) em laboratórios comuns. A presença deste marcador no sangue de um indivíduo com sintomas compatíveis permite o diagnóstico de AR com cerca de 90 a 96% de certeza. No entanto, de 24 a 53% dos indivíduos que têm AR nunca vão apresentar este anticorpo. Nos casos iniciais esta proporção pode ser ainda maior. Nestes casos o reumatologista tem que se basear no quadro clínico e em marcadores menos específicos para diagnosticar a doença e diferenciá-la de outras com início muito semelhante. Portanto o diagnóstico pode não ser fácil ou imediato, e semanas ou até meses de observação e um grande número de exames não são raros até se ter a certeza do diagnóstico. Outros exames que auxiliam no diagnóstico são fator reumatóide (menos específico e sensível que o anti-CCP), provas inflamatórias, exames (relativamente) específicos para doenças a serem excluídas, exames de imagem. Dentre os exames de imagem, a ultrassonografia e a ressonância magnética são de grande ajuda por diferenciar precocemente artrites capazes de erodir as articulações (sugestivo de AR) de artrites não erosivas (sugestivo de outras causas). O raio-x é importante mas vai ser alterado bem mais tardiamente que nestes 2 exames.

Como a Artrite Reumatóide é tratada?

Atualmente a maioria dos reumatologistas concordam que quanto antes a doença for controlada maiores as chances do paciente ficar livre de sintomas, e da doença. Seguindo esta idéia a tendência atual é introduzir, assim que o diagnóstico é firmado, doses efetivas da combinação de diversas drogas com ação sobre o sistema imune, e sobre a inflamação. Nenhuma destas medicações é livre de possíveis efeitos colaterais, mas são geralmente bem toleradas e com uma relação custo/benefício bastante favoráveis. Algumas das medicações mais tradicionais para a AR não são mais disponíveis no Brasil (p.e. sais de ouro), outras são menos usadas, por uma pior relação custo/benefício para esta doença (sulfas, ciclosporina, Azatioprina), mas outras ainda são centrais no tratamento da AR (metotrexate, cloroquina). O leflunomide é uma droga mais recente e bastante útil, com eficácia semelhante ao Metotrexate. As cortisonas (corticoesteróides) são usadas na AR há muitas décadas. Passada a euforia inicial, descobriu-se que apesar de elas terem um impacto importante na inflamação e nos sintomas dos pacientes, sua habilidade em efetivamente parar a doença é pequena, se existente. Em combinação com as chamadas “drogas modificadoras de doença”, no entanto, ela mantém seu papel. Antinflamatórios comuns não têm efeito modificador de doença, mas podem aliviar os sintomas e poupar doses maiores de corticóides.

Nas últimas décadas o desenvolvimento da biotecnologia permitiu um salto exponencial no nível de conhecimento acumulado sobre o funcionamento do sistema imunológico. A conseqüência natural disso foi o desenvolvimento de drogas capazes de agir diretamente sobre os aspectos “fora da ordem” em muitas das doenças autoimunes. Nasciam os medicamentos “biológicos” (para saber mais clique aqui). No Brasil existem atualmente 5 biológicos aprovados pela ANVISA para uso na AR (Infliximabe, adalimumabe, etanercept, rituximabe, Abatacepte), mas esta lista tende a crescer rapidamente. São medicações potentes, que muitas vezes têm ação mesmo em indivíduos que deixaram de responder às medicações convencionais. Por outro lado até um terço dos pacientes (segundo a Arthitis Foundation, nos EUA) não respondem ou deixam de responder também às novas medicações, e o efeito destas medicações sobre o sistema imunológico podem trazer efeitos colaterais, como maior propensão a infecções e câncer. O custo é outro limitante. Algumas destas substancias podem custar cerca de R$15.000,00 mensais, e seriam utilizadas por tempo indeterminado. Certamente estas dificuldades limitam, mas estão longe de inviabilizar o uso dos biológicos. O custo tende a cair com o aperfeiçoamento das técnicas de produção e com a concorrência entre as companhias farmacêuticas, e aos poucos vamos descobrindo as doses, as combinações e o “timing” para cada uma destas drogas, em cada doença. Hoje já é impensável fazer reumatologia sem os novos biológicos, e certamente o futuro trará ainda melhores surpresas. Mas por enquanto estas substâncias são indicadas para casos e pacientes específicos, geralmente após falha da terapia convencional, ou em atrites iniciais agressivas.

