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ENXAQUECA: UMA BREVE REVISÃO

Por Rafael Poloni - Farmacêutico Industrial, Doutorando do Laboratório de Dor do Depto. de Farmacologia da FMRP-USP

Editorial Mensal do site Dor On Line

A enxaqueca (migrânea) é um comum distúrbio debilitante de dor de cabeça, segundo a International Headache Society (IHS). É considerada uma patologia complexa, a qual rotineiramente é confundida com cefaleias – dores de cabeça, mas é uma reação neurovascular, anormal, num organismo geneticamente vulnerável, que se exterioriza, clinicamente, por episódios recorrentes de cefaléia e manifestações associadas e que, geralmente, dependem da presença de fatores desencadeantes.

A enxaqueca costuma provocar dores unilaterais e latejantes e, muitas vezes, náuseas, vômitos, intolerância a sons, luz e cheiros fortes. Sabe-se que a enxaqueca é uma doença multifatorial, com um ou mais fatores desencadeantes, tais como fatores genéticos, consumo de certos alimentos (queijos, embutidos, chocolate, café, adoçantes), sono prolongado, falta de sono, excesso de exposição ao sol, alteração de hormônios, tabagismo, estresse, fome, transtornos de humor (ansiedade, depressão), ingestão de bebida alcoólica, dentre outros.

Esta patologia acomete cerca de 20% das mulheres, com prevalência entre 35 e 45 anos de idade. Além disto, a enxaqueca acarreta, em média, quatro dias perdidos de trabalho em um ano, pois a crise de enxaqueca costuma durar de 4 a 72 horas e, em casos mais raros, a frequência pode ser diária. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a enxaqueca está em 19º lugar entre as doenças debilitantes em todo o mundo. Portanto, a enxaqueca é um fator significante na economia por causa da perda de dias de trabalho e a redução na produtividade individual.

Os mecanismos realmente desencadeantes de enxaqueca permanecem desconhecidos, mas avanços importantes foram alcançados nas últimas décadas. Os primeiros estudos acerca da enxaqueca constam na década de 30 do século XX, desenvolvidos por Wolff (figura 1), o qual enfocou a fisiopatogenia da mesma, lançando mais adiante dois dos principais livros sobre o assunto: Headache and Other Head Pain 1ª edição (1948) e 2ª edição (1963).

acupuntura curitiba enxaqueca 1

Figura 1: Localização da dor referida a partir do vaso intracraniano estimulado. (Ray e Wolff, 1940)

(clique para ampliar)

Inicialmente foi observado que o diâmetro das artérias do couro cabeludo aumentava durante uma crise de enxaqueca e este fato era temporalmente proporcional à intensidade da dor. Ainda, substâncias vasodilatadoras provocam cefaleia e, ao contrário, a serotonina, conhecidamente vasoconstritora, alivia a dor da enxaqueca. Entretanto, a vasodilatação por si só não parece produzir dor. Por isso, a teoria de Wolff foi bastante contestada. Além disso, também foi demonstrado que dor e vasodilatação nem sempre estão relacionadas (Anderson AR et al., 1988; Zwetsloot CP et al., 1993). Em suma, as drogas até então utilizadas contra enxaqueca eram vasoconstritores ou inibidores da liberação de neuropeptídeos causadores de vasodilatação. Por outro lado, moléculas de óxido nítrico (NO) e o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (PRGC) estavam claramente envolvidos.

A partir daí, a enxaqueca começou a ser relacionada, além da vasodilatação, a neurotransmissores e mediadores inflamatórios como, por exemplo, a bradicinina, a histamina, a noradrenalina e as prostaglandinas. Por isso, a fisiopatologia da enxaqueca parece ter participação efetiva de componentes neurais ou neuro-humorais. Ainda, o principal metabólito da serotonina, o ácido 5-hidroxiindolacético, está presente em altas concentrações na urina durante os ataques de enxaqueca (Sicuteri et al., 1961). O avanço dos estudos acerca da enxaqueca levou à teoria neurovascular, a qual relaciona uma inflamação neurogênica ao episódio de enxaqueca. Consequentemente, o uso de anti-inflamatórios é adequado no tratamento de cefaléia primária, ou cefaléia crônica, de apresentação episódica ou contínua e de natureza disfuncional. Segundo Moskowitz (1984) a inflamação vascular é dependente de estímulos neurogênicos, os quais são conduzidos pelo ramo oftálmico do nervo trigêmeo.

A crise de enxaqueca é dividida didaticamente em quatro etapas, diferindo pela sua sintomatologia (figura 2). Na etapa premonitória, período anterior à dor de cabeça, sinais como desejo por determinados alimentos, bocejos, alterações de humor, cansaço e retenção de líquidos são comuns. Estruturalmente, esta etapa coincide com a vasodilatação de vasos cranianos (baixo fluxo sanguíneo cerebral, CBF - cerebral blood flow). Após esta etapa, ocorrem alterações na visão, como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão, linhas em zig-zag e pontos luminosos. Esse conjunto de sinais é denominado aura e costuma durar de 5 minutos até uma hora. Posteriormente, aparece a dor de cabeça, período mais incômodo e por vezes incapacitante da enxaqueca, a qual é iniciada com hipoperfusão dos vasos cranianos e é seguido por hiperperfusão. A dor pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sensibilidade ao barulho, cheiros e luz. Finalmente, ocorre a fase de resolução, onde o organismo tenta se recuperar da dor de cabeça intensa, podendo haver intolerância a alguns alimentos, dificuldade de concentração, dor muscular e fadiga.

acupuntura curitiba enxaqueca 2

Figura 2: Esquema ilustrativo da enxaqueca com aura. Modificado de Olesen J et al., 1981

(clique para ampliar)

A enxaqueca pode ser dividida em dois subtipos maiores: a migrânea sem aura - a mais comum - e a migrânea com aura. Então, para facilitar e padronizar os critérios de diagnóstico da enxaqueca, a IHS publicou, já em 1988, os dados contidos nas duas tabelas abaixo.