Outras modalidades de tratamento

Informação – Buscar informação é essencialmente uma boa coisa: o paciente orientado e engajado ativamente no seu processo de cura tem claramente melhor prognóstico. No entanto, a busca não assessorada de informações, sobre tudo na Internet, pode trazer uma impressão sobre esta condição mais negra do que a realidade. Ou pior, pode trazer uma impressão mais leve do que a real, e estimular negligencias, abandonos do tratamento ou  opções (tentadoras) de terapias alternativas sem embasamento científico. Procure informações em sites e organizações confiáveis (sugestões a baixo) e discuta suas impressões com seu reumatologista. Utilize medicações não convencionais apenas com a aprovação do seu médico, e sem deixar de usar as medicações prescrias!

Psicoterapia – É comum, e de alguma forma esperado, que o advento de uma doença crônica e potencialmente deformante cause angústia, ansiedade e até depressão. A psicoterapia pode ajudar o paciente a elaborar as perdas, reorganizar sua vida e readaptar as perspectivas. Há evidências de que a psicoterapia seja capaz de diminuir a autopiedade, inibir posturas passivas diante da doença e do processo de cura e diminuir a percepção da dor. O sistema imunológico, assim como o neuro-endócrino e os demais sistemas do corpo humano, está sob influência do sistema neuro-psiquiátrico. É possível, portanto, que o benefício da psicoterapia vá além do psicológico.

Descanso – Durante os períodos de inflamação (sistêmica ou localizada) a execução das atividades normais pode ser difícil. Durante estes períodos repouso é fundamental, e pode ser alternado com exercícios adequados.

Exercícios – Dor e rigidez freqüentemente levam a pacientes a evitar exercícios. A falta do uso pode resultar em perda da motilidade, contraturas e atrofia muscular, causando aumento da fadifa, além de instabilidade articular e maiores deformidades. Exercícios visando a ampliação da motilidade ajudam a restaurar a função de um membro. Exercícios de fortalecimento muscular (isométricos, isotônicos e isocinéticos), realizados 1 a 2 vezes por semana, melhora a função e não pioram a atividade articular. Exercícios aeróbicos melhoram a função muscular, melhoram o controle da dor possivelmente previnem osteoporose induzida pelo corticoide e não pioram a atividade da doença. Programa de exercícios devem ser prescrito por médicos e fisioterapeutas e devem ser direcionados individualmente para cada paciente.

Fisioterapia – Os objetivos da fisioterapia na AR são a redução da dor e inflamação e a preservação da função e integridade articular. A fisioterapia envolve diversas modalidades de tratamentos direcionadas a problemas específicos. Isso exclui: calor ou frio para o alívio da rigidez e inflamação; ultrassonografia para atenuar tenosinovites; exercícios ativos e passivos para melhorar e manter o alcance da motilidade das articulações; descanso e talas para reduzir dor e melhorar função; técnicas de relaxamento para diminuir espasmo de musculatura.

Terapia ocupacional – foca na adaptação dos membros afetados (especialmente os superiores) às atividades do dia-a-dia, incluindo: educação sobre proteção articular; provisão de artefatos auxiliares e talas e orientações referentes ao seu uso.

Alimentação – Muitas dietas foram propostas para a AR, mas a maioria não mostrou benefícios em estudos controlados. Possível exceções são as dietas ricas em óleos de peixe e as dietas ricas em ácido eicosapentaenóico ou docosahexaenóico, que parecem diminuir sintomas. Pacientes obesos devem ser encorajados a perder peso, no intúito de diminuir a sobrecarga sobre as articulações.

Prevenção de osteoporose – A AR por si é um fator de risco para osteoporose, em função da inflamação crônica. Adicionalmente, a AR ocorre mais freqüentemente em mulheres na 4ª ou 5ª década de vida, população em especial risco para o início do problema. O corticóide, quase sempre utilizado na doença, é outro fator de risco importante para a osteoporose. Desta forma uma abordagem farmacêutica (cálcio, vitamina D e outros remédios) e não farmacêutica (exercícios, prevenção de quedas) deve ser instituída o quanto antes.

Prevenção de doença cardíaca e vascular – A doença cárdio-vascular é a principal causa de morte entre os pacientes com AR. A inflamação crônica, bem como o uso contínuo de corticóide, são potentes fatores de risco para ateriosclerose e suas conseqüências. A prevenção do problema passa pelo controle precoce e efetivo da inflamação, pelo controle agressivo do colesterol, abolição do tabagismo e de outros fatores de risco modificáveis.

Vacinações – pacientes recebendo drogas imunossupressoras NÃO devem receber vacinas com vírus vivos. As demais são apropriadas e importantes. A seguinte recomendação foi incluída nas diretrizes de 2008 do colégio americano de reumatologia: a vacina da gripe (anualmente) e a contra o Pneumococcus (esta a cada 5 anos) devem ser dada para todos os pacientes que estão usando ou usarão imunossupressores; a vacina contra hepatite B deve ser dada a todos os pacientes com AR e risco de contrair este vírus (múltiplos parceiros sexuais nos últimos 6 meses, contato com portadores do vírus, usuários de drogas endovenosas, trabalhadores na área da saúde), se possível antes da introdução das drogas imunossupressoras.

Vivendo com Artrite Reumatóide

Mesmo com os avanços recentes em seu tratamento, e com a possibilidade do controle da doença ou cura, a AR é uma doença crônica, potencialmente deformante, que interrompe a vida normal do indivíduo obrigando-o a uma rotina de freqüentes exames, visitas ao médico, efeitos colaterais de medicações, sintomas e seqüelas. A incerteza sobre seu curso, falhas no tratamento e os hormônios da inflamação colaboram para raiva, frustração, depressão, perda da esperança e da vontade de lutar. A melhor maneira de controlar a AR é:

  • Confiar e manter uma boa relação com o médico
  • Manter uma sólida relação com familiares e amigos
  • Tomar regular e eficientemente as medicações como prescritas
  • Visitar o médico e fazer exames regularmente, mesmo se não estiver se sentindo doente.
  • Não ter uma postura passiva. Se envolver diretamente no processo de cura.
  • Um acompanhamento psicoterápico é bastante recomendado e ajuda na aceitação dos limites impostos pela doença, bem como na reorganização da vida com sua presença.
  • Manter-se ativo física-emocional e profissionalmente. Evitar, no entanto, exercícios não monitorados por profissionais da área.

Pontos a lembrar

Os tratamentos agora disponíveis têm dramaticamente melhorado os o quadro clínico dos pacientes com AR. A maioria das pessoas com pode viver vida normal, mas a doença deve ser cuidadosamente monitorada e o tratamento ajustado como necessário para prevenir seqüelas. Confiar no reumatologista e se envolver na busca da cura é fundamental na definição do curso da doença.

Para mais informações:

Em inglês:

National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases Information Clearinghouse: www.niams.nih.gov

Américan College of Rheumatology:http://www.rheumatology.org/public/factsheets/diseases_and_conditions/ra.asp?aud=pat

Em Português:

Referências:

  1. Sociedade Brasileira de Reumatologia: http://www.reumatologia.com.br/
  2. MD consult, informações ao paciente
  3. Up-To-Date 17.3, Junho 2009
  4. Primer on the Rheumatic Diseases by John H. Klippel, John H. Stone, L eslie J. Crofford, and Patience H. White – Jul 29, 2008

CRÉDITOS DO ARTIGO: Reumatologia Avançada. Acesso em 27/11/2012.

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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ACUPUNTURA E DOENÇAS REUMÁTICAS

ACUPUNTURA CURITIBA REUMATOLOGIA

Entrevista com a Dra. Helena Campiglia, médica e clínica geral formada pela USP, trabalha com acupuntura e medicina chinesa há 15 anos e dá aulas de Acupuntura na Associação Médica Brasileira e no Hospital do Servidor Público Estadual. Autora dos livros Psique e Medicina Tradicional Chinesa (Roca, 2004) e O Domínio do Yin: da Fertilidade à Maternidade na Medicina Tradicional Chinesa (Roca, publicação prevista para segundo semestre de 2009).

Publicado no site da Revista Reumatologia Avançada

RA: Como a medicina chinesa vê doenças em geral e as doenças reumatológicas em especial?