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Tabela 1: Critérios de diagnóstico da enxaqueca sem aura (IHS)

A. Pelo menos cinco ataques preenchendo os critérios de B a D.

B. Ataques de dor de cabeça com duração de pelo menos 4 a 72 horas (não tratada ou tratada sem sucesso).

C. Dor de cabeça com pelo menos duas das seguintes características:

1. Localização unilateral;

2. Qualidade pulsante;

3. Intensidade moderada ou severa da dor (inibe ou impossibilita atividades diárias);

4. Agravamento por (ou causando) repulsa de atividades físicas rotineiras (por exemplo, andar ou subir escadas);

D. Durante a dor de cabeça aparecer pelo menos um dos seguintes sintomas:

1. Náusea e/ou vômito;

2. Fotofobia e fonofobia;

E. Não for atribuído a outro distúrbio.

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Apesar da enxaqueca sem aura ser mais comum, a com aura parece incomodar muito mais e acomete cerca de 20 a 30% dos diagnosticados com enxaqueca

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Tabela 2: Critérios de diagnóstico da enxaqueca com aura (IHS)

A. Pelo menos dois ataques preenchendo o critério B.

B. Aura seguindo um dos critérios abaixo:

1. Sintomas visuais totalmente reversíveis, incluindo aspectos positivos (por exemplo, luzes piscando, manchas ou linhas);

2. Sintomas sensoriais totalmente reversíveis, incluindo aspectos positivos (por exemplo, alfinetes e agulhas) e/ou características negativas (dormência);

3. Distúrbio do discurso disfásico totalmente reversível;

4. Sintomas visuais homônimos e/ou sintomas sensoriais unilaterais;

5. Pelo menos um sintoma de aura desenvolvido gradualmente ao longo de, ao menos, 5 minutos e/ou diferentes sintomas de aura ocorrem em sucessão em 5 minutos ou mais;

6. Cada sintoma dura no máximo 60 minutos;

7. Disartria;

8. Vertigem;

9. Zumbido;

10. Hipoacusia;

11. Diplopia;

12. Sintomas visuais simultaneamente nos campos temporal e nasal de ambos os olhos;

13. Ataxia;

14. Diminuição do nível de consciência simultaneamente com parestesia bilateral

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O tratamento da enxaqueca é bastante difícil, pois envolve muitos pacientes não responsivos aos medicamentos utilizados como primeira escolha. A terapia medicamentosa pode ser dividida em sintomática aguda e profilática. Os triptanos, potentes agonistas de receptores de serotonina (subtipos 1B e 1D), parecem ser o “padrão ouro” na terapia de episódios agudos, com efetividade oral de 29 a 74% dos pacientes. Eles são indicados quando simples associações de analgésicos comuns não funcionam mais. O sumatriptano foi o primeiro medicamento desta classe utilizado para tratamento de ataques agudos de enxaqueca. O almotriptano, um medicamento mais recente desta classe, parece ser ainda mais eficiente que o sumatriptano nos ensaios pré-clínicos e clínicos. Esse parece aliviar a enxaqueca em aproximadamente 30 minutos.

Todavia, os maiores avanços no tratamento da enxaqueca foram na utilização de antagonistas dos receptores dos PRGC. A estimulação experimental do sistema trigeminovascular desencadeia liberação de PRPC, causando vasodilatação local e inflamação da parede dos vasos sanguíneos da dura-máter. Além disso, há níveis elevados destes peptídeos no sangue venoso da jugular externa durante ataques de enxaqueca.

Já existem medicamentos eficazes no tratamento da enxaqueca que interferem em canais iônicos, tais como valproato, topiramato, verapamil e lamotrigina. Além disso, drogas que bloqueiam a ativação das células gliais parecem ser promissores, como por exemplo, a naltrexona, a naloxona, a minociclina e o ibudilast.

Entretanto, como todos os outros medicamentos, os fármacos para tratamento da enxaqueca possuem efeitos colaterais e adversos e, alguns deles, preocupantes. Os antagonistas dos receptores dos PRGC têm se mostrado muito eficazes, seguros e com alta tolerabilidade. Entretanto, o uso destes tem acarretado aumento nos níveis de transaminases hepáticas em uma minoria de pacientes que tomam o medicamento duas vezes por dia por três meses.

O uso de agonistas dos receptores de serotonina, os triptanos, é limitado devido à potente atividade vasoconstritora deste neurotransmissor. Por isso, esta classe de medicamentos deve ser utilizada com muita cautela em pacientes com problemas cardiovasculares. Inclusive, estas drogas devem ser contraindicadas em pacientes com doenças cardíacas, prévio infarto do miocárdio, histórico familiar ou pessoal de ataque isquêmico transiente ou derrame, doença vascular periférica e pressão sanguínea alta não controlada.

Um estudo apresentado no 136º Encontro anual da American Neurological Association (ANA) demonstrou que aproximadamente 20% dos 1200 participantes com enxaqueca usam um ou mais triptanos mesmo tendo contraindicações cardíacas. Inclusive, a maioria dos pacientes que vieram a falecer por problemas cardíacos usavam triptanos. Portanto, fica bem clara a contraindicação dos triptanos para os pacientes que têm qualquer tipo de histórico e/ou problema cardiovascular. Para estes casos, há alternativas mais interessantes que os triptanos, tais como os anti-inflamatórios não-esteroidais, lembrando que doses baixas de ácido acetilsalicílico não têm efeito para enxaqueca e doses muito elevadas favorecem sangramentos e outros eventos adversos. Alternativas adicionais estão ancoradas ao uso de derivados ergóticos, opióides e barbitúricos.

Enquanto não há consenso sobre as verdadeiras causas e fisiopatologia da enxaqueca, todo e qualquer estudo será válido e muito bem-vindo pela comunidade científica e louvados pelos tantos milhões de pessoas ao redor do mundo que sofrem desse terrível mal.

Referências e fontes:

  • http://www.einstein.br/espaco-saude/doencas/Paginas/tudo-sobre-enxaqueca.aspx

  • http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4202.shtml

  • Graham JR, Wolff HG. Mechanism of migraine headache and action of ergotamine tartarate. Arch Neurol Psychiatry. 1938; 39:737-763;

  • Ray BS, Wolff WG. Experimental studies on headache. Pain-sensitive estructures of the head and their significance in headache. Arch Surg 1940; 41(4): 813-856;

  • Andersen AR, Friberg L, Olsen TS, Olesen J. Delayed hyperemia following hypoperfusion in classic migraine. Single photon emission computed tomographic demonstration. Arch Neurol 1988; 45(2):154-9;

  • Zwetsloot CP, Caekebeke JF, Ferrari MD. Lack of asymmetry of middle cerebral artery blood velocity in unilateral migraine. Stroke 1993;24(9):1335-8;

  • Sicuteri F, Testi A, Anselmi B. Biochemical investigation in headache: increase in hydroxyindolacetic acid excretion during migraine attacks. Int Arch Allergy 1961; 19: 55-59;

  • Moskowitz MA. The neurobiology of vascular head pain. Ann Neurol. 1984 Aug;16(2):157-68;

  • Olesen J, Tfelt-Hansen P, Henriksen L, Larsen B. Common migraine may not be initiated by cerebral ischemia. Lancet. 1981;II:438-440;

  • Headache Classication Committee of the International Headache Society. Classification and diagnostic criteria for headache disorders, cranial neuralgias and facial pain. Cephalalgia. 1988;8 (Suppl 7):1-96;

  • International Headache Society. Classification Migraine. http://ihs-classification.org/en/02_klassifikation/02_teil1/01.00.00_migraine.html

  • http://www.medscape.com/viewarticle/751484?src=mp&spon=30

Veja mais nos documentos complementares A , B e C

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ACUPUNTURA TRATA CEFALÉIAS E ENXAQUECA INFANTIL

ACUPUNTURA CURITIBA ENXAQUECA INFANTIL_

Crianças que sofrem com a popular dor de cabeça, ou mesmo enxaqueca conseguiram mais resultados no tratamento com as agulhas.

Os vários tipos de cefaléias e enxaquecas infantis, muitas vezes associados aos sintomas de outras doenças e distúrbios físicos e psicológicos, são verdadeiros desafios para se conseguir um diagnóstico preciso logo na primeira consulta médica. Identificar a enxaqueca na vida de uma criança encurta o caminho para conseguir um controle e até mesmo, em uma visão otimista, a cura desta doença que pode desencadear problemas no aprendizado e convívio social. Um caso de enxaqueca infantil que tardiamente foi identificado fez o médico acupunturista Hong Jin Pai refletir tanto nos vários casos de pacientes que procuram a acupuntura como uma última alternativa, quanto na necessidade de observar e examinar a criança para se ter um diagnóstico preciso. Seu paciente, um garoto de 10 anos de idade, filho de profissional da saúde, antes de recorrer à acupuntura, tomava antidepressivo e fazia tratamento psiquiátrico há três anos, quando vários médicos constataram que seu problema era um tipo de fobia social.

Geralmente quem fala pelas crianças durante as consultas médicas são os pais, no caso deste paciente, a mãe relatou que o diagnóstico da psicóloga que o tratava foi algo parecido com “ruptura de amor”. Durante as sessões, o menino referiu ter sintomas de náuseas, vômitos, irritabilidade e impaciência em permanecer na sala de aula, fato que ocorria já no início desta. Em razão do uso de antidepressivos e da inatividade física, o paciente adquiriu 15 quilos, e passou a ter dor na região lombar direita, resultando em uma diagnosticada “osteoartrite” do quadril, sendo indicado cirurgia de prótese do quadril direito. “Inicialmente, com exceção da cirurgia de quadril, eu não tinha dúvidas em relação ao diagnóstico, pois havia sido confirmado por vários colegas”, comenta Hong, incluindo que durante os exames físicos notou pontos dolorosos no trapézio direito, hipersensibilidade na área parietal direita e observou, também, que o menino apresentava algum incômodo em relação à luz da lâmpada da sala, chegando a confirmar a existência de sintomas de enxaqueca. Já que a enxaqueca pode ser hereditária, outra questão considerada para concluir o diagnóstico foi o fato da mãe também ser portadora de enxaqueca. O tratamento do menino iniciou com duas sessões semanais, e logo nas duas primeiras semanas já apresentou sensível melhora clínica para ser reduzido em uma sessão semanal durante as cinco semanas seguintes. Após um ano livre de tratamentos, o paciente encontra-se bem, iniciou atividade física e não apresenta mais sintomas de enxaqueca e dor lombar. Exames radiológicos e complementares para avaliar o quadril foram solicitados por questão de segurança, e constataram absoluta normalidade.

As agulhas têm a função de estimular a produção e liberação de substâncias que atuam no Sistema Nervoso Central. Com efeito antiinflamatório e relaxante muscular, a eficácia da acupuntura é em torno de 80%, sendo por isso um tratamento adequado para as enxaquecas e cefaléias em geral. Freqüentemente os relatos dos pacientes confirmam que a ocorrência de crises diminui muito ou até desaparece por um longo período do tempo. De acordo com a pediatra Marialda Hofling de Pádua Dias, responsável pelo Departamento de Acupuntura do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo (ICr-HC), a acupuntura pode controlar as crises de enxaqueca e até mesmo eliminá-las.“Há oito anos tive um paciente de 11 anos que sofria com crises de enxaqueca que chegavam aos limites da escala de dor. Essa história me surpreende porque ele nunca mais teve problemas”. Antes de receber 12 sessões de acupuntura, o garoto foi a vários prontos-socorros e, muitas vezes, os médicos suspeitaram que ele estivesse com meningite.

Para a pediatra e acupunturista Célia Faelli, além da história familiar de enxaqueca, que está presente em até 72% das crianças afetadas, algumas comorbidades como epilepsia, síndrome do intestino irritável, labirintopatia, depressão, transtorno bipolar, transtorno do pânico, fobia social podem estar relacionada com enxaqueca. Outros fatores de importância são os alimentares, alérgicos, ansiedade e tensão emocional e funcionam como agente desencadeador da enxaqueca. “Sabe-se também que muitas crianças enxaquecosas são perfeccionistas, extremamente exigentes de si mesmas. Ensinar-lhes novas maneiras de enfrentar os desafios e diminuir a cobrança é uma forma de ajudá-las”.

As técnicas de acupuntura para tratamento da enxaqueca, ou outras doenças, incluem a auriculoterapia com sementes para aquelas crianças que têm grande temor de agulha, ou como tratamento inicial até que se consiga conquistar a criança para inserir as agulhas especiais que são mais finas, flexíveis e com a ponta romba, muito diferente da agulha de injeção que é mais grossa, inflexível e com a ponta cortada em bisel. Dispensar um pouco de tempo para explicar o que a criança vai sentir e que tem a possibilidade de se retirar a agulha, caso o desconforto seja muito grande, deixa a criança mais receptiva para o tratamento. Geralmente, em crianças pequenas, as agulhas são inseridas, manipuladas e imediatamente retiradas. Já nas que têm mais idade, podem ser retidas por mais tempo. Com paciência, e uma boa técnica de inserção, a acupuntura é viável em crianças.

Os especialistas recomendam que a criança que tenha dor de cabeça mais de uma vez por mês seja avaliada por pediatra. Se necessário, ele a encaminhará ao neuropediatra. Sabe-se que algumas situações provocam a enxaqueca: estresse, nervosismo, excesso de exercícios físicos, distúrbio de sono e sol em excesso podem acioná-la. Também alguns componentes químicos incluídos em determinados alimentos provocam uma reação no cérebro e desencadeiam a dor. Pesquisas identificaram o nitrito, o glutamato e a tiramina como os vilões de enxaquecas causadas pela alimentação. A salsicha, por exemplo, contém nitrito, substância química usada em seu conservante. O glutamato está, entre outras coisas, em temperos e caldos prontos, como as utilizados na culinária japonesa e chinesa. E a tiramina é encontrada em chocolates e queijos brancos. Até o momento, não se sabe como, exatamente, essas substâncias agem desencadeando a crise. No caso da enxaqueca, porém, acredita-se que uma concentração anormal de neurotransmissores leva a mensagem de dor ao cérebro, mas sem um motivo físico concreto. Os tratamentos variam de acordo com a freqüência e a intensidade das crises. Quando fracas e espaçadas, um analgésico e algumas horas de sono resolvem. Mas quando fortes e em intervalos curtos de tempo, atrapalham o rendimento escolar e o lazer dos "baixinhos", o mais comum é a adoção de tratamentos que duram de três a seis meses, com medicamentos capazes de espaçar e amenizar as crises. Como a maioria dos medicamentos, esses remédios também têm efeitos colaterais como ganho de peso, sonolência, baixa pressão arterial e diminuição da freqüência cardíaca. Por isso, o tratamento deve ser acompanhado de perto pelos médicos.