Dra. Helena: Segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) as doenças reumatológicas são fruto da diminuição da “energia de defesa” chamada de Wei Qi e do ataque sucessivo de patógenos externos chamados de vento-frio, vento-calor e vento umidade que pouco a pouco vão se instalando nas articulações. Com o passar do tempo, existe um alojamento permanente desse “vento” e as crises podem ser desencadeadas sem fatores externos predisponentes. A circulação da energia (Qi) fica bloqueada principalmente a nível articular gerando dores e rigidez. Por outro lado, existe uma alteração de imunidade cada vez mais pronunciada levando, em última análise, a uma desvitalização.

Observa-se, na maior parte dos pacientes, a presença de um desequilíbrio energético de três elementos: o elemento água, responsável pela vitalidade do indivíduo, o elemento terraresponsável pela nutrição do organismo e também das articulações e o elemento madeiraque, quando desequilibrado, gera as inflamações articulares (por presença de calor). Os elementos madeira e água são juntos responsáveis pela imunidade do corpo. O elemento terra é o maior responsável pelo acúmulo de umidade que causa a rigidez articular e as dores tipo “em peso”.

RA: Há alguma diferença (ou semelhança) entre as diferentes doenças reumatológicas do ponto de vista da medicina chinesa?

Dra. Helena: As doenças reumatológicas na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) são genericamente chamadas de “Síndrome Bi“, que quer dizer, síndrome da obstrução dolorosa. Acredita-se que a maior parte das doenças reumatológicas obedeçam ao padrão de adoecimento descrito acima, porém existem variações, como por exemplo, a fibromialgia, que costuma ter um comprometimento maior do elemento madeira (fígado, músculo, tendões) e a artrite reumatóide, que costuma afetar mais o elemento água (imunidade, vitalidade). Outra questão fundamental é que, na MTC, avalia-se em primeiro lugar o paciente e seus desequilíbrios, e só em segundo plano a doença em si. Dois pacientes com lúpus eritematoso sistêmico podem apresentar dois padrões diversos de acometimento segundo a MTC.

RA: Qual o papel da acupuntura nestas doenças? A Dra. faria algo além, ou ao invés de acupuntura em alguma situação específica?

Dra. Helena: A acupuntura e a fitoterapia (uso de plantas medicinais) são os pilares da MTC e através delas tratam-se todas as doenças reumatológicas, com maior ou menor grau de resposta. Alguns pacientes podem apresentar remissão completa dos sintomas, enquanto outros se beneficiam pouco desses tratamentos. A resposta depende do grau de acometimento da chamada “energia vital”, que quanto mais danificada, pior será a resposta.

RA: Em que situações a acupuntura dispensa o tratamento alopático, ou pelo menos pode ser o tratamento inicial?

Dra. Helena: A acupuntura dispensa o tratamento alopático quando há remissão completa da doença. Caso contrário, é necessário associar as duas formas terapêuticas. Pode-se iniciar com a acupuntura e após 5 sessões avaliar seus resultados. Quando o resultado é positivo (diminuição de sintomas) deve-se prosseguir o tratamento e avaliar se é ou não necessária a associação da alopatia. Em pacientes que já estejam se tratando pela alopatia, observa-se se com a acupuntura é possível ou não diminuir a dose das medicações (por exemplo analgésicos). O controle não só dos sintomas, mas também de outros parâmetros laboratoriais (como o VHS, proteína C reativa, etc.) são fundamentais na decisão se a acupuntura será ou não o único tratamento de base. Portanto, ainda que a resposta ao tratamento pela MTC seja satisfatória, oriento sempre aos meus pacientes que realizem simultaneamente o acompanhamento com um reumatologista, que poderá avaliar corretamente quando o tratamento alopático pode ou não ser dispensado.

dra_helenaDra. Helena Campiglia

RA: Quais as doenças reumatológicas nas quais a acupuntura e a medicina chinesa são mais eficazes?

Dra. Helena: O que deve ser avaliado é muito mais o paciente do que a doença em si. Como já foi dito, dois pacientes com a mesma doença, podem ter diagnósticos diferentes na MTC e, portanto, tratamento e evolução diversos. Doenças onde haja comprometimento permanente da articulação, como por exemplo a osteoartose, a acupuntura jamais poderá reverter o que já foi destruído. De qualquer modo, ela ainda assim poderá diminuir os sintomas (dor, restrição do movimento, etc.).