A acupuntura é uma boa terapia para essa doença porque muitas medicações deixam os baixinhos com efeitos colaterais, e interferem nas atividades esportivas além de aumento exagerado de peso, já no tratamento com as agulhas não há efeitos indesejáveis.

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Entre as doenças mais difíceis de diagnosticar em crianças estão os vários tipos de cefaléias e enxaquecas.

A partir do caso ilustrado com o menino de 10 anos, o médico Hong Jin Pai teve as seguintes conclusões:

1. Infelizmente, a Acupuntura ainda é a “última opção” do paciente ou uma opção alternativa. Desse modo chegam com mais freqüência pacientes crônicos.

2. Os pacientes crônicos apresentam mais sintomas e mais doenças associadas, o que muitas vezes dificulta o tratamento, assim como o manuseio de medicamentos.

3. Há sempre a necessidade de confirmar o diagnóstico. E estes, por serem casos crônicos, tanto os sintomas quanto a evolução clínica podem confundir o médico.

4. Nesse caso específico de AJP, 10, os sintomas eram tipicamente de enxaqueca e só foi possível de identificá-la após uma inteiração maior com o garoto, valorizando seus relatos e não só os relatos da mãe.

Saiba mais sobre enxaqueca e cefaléias:

A enxaqueca atormenta 30 milhões de brasileiros, atingindo também as crianças. Não existem números precisos, mas a experiência no atendimento ambulatorial de grandes hospitais aponta que a incidência de enxaqueca entre as crianças de 6 anos chega a 4% entre os pacientes atendidos. Os médicos acreditam que os "baixinhos" com menos de 6 anos sofram com essa intensa dor de cabeça.

Geralmente só é possível realizar um diagnóstico preciso e explicar melhor os seus sintomas quando a criança está em idade escolar. Esse não é o único problema. Identificar corretamente a enxaqueca, muitas vezes, é um desafio também para os médicos, pois esta dor não tem uma causa orgânica, sendo de difícil tratamento. É um mal com o qual é preciso aprender a conviver.

A enxaqueca é uma dor latejante, que começa em um dos lados da cabeça, podendo ser acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal, hipersensibilidade à luz e aos sons, além de formigamento nos braços e pernas. Às vezes, enxergam-se estrelinhas ou o campo de visão fica limitado: pessoas e objetos são vistos pela metade. Em alguns casos, as crises podem durar até 72 horas. Mas esses incômodos não são iguais para todos os pacientes, levando a uma sucessão de consultas para se chegar ao diagnóstico correto. Visitas ao oftalmologista, otorrinolaringologista e ao dentista costumam ser as etapas iniciais da peregrinação para muitas crianças. Não há exames que detectem a enxaqueca e os médicos costumam diagnosticá-la a partir da exclusão de outras doenças.

A família pode ajudar a detalhar os hábitos, atividades e alimentação da criança. Importante informar se há parentes que sofram de enxaqueca, pois, de acordo com as estatísticas, 91% dos pacientes têm parentes com o mesmo problema; sendo na maioria casos de "herança" materna. A probabilidade dos filhos "herdarem" esse distúrbio é 12 vezes menor se, na família, o pai tiver enxaqueca.

CRÉDITOS: CENTRO DE ESTUDO INTEGRADO DE MEDICINA CHINESA

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ENXAQUECAS AUMENTAM RISCO DE DEPRESSÃO EM MULHERES

Enxaquecas aumentam risco de depressão em mulheres, diz estudo

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Na pesquisa, a maior parte das mulheres com enxaqueca teve depressão. Intensidade da enxaqueca não teve influência nos resultados.

Mulheres que sofrem ou já sofreram de enxaqueca correm maior risco de desenvolver depressão, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (22). A pesquisa será apresentada em abril durante o encontro anual da Academia Americana de Neurologia.

A pesquisa usou dados de mais de 36 mil mulheres sem depressão. Elas foram divididas em quatro grupos: as que têm enxaqueca com aura – uma distorção colorida na visão que ocorre em crises agudas –; as que têm enxaqueca sem aura; as que tiveram enxaqueca no passado e não sofreram crises por mais de um ano; e as que não têm histórico de enxaqueca.

Depois de 14 anos de acompanhamento das pacientes, a maioria das mulheres com enxaqueca desenvolveu depressão: foram 3.971 deprimidas, de um total de 6.456 pessoas.

A pesquisa concluiu que as mulheres com histórico de enxaquecas correm um risco 40% maior de desenvolver depressão, em comparação com as mulheres que nunca sofreram com o problema. A presença ou não da aura se mostrou irrelevante nesse aspecto.

Para o autor Tobias Kurth, do Hospital Brigham and Women's, em Boston, nos EUA, o estudo deve servir como um incentivo para que os médicos alertem suas pacientes com enxaqueca sobre a relação para que sejam encontradas maneiras de prevenir a depressão.

CRÉDITOS: Portal G1 em São Paulo

VOCÊ SOFRE DE ENXAQUECA OU CONHECE ALGUÉM QUE SOFRE DE ENXAQUECA? NOS LINKS ABAIXO ELENCAMOS INTERESSANTES ARTIGOS SOBRE COMO A ACUPUNTURA PODE AJUDAR!

 
ACUPUNTURA NO COMBATE À ENXAQUECA
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ACUPUNTURA NO COMBATE À ENXAQUECA

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Pesquisa confirma que Acupuntura é tão eficaz quanto medicamentos no combate à enxaqueca

Acupuntura é frequentemente utilizada para profilaxia, ou seja, para prevenção da enxaqueca crônica, mas sua eficácia ainda é controversa. Esta revisão representa uma versão atualizada de um artigo Cochrane originalmente publicado em 1, 2001, na Biblioteca Cochrane (The Cochrane Library) e confirma a eficácia do método tradicional da medicina chinesa no combate à enxaqueca.
RESUMO: Investigar se acupuntura é a) mais eficaz do que qualquer tratamento profilático de rotina; b) mais eficaz do que a "sham" acupuntura (placebo); e c) tão eficaz quanto outras intervenções para reduzir a frequência de cefaléia em pacientes com enxaqueca.
ESTRATÉGIA DE PESQUISA: Foram pesquisados os sites The Cochrane Pain, Palliative & Supportive Care Trials Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE and the Cochrane Complementary Medicine Field Trials Register, em Janeiro de 2008.


CRITÉRIOS DE SELEÇÃO: Foram incluídos ensaios randomizados com um período de observação de pelo menos oito semanas que compararam os efeitos clínicos de uma intervenção de Acupuntura com um controle (sem tratamento profilático ou cuidados de rotina apenas), com uma intervenção de sham Acupuntura (placebo) em pacientes com enxaqueca, ou com outro tipo de intervenção profilática.

MÉTODOS E ANÁLISES: Dois revisores verificaram a elegibilidade; extraíram informações sobre os pacientes, intervenções, métodos e resultados; e avaliaram os risco e qualidade da intervenção de Acupuntura.
Os resultados extraídos incluíram resposta (resultado de interesse primário), os ataques de enxaqueca, dias da enxaqueca, dias da dor de cabeça e o analgésico utilizado. As estimativas de efeito foram calculadas utilizando um modelo de efeitos aleatórios.
PRINCIPAIS RESULTADOS: Vinte e dois ensaios com 4.419 participantes (média de 201, mediana 42, variação de 27-1715) preencheram os critérios de inclusão.
Seis ensaios clínicos (incluindo os dois grandes ensaios clínicos com 401 e 1.715 pacientes) compararam Acupuntura com qualquer tratamento profilático ou rotina de cuidados apenas.
Após três a quatro meses, os pacientes que receberam Acupuntura tiveram maiores taxas de resposta e menos dores de cabeça. O único estudo com acompanhamento de longo prazo não encontrou nenhuma evidência que os efeitos se reduzam após nove meses do fim do tratamento.
O conjunto dos ensaios de Acupuntura demonstra melhores resultados e menos efeitos adversos quando relacionados aos tratamentos profiláticos toxicodependentes.
CONCLUSÃO DOS AUTORES: Na versão anterior desta revisão, os elementos de prova em apoio da Acupuntura para enxaqueca foram considerados promissores, mas insuficientes. Agora, com 12 ensaios adicionais, há provas consistentes de que a Acupuntura oferece benefícios adicionais para o tratamento de ataques da enxaqueca aguda e para cuidados de rotina.

Estudos disponíveis sugerem que a Acupuntura é pelo menos tão eficaz quanto, ou talvez mais eficaz que, tratamentos profiláticos toxicodependentes, e tem menos efeitos adversos. Acupuntura deve ser considerada uma opção de tratamento para pacientes que com este problema.

AUTOR(ES): Linde K, Allais G, Brinkhaus B, Manheimer E, Vickers A, White AR
TÍTULO: “Acupuntura para profilaxia da enxaqueca”

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VEJA TAMBÉM: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O TRATAMENTO DA ENXAQUECA PELA ACUPUNTURA (AUTOR: ROBERTO ALMEIDA – 2010 – EM PORTUGUÊS)

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ENXAQUECA

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O que é

Muitas vezes confundida com outras cefaleias, a enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que costuma provocar dores unilaterais e latejantes, acompanhadas na maioria das vezes de náuseas, vômitos e intolerância a sons, luz e cheiros fortes.

As crises tendem a aparecer ocasionalmente, com duração de quatro até 72 horas. Em casos extremos, a frequência pode ser diária.

Causas

A enxaqueca é uma doença multifatorial. Além do fator genético, o consumo de alimentos como queijos, embutidos, chocolate, café e adoçantes com aspartame, sono prolongado ou falta de sono, excesso de exposição ao sol, alterações de hormônios, tabagismo, odores fortes e a ingestão de bebida alcoólica podem desencadear uma crise. Transtornos de humor, como ansiedade e depressão, também podem frequentemente estar associados a um episódio de enxaqueca.

Incidência

A enxaqueca acomete 15% da população brasileira. Mais frequente no público feminino – só na região sudeste 30% das mulheres sofrem com as crises -, a doença é uma das principais causas de falta ao trabalho. A média é de quatro dias perdidos de trabalho por ano. Nos Estados Unidos, o custo estimado indireto por ano é de 13 bilhões de dólares. Por ser incapacitante – algumas pessoas não conseguem ficar em locais com luz ou barulho –, a enxaqueca influencia também as atividades familiares, sociais e escolares.

Sintomas

A crise de enxaqueca pode ser dividida em quatro etapas com sintomas distintos.

Na premonitória, o período anterior à dor de cabeça, é comum o desejo por determinados alimentos, como chocolate, alterações de humor, cansaço, bocejos e retenção de líquidos.

Depois vem a aura, que normalmente precede a crise, mas também pode ocorrer simultaneamente. Ela ocorre em 15 a 25% das enxaquecas, e se manifesta com alterações na vista como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão, linhas em “zig zag” e pontos luminosos que duram de cinco minutos a uma hora. Em casos raros podem acontecer auras sem dor de cabeça.

A etapa da cefaleia é o período mais incapacitante e incômodo da enxaqueca. A sensação é de dor de um lado da cabeça e latejamento que pioram com qualquer esforço físico. Além disso, náuseas, vômitos e sensibilidade a barulhos, luz e cheiros podem acompanhar a dor.

Por último vem a fase de resolução, que é a recuperação do organismo após a dor intensa de cabeça e se caracteriza por intolerância a alimentos, dificuldade de concentração, dor muscular e fadiga.

Diagnóstico

Não existem exames específicos para diagnosticar a enxaqueca. O diagnóstico é clínico, por meio da avaliação médica dos sintomas relatados pelo paciente.

Em alguns casos podem ser feitos exames para identificar se existem outros fatores interferindo na dor de cabeça e confirmar a suspeita de enxaqueca.

Tratamento e prevenção

O principal tratamento é a prevenção, com a adoção de medidas para evitar a manifestação das crises. Ele pode ser feito com medicamentos ou métodos não medicamentosos. As crises também podem ser combatidas com analgésicos de efeito rápido, reduzindo a dor.

Nos Estados Unidos já está sendo feito o tratamento com injeções de toxina botulínica, proporcionando o relaxamento dos músculos da cabeça e reduzindo a frequência dos episódios de enxaqueca.

Também é fundamental a adoção de hábitos saudáveis, como relaxamento, atividades físicas regulares, alimentação equilibrada e sono regular.

Fonte: Dr. Mario Peres, neurologista do Hospital Albert Einstein. Publicado em março de 2012.

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ENXAQUECA INFANTIL

Enxaquecas infantis são muitas vezes classificadas incorretamente como sinusite

ACUPUNTURA CURITIBA ENXAQUECA INFANTIL

Médicos dizem que dores de cabeça e enxaquecas estão entre as reclamações infantis mais comuns

É época de volta às aulas no Hemisfério Norte. Para muitas crianças, no entanto, é também a volta da estação da dor de cabeça.

Médicos dizem que dores de cabeça e enxaquecas estão entre as reclamações infantis mais comuns, e mesmo assim o problema recebe pouca atenção da comunidade médica. Muitos pediatras e pais veem as enxaquecas como um problema de adultos. E como muitas crianças reclamam de dores de cabeça com maior frequência durante o ano escolar do que no verão, os pais muitas vezes acham que elas estão apenas exagerando sintomas para escapar da escola.

A questão real, segundo os médicos, é que as mudanças na agenda de sono da criança, incluindo o ato de acordar cedo e dormir tarde para estudar, além de pular o café da manhã, não beber água suficiente e as mudanças climáticas, tudo pode desencadear enxaquecas quando começa o ano letivo.

“Em muitas regiões as pessoas simplesmente acham que seus filhos não podem ter uma enxaqueca”, disse o Dr. Andrew Hershey, professor de pediatria e neurologia e diretor do centro de cefaleia no Hospital Infantil de Cincinnati. “Mas as crianças não deveriam perder atividades ou ter problemas na escola porque estão com dores de cabeça. Se isso acontecer, não deve ser ignorado”.