RA: Qual o papel de regimes e mudanças alimentares nas doenças reumatológicas segundo a medicina chinesa?

Dra. Helena: As mudanças alimentares fazem parte das prescrições da MTC. A alimentação é fundamental na saúde e no bem estar global. Observa-se que uma boa alimentação é capaz de aumentar a energia vital e diminuir as “obstruções energéticas” nas síndromes Bi. Contudo, a alimentação é apenas uma das ferramentas da MTC. A fitoterapia e a acupuntura são igualmente importantes. No caso de dores, a acupuntura é a mais eficaz das técnicas terapêuticas da MTC, por outro lado, o aumento da energia vital é melhor controlado pela dieta e pela fitoterapia. A dieta, segundo a MTC, segue princípios muito diferentes daqueles praticados no ocidente. Cada alimento, além das suas propriedades nutricionais tem características energéticas, como temperatura e sabores que determinam um movimento energético.

Exemplos:

Alimentos quentes: alho, canela, carne de carneiro, gengibre, salsinha.

Alimentos mornos: frango, carne de vaca, tomilho.

Alimentos frescos: pepino, folhas verdes, frutas em geral como pêra e maçã.

Alimentos frios: caqui, leite, laticínios, queijos.

Alimentos neutros: cenoura, abóbora, batata, batata-doce.

Sabor ácido ou azedo: movimento da Madeira (Fígado e Vesícula Biliar).

O sabor ácido, como o do vinagre tem a capacidade de retrair, contrair, pois ele é adstringente. Ajuda na formação dos músculos e é equivalente a pequenas moléculas ou tijolos que constroem o organismo.

Alimentos ácidos: ameixa, alho-porró, frango amarelo, trigo, levedo.

Sabor amargo: movimento do Fogo (Coração e Intestino Delgado)

O sabor amargo tem o movimento de endurecer, como um alimento que é tostado ou grelhado, ou mesmo conservado por longo tempo.

Alimentos amargos: damasco, carne de carneiro ou de cabra, aspargo, alcachofra, trigo sarraceno, arroz selvagem, arroz longo, cogumelo Shitake, café e chá torrados.

Sabor doce: movimento da Terra (Baço-Pâncreas e Estômago)

O sabor doce é predominante na maior parte dos alimentos, pois é a Terra a grande responsável pela nutrição do organismo e, portanto, o sabor doce irá auxiliar esta função.

Alimentos doces: melão, jujuba chinesa, manga, milho, quinua, carne de vaca, abóbora, batata, mandioca, batata doce, beterraba, cenoura, couve chinesa

Sabor picante: movimento do Metal (Pulmão e Intestino Grosso)

O sabor picante tem a capacidade de dispersar a energia, levando-a para o exterior. Ele tonifica os Pulmões e a Pele e auxilia na prevenção de gripes e resfriados.

Alimentos picantes: cebola, alho, condimentos e ervas aromáticas, carne de coelho, aveia, cevada.

Sabor salgado: movimento da Água (Rins e Bexiga)

O sabor salgado é capaz de reunir a energia e, portanto, tonifica os Rins e melhora a vitalidade.

Alimentos salgados: leguminosas, soja, feno grego, alface cozida, molho de soja, carne de porco, espinafre, peixes e frutos do mar, castanha, germe de trigo.

Sabores tóxicos: Cada um dos cinco sabores pode ser em um extremo sutil ou em outro tóxico. Um sabor tóxico é aquele que é tão extremo, que acaba lesando o órgão em vez de tonificá-lo.  Para o ácido encontramos o próprio vinagre, para o amargo o tabaco, o café, para o doce o açúcar da cana ou mesmo o aspartame, para o picante o álcool, para o salgado os alimentos muito salgados ou conservados no sal. Esses alimentos devem ser evitados por fazerem mal a saúde.

A combinação desses princípios é feita individualmente para cada paciente, levando em consideração quais órgãos e meridianos estão mais ou menos desequilibrados e, portanto, quais sabores e temperatura intrínseca podem ajudar a restituir o equilíbrio dinâmico e sutil do corpo.

RA: Quais outras mudanças de estilo de vida devem ser preconizadas nas doenças auto-imunes?