A enxaqueca é uma condição neurológica hereditária, caracterizada por uma dor de cabeça severa e muitas vezes incapacitante. Durante um ataque de enxaqueca, diversas mudanças ocorrem no cérebro, causando dilatação de vasos sanguíneos, dor aguda, maior sensibilidade a luz, sons e cheiros, náuseas e vômitos, entre outros sintomas. Estima-se que aproximadamente 10% das crianças e até 28% dos adolescentes sofram de enxaqueca. (Alterações hormonais durante a puberdade também podem ser um gatilho.)

Mas a enxaqueca infantil muitas vezes não aparece da mesma forma que a adulta. Enquanto as enxaquecas adultas chegam a durar quatro horas ou mais, numa criança, a duração pode variar entre uma e até 72 horas. Em adultos, as enxaquecas geralmente ocorrem em um lado da cabeça, mas nas crianças as dores são frequentemente sentidas ao longo da testa e nas duas têmporas. Como resultado, as enxaquecas infantis são muitas vezes classificadas como sinusite.

Para complicar ainda mais, algumas vezes as enxaquecas pediátricas nem mesmo envolvem dores de cabeça. Em vez disso, a criança pode sentir dores abdominais, náuseas ou vertigens.

Apenas 20 centros norte-americanos são especializados em enxaquecas pediátricas, obrigando muitos pais a consultar pediatras com pouca experiência nesse tipo de tratamento – ou neurologistas especializados em tratamento adulto.

“A apresentação de sintomas é distinta o bastante para passar despercebida por um neurologista adulto”, explicou o Dr. Philip Overby, professor-assistente de neurologia e pediatria do Hospital Infantil em Montefiore, Nova York. “Crianças de três anos podem ter enxaquecas; até mesmo uma de cinco anos teria problemas em explicar o que está sentindo”.

Os pais frequentemente passam maus bocados distinguindo entre dores reais e males imaginários que as crianças às vezes inventam. Hershey conta a história de um garoto de seis anos com dores de cabeça diárias, cujos pais acharam que ele estava apenas tentando evitar a escola. Eles finalmente buscaram tratamento e, quando o menino estava na terceira série, as dores já estavam sob controle.

“Ele era um menino diferente, mais ativo e feliz o tempo todo”, contou Hershey. “Os pais perceberam que ele estava realmente sentindo dores de cabeça, mas estavam negando o fato”.

Porém, os pais também dizem lutar para encontrar um médico que encare a dor de cabeça de uma criança com seriedade. Quando a filha de Cathy Glaser começou a sofrer com enxaquecas, ainda bem nova, seu pediatra em Nova York não conseguiu ajudar. Aos 15 anos de idade, sua filha ficou praticamente incapacitada pelas enxaquecas – mas finalmente encontrou ajuda no Michigan Headache and Neurological Institute, em Chelsea, Michigan.

A experiência estimulou Glaser a ajudar na criação da Fundação de Pesquisa sobre Enxaqueca (Migraine Research Foundation). A iniciativa “Por Nossas Crianças” do grupo gera reconhecimento e verbas para pesquisas sobre a doença. O site do grupo, www.migraineresearchfoundation.org, também oferece uma lista de centros que atendem crianças.

“É chocante que um problema tão incapacitante receba tão pouca atenção”, disse ela. E alguns dos mais novos e eficazes tratamentos preventivos para enxaqueca ainda aguardam a aprovação da FDA (agência regulatória de alimentos e medicamentos nos EUA) para uso pediátrico. Por exemplo, uma classe de medicamentos para enxaqueca chamada triptans, que constringe vasos sanguíneos no cérebro, tem sido um salva-vidas para pacientes de enxaqueca, mas até agora apenas um dos remédios foi aprovado para uso pediátrico nos Estados Unidos. (Três remédios dessa classe já são aprovados para uso pediátrico na Europa.) Mesmo assim, muitos tratamentos adultos contra a enxaqueca já têm sido usados sem prescrição, há anos, em crianças.

Janet Podell de Highland Park, em New Jersey, conta que sua filha Hannah começou a sofrer de enxaquecas por volta dos oito anos. A dor foi ficando tão debilitante que Hannah perdeu dois anos de escola. Finalmente, a família encontrou um médico que prescrevia uma combinação de medicamentos. Embora Hannah, hoje com 20 anos, ainda tenha enxaquecas, as dores estão essencialmente sob controle.

“Foram dois anos de sofrimento absoluto, que mudaram drasticamente a sua vida e a da família”, disse Podell. “Ela perdeu dois anos de seu início de adolescência”.

Hershey trata pacientes pediátricos com uma abordagem de três pontos. Ela começa com um alívio imediato da dor, usando o ibuprofeno ou um medicamento triptan. Como o uso frequente de analgésicos de balcão pode gerar um efeito “rebote”, levando a mais dores de cabeça, o tratamento deve ser discutido com um médico.

Crianças que sentem mais de uma dor de cabeça por semana podem precisar de tratamento preventivo, como pequenas doses de antidepressivos ou anticonvulsivos que provaram evitar enxaquecas adultas. Mudanças no estilo de vida são essenciais, como fazer mais exercícios, consumir mais água, obter um tempo adequado de sono e não pular refeições.

“Essas são crianças que frequentemente ficam acordados até tarde para estudar, acordam cedo para ir à escola e estão sempre pulando refeições”, afirmou Overby. “Não vou dizer que você pode curar completamente as dores de cabeça apenas mudando o estilo de vida, mas se isso não for feito você nunca será capaz de controlá-las”.

CRÉDITOS: Tara Parker-Pope para o The New York Times.

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MASSAGEM PARA ALÍVIO DA ENXAQUECA

acupuntura curitiba enxaqueca 1

Grupo testa massagem que pode curar dores de cabeça

Pesquisa da USP cria técnica que reduz enxaqueca com massagem

Fisioterapia na região do pescoço ajuda a amenizar sintomas da doença.
Foco são mulheres com restrições a remédios, como gestantes.

Um grupo de pesquisadores da USP de Ribeirão Preto (SP) tem obtido evidências positivas com uma nova técnica que promete amenizar as dores da cefaleia, ou enxaqueca, por meio de massagens em pontos estratégicos do corpo. O foco do estudo são mulheres com restrições para tomar remédios, como gestantes.

Trabalhos de respiração e de circulação sanguínea na região do pescoço já se mostram eficientes na redução de sintomas como náuseas e rigidez muscular, segundo a coordenadora do projeto, Débora Bevilaqua Grossi, que dirige os testes a voluntárias de 18 a 55 anos dentro do Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas (CER-HC).

Alguns medicamentos são ministrados, de acordo com a pesquisadora, como forma de ajudar as respostas do organismo. "As pacientes precisam tomar remédio, porque o tratamento multidisciplinar é mais efetivo do que uma abordagem única", afirmou Débora, ressaltando que o estudo ainda não foi concluído.

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Tratamento contra enxaqueca consiste em sessões de 40 minutos

Depois de serem avaliadas, as pacientes são submetidas a um tratamento com duração de oito semanas, processo em que a pessoa vai aliviar as tensões musculares principalmente em volta do pescoço. "A fisioterapia não vai curar a enxaqueca, mas quer diminuir as sensações dolorosas que podem aumentar a dor de cabeça que elas sentem", disse Débora.

Cada sessão dura em média 40 minutos e é prescrevida duas vezes por semana. O trabalho inclui 15 minutos de respiração, cinco minutos de liberação mio facial – uma massagem suave sobre a pele -, seguida de dez minutos da chamada "massagem clássica", na região cervical e no músculo temporal – na lateral dos olhos.

Outros cinco minutos são dedicados à técnica denominada "digito compressão", em que a fisioterapeuta pressiona o dedo sobre o ponto que mais concentra dor até que a paciente se sinta aliviada. Por fim, a pessoa em tratamento é convidada a fazer alongamento.

Abandono dos remédios

A fisioterapeuta Maria Cláudia Gonçalves, que executa a massagem em caráter experimental, observa nas pacientes os primeiros resultados positivos a partir da segunda semana de tratamento.

Respostas do organismo que gradativamente evoluem de modo que quem sofra de cefaleia chegue a dispensar a ingestão de remédios que tomaria normalmente se não estivesse fazendo a terapia.

Além disso, as ocorrências de enxaqueca têm diminuído de três para um dia por semana, segundo Maria Cláudia. "O tratamento reduziu a frequência, a intensidade e a duração da dor", disse Maria Cláudia.

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Mulheres são submetidas a massagens na região do pescoço e cabeça, além de técnicas de respiração

CRÉDITOS DA MATÉRIA: Adriano Oliveira e Rodolfo Tiengo Do G1 Ribeirão e Franca. Fotos: Rodolfo Tiengo/ G1.

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ACUPUNTURA E ENXAQUECA

Acupuntura é terapia complementar mais indicada contra enxaqueca

Aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo é eficaz em 80% dos casos

Cerca de 20% da população da região Sudeste sofre com as dores de cabeça fortes e demais sintomas resultantes da enxaqueca, segundo estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cefaléia. Grande parte dessas pessoas aposta em terapias não convencionais para o tratamento da doença. O método mais indicado pelos médicos é a acupuntura. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) revelam que a aplicação de agulhas em pontos definidos do corpo é eficaz em 80% dos casos.

A neurologista Thais Villa explica que os tratamentos não convencionais devem ser um complemento ao uso do remédio.

A estudante Caroline dos Santos, 22 anos, foi diagnosticada com a doença há quatro anos. Na época, o médico orientou que, além de tomar os medicamentos indicados, a estudante procurasse a acupuntura, já que as dores vieram após uma lesão na coluna. “Os remédios já diminuíam as dores, mas quando comecei com a acupuntura, os resultados foram melhores ainda. Hoje, as dores são bem menores e fáceis de controlar”, falou.

O fisioterapeuta Juliano Wada também aplica as agulhas, mas essa é apenas uma das maneiras que ele encontra de tratar seus pacientes. Wada é especializado em osteopatia, técnica que visa restabelecer a função das estruturas e sistemas corporais, tratando diversas doenças por meio de intervenções manuais. “Primeiro é detectado a origem da dor e a partir disto são aplicadas uma série de técnicas fisioterapêuticas em cima do local, entre elas a acupuntura”, explica o osteopata.

 

ACUPUNTURA CURITIBA ENXAQUECA

Fisioterapeuta realiza a osteopatia nos pacientes junto com a aplicação das agulhas - Foto: Divulgação

 

O resultado não é imediato e são necessários alguns meses de tratamento. “O resultado dos meus pacientes é sempre positivo. No final, ocorre uma diminuição da intensidade e da frequência da enxaqueca”, contou.

É o caso do advogado Carlos Colombaro, que encontrou na osteopatia a solução para as crises que chegavam a durar mais de 24 horas e ainda causavam enjôo. “Após descobrir que a origem da dor era no pescoço, fiz sessões de massagem e acupuntura e até agora a melhora foi significativa”, disse.

  • Outra opção para aliviar as dores é a aplicação de botox, ainda recente no mercado. Ouça detalhes sobre o tratamento na entrevista com o neurologista Antônio Galvão.
  • Veja abaixo onde são aplicadas as injeções de botox para tratamento da enxaqueca

ACUPUNTURA CURITIBA ENXAQUECA 2

Fonte: Marcelo Ciciarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaléia / Folha.com

CRÉDITOS: AGLAUPE GRANA, LUIZA VIDAL, NATHÁLIA DE ANGELIS Especial para o RR Online

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ENXAQUECA REFRATÁRIA A MEDICAMENTOS DEBELADA COM 7 SESSÕES DE ACUPUNTURA – CASO CLÍNICO

ENXAQUECA REFRATÁRIA A MEDICAMENTOS DEBELADA COM 7 SESSÕES DE ACUPUNTURA – CASO CLÍNICO

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Paciente do sexo feminino, 32 anos, sofria de enxaqueca sem aura há dezoito anos. A dor concentrava-se na região occipital e frontal, principalmente, e era sentida desde o despertar até a hora de dormir. Deitar-se ou ficar de pé era indiferente.

Nos últimos dez anos as crises eram diárias. Medicamentos contra a dor eram ineficazes. Quando se apresentou para o tratamento, estava medicada com Tryptanol (amitriptilina). Histórico de um aborto espontâneo.

No exame da língua, esta se apresentava grande e pálida, indicando falta de Xue, Qi e vazio de Baço.

No exame do pulso direito, vazio em todas as posições (deficiência de Qi)

No exame do pulso esquerdo, fino e profundo e fraco (deficiência de Qi e Yang)

O diagnóstico diferencial apontou falta extrema de Xue, Qi, vazio de Baço e deficiência moderada de Yang.

O tratamento consistiu na tonificação do Baço, Rim, harmonização geral e neutralização dos pontos gatilho ativados nas costas.

1ª Sessão

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, F2. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: E36 ->VB34 (-> transfixado), PC6, IG4 (com rotações para a direita e para esquerda durante movimento de inspirar e expirar, três vezes), VC 6 -> VC4, F3, BP4.

Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, Tronco Cerebral, Zero.

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas.

2ª Sessão

A paciente relatou a ocorrência de três episódios de enxaqueca com baixa intensidade durante a semana. Não foi necessário ingerir analgésicos.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, Bafeng, Yu Yao, Tay Yang, VG20. Sedação nos pontos auriculares Yang F1 e F2. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R3, BP6, E36 ->VB34 (-> transfixado), TA 5, IG4 (com rotações para a direita e para esquerda durante movimento de inspirar e expirar, três vezes), VC 6 -> VC4, VC 17.

Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, Tronco Cerebral, Coração (orelha esquerda). Mesmos pontos na orelha direita com esferas de cristal.

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas. Gua-sha e ventosa deslizante nos pontos dorsais do meridiano da Bexiga.

Fitoterápico: Si Wu Tang.