Dra. Helena: Além da dieta, dos fitoterápicos e da própria acupuntura, o paciente portador de doenças auto-imunes deve em primeiro lugar afastar-se de fatores que predisponham ao seu adoecimento como: excesso de trabalho e estresse, poucas horas de sono, ritmo de vida irregular sem respeito aos horários de sono, refeições e descanso, exposição constante a viroses ou outras doenças, exposição constante a emoções intensas como preocupação, raiva, medo, etc. Pode-se ainda orientar o paciente a praticar atividade física, que em muito ajuda a circulação do Qi e ajuda a melhorar o nível energético nas atividades específicas (Qi Kun, Tai Chi Chuan, Yoga), que visam a melhora da respiração. Segundo a MTC, após o nascimento e até a morte, o ser humano está sempre desgastando sua energia vital. As únicas maneiras de repor relativamente essa energia é através da alimentação e da respiração. Evitar os fatores de adoecimento ajuda a diminuir o desgaste global da energia.

Serviço: Dra. Helena Campiglia. Consultório em Pinheiros, SP. Tel: 11-3813-5080.

Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

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ACUPUNTURA EM CRIANÇAS

acupuntura curitiba pediatria

Acupuntura para o tratamento médico infantil

Quando se fala em acupuntura logo se imagina numa senhora deitada e cheia de agulhas espalhadas pelo corpo. Mas saiba que essa medicina alternativa também vem sendo utilizada no tratamento de várias doenças infantis.

Os pontos estimulados no bebê ou criança são os mesmos pontos utilizados no adulto. A diferença está em como fazer.

Nascida na China há mais de 4 mil anos, a técnica consiste em estimular pontos específicos do corpo onde se encontram muitas terminações nervosas, usando agulhas, calor, laser, pressão dos dedos, ventosas ou eletrodos.

Como a maioria das crianças se apavora só de se falar em agulhas ou são mais agitadas, podendo retirar as agulhas antes do tempo, a acupuntura é realizada com laser ou pressão. Calor ou correntes elétricas também podem assustar a criança e esta pode não aderir bem ao tratamento.

As agulhas normalmente são usadas apenas em crianças maiores de cinco anos.

As crianças são mais sensíveis às dores e por isso as agulhas são colocadas superficialmente, cujas sessões têm um tempo menor (de cinco a dez minutos) e não se estimula mais de dez pontos numa sessão.

Contra bronquite, cólica e xixi na cama - As doenças infantis que encontram resultados altamente satisfatórios no tratamento com a acupuntura são as doenças respiratórias, entre as quais a asma, bronquite e rinite, enurese noturna (fazer xixi na cama enquanto dorme), distúrbios do sono e dores como enxaqueca e cólicas.

“Os pontos estimulados liberam neurotransmissores que reforçam a secreção de substâncias que têm efeitos analgésicos, antiinflamatórios e de imunização" explica Hong Jin Pai, médico da equipe de Acupuntura do Centro de Dor do Hospital das Clínicas – Faculdade de Medicina da USP.

Os resultados nas crianças aparecem mais rapidamente principalmente se os pais não mostrarem apreensão aos filhos quando o tratamento estiver sendo realizado. Assim os pequenos se sentem mais confiantes no médico.

A cura pode existir somente com a acupuntura, assim como pode ser um tratamento simultâneo com medicações. O que pode acontecer é a redução no uso das medicações e dos sintomas da doença. Ainda a acupuntura pode ser usada para amenizar os efeitos colaterais que alguns medicamentos podem trazer.

Sem contra-indicações - Fazer acupuntura para prevenção em crianças saudáveis não é necessário. Uma criança que tem crises de asma no período do inverno pode fazer sessões durante o outono para fortalecer o seu sistema imunológico, amenizando os sintomas ou mesmo espaçando o aparecimento das crises.

O tratamento não tem contra-indicações e não traz efeitos colaterais se for realizado por um profissional especializado em acupuntura.

Dicas

Procure um acupunturista para fazer a avaliação do seu filho. Só ele poderá indicar o melhor tratamento. Lembre-se: consulte um pediatra para apontar a melhor maneira de curar seu filho.

A ansiedade dos pais pode transparecer para a criança deixando-a agitada durante o tratamento dificultando o trabalho do profissional.

A acupuntura é uma especialidade médica tendo seus resultados comprovados cientificamente. É um tratamento indolor.

Por Bruno Rodrigues, publicado no site Guia do Bebê.

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