3ª Sessão

A paciente relatou a ocorrência de apenas 1 episódio de enxaqueca com baixa intensidade no dia em que menstruou. Não foi necessário ingerir analgésicos.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, Yu Yao, Tay Yang. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R3, BP6, E36 ->VB34 (-> transfixado), TA 5, IG4 (com rotações para a direita e para esquerda durante movimento de inspirar e expirar, três vezes), VC 6 -> VC4.

Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, Tronco Cerebral, Baço (orelha esquerda). Mesmos pontos na orelha direita com esferas de cristal.

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas. Ventosa deslizante no ombro e escápula.

Fitoterápico: Si Wu Tang.

4ª Sessão

A paciente relatou a ocorrência de apenas 2 episódios de enxaqueca com baixa intensidade. Não foi necessário ingerir analgésicos. Relatou que o intestino está mais regular.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, TA5, Yu Yao, E7. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R3, BP4, BP10, E36 ->VB34 (-> transfixado), IG4 (com rotações para a direita e para esquerda durante movimento de inspirar e expirar, três vezes), VC 6 -> VC4.

Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, Tronco Cerebral, Baço (orelha esquerda).

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas. Ventosas fixas e deslizantes no ombro e escápula.

Fitoterápico: Angelica archangelica, gengibre e ginseng.

5ª Sessão

A paciente relatou a ocorrência de apenas 1 episódio de enxaqueca com baixa intensidade que logo desapareceu.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, Yu Yao. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R3, BP4, ID5, E36 ->VB34 (-> transfixado), IG4 (com rotações para a direita e para esquerda durante movimento de inspirar e expirar, três vezes), VC 6 -> VC4.

Aplicação de Sei-Fa com 4 agulhas nos pontos gatilho dorsais.

Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, Tronco Cerebral, Baço (orelha esquerda).

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas.

Fitoterápico: Angelica archangelica, gengibre e ginseng.

6ª Sessão

A paciente relatou a ocorrência de apenas 1 episódio de enxaqueca com baixa intensidade que atribuiu ao ar condicionado do trabalho.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R7, Yintang, P7, E36 ->VB34 (-> transfixado), IG4 (mão direita), F3 (mão esquerda).

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas e também na região occipital.

Fitoterápico: Angelica archangelica, gengibre e ginseng.

7ª Sessão

A paciente passou a semana sem dor.

Pontos de sedação: VB14, VG17, VG 16, B9, B10, VB 12, VB20, VB19, TA17, TA15, ID15, ID14, B41, B42, Tai Yang. Método picar-tirar.

Pontos de tonificação: R3, BP6, C7, E36 ->VB34 (-> transfixado), IG4 (mão esquerda), F3 (mão direita). Aurículoacupuntura: Shen Men, Rim, Simpático, C, Pulmão direito (orelha esquerda).

Tens modo acupuntura por 30 minutos nos pontos Ashi do ombro e escápulas.

An-Ma: manobras nas costas para eliminação de contraturas.

Ventosa deslizante no canal da bexiga (dorsal).

Magneto no VC17. Aplicação de esparadrapo no ombro.

Fitoterápico: Angelica archangelica, gengibre e ginseng.

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Após a sétima sessão a paciente entrou no período de manutenção com duas sessões quinzenais, duas mensais e sessões posteriores por ocasião das mudanças de estação pra fortalecer e harmonizar o organismo.

Após a sétima sessão os episódios de cefaléia foram esporádicos e de baixa intensidade, logo desaparecendo sem recorrer a analgésicos.

Se você, ou uma pessoa que você ama, sofre com problemas de saúde de difícil solução e fica vagando por vários profissionais que às vezes não lhe dispensam a atenção que você quer e precisa ou, por outro lado, faz tratamentos longos e caros sem experimentar uma melhora, talvez seja a hora de você se consultar com um ACUPUNTURISTA!

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PANORAMA ATUAL DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM ACUPUNTURA

trabalho científico acupuntura curitiba
Hong Jin Pai*
Jorge Kioshi Hosomi **
Até os anos 1970, a acupuntura era vista pela comunidade científica mundial com certo ceticismo. Escassos periódicos sobre o tema conseguiram indexação na MEDLINE e PUBMED . Dentre eles destacam-se a The American Journal of Chinese Medicine, a Acupuncture & Electro-therapeutics Research (ambas dos EUA) e o Journal of Traditional Chinese Medicine de Beijing .
Nos anos 90, após o reconhecimento de sua eficácia e compreensão dos mecanismos de ação, começas a ter atenção da literatura científica. Surgiram periódicos como: o Acupuncture in Medicine da British Medical Acupuncture Society , publicando artigos sobre acupuntura em revistas de ciências básica e clínica. Entretanto, ao analisar os trabalhos realizados, observa-se que o Ocidente procura impor um modelo de pesquisa científica, mas no Oriente (China) seguia com padrão da Medicina Tradicional Chinesa ( MTC ).
Na Inglaterra, em 2001, um grupo internacional de pesquisadores propôs um modelo de pesquisa em acupuntura respeitando alguns padrões para facilitar a interpretação e análise de ensaios7 . Foram estabelecidas recomendações denominadas STRICTA ( STandards for Reporting Interventions in Controlled Trials of Acupuncture). Porém, na China foi feito esforço a fim de promover integração com a medicina ocidental. De 2000 a 2004, o National Natural Science Foundation of China financiou 160 projetos de pesquisa com a finalidade de integrar teorias da MTC com a Medicina Moderna13 . Consequentemente , revistas foram editadas como o Journal of Chinese Integrative Medicine de Shangai , entre outras.
Nos últimos seis anos houve aumento significativo na produção científica mundial sobre a acupuntura; prova disto são as citações sobre acupuntura indexadas na National Library of Medicine dos EUA ( PUBMED ) 8 . Nas décadas de 80 e 90 houve média de 300 referências por ano e nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2004 foram, respectivamente 435, 509, 527 e 585 referências sobre acupuntura. Em 2005 e 2006 a PUBMED indexou 782 citações sobre acupuntura, significando aumento de aproximadamente 35% em relação a 2004. Esse aumento se deve, em parte, pela inclusão da revista Zhongguo Zhen Jiu ( Chinese Acupuncture & Moxibustion ) nos Index Medicus , Medline e Pubmed . É revista específica de acupuntura e moxibustão de Beijing publicada desde 1981. Infelizmente os textos são em chinês, dificultando o acesso ao seu conteúdo.
O interesse progressivo pela acupuntura nos centros mundiais de pesquisa e entidades de saúde governamentais em anos recentes , demonstra que a acupuntura vem ganhando cada vez mais espaço e credibilidade no meio biomédico do Ocidente.
A análise superficial de temas investigativos desenvolvidos na China nos últimos dois anos destacam -se pesquisas bioquímicas e neurofisiológica da acupuntura e ensaios clínicos de paralisia facial, asma, TPM , depressão, reabilitação, obesidade, doenças reumatológicas entre outras. A maioria segue critérios de avaliação validados pela medicina ocidental.
Guo e cols . 3 do Tiangin College of Traditional Chinese Medicine ( TCM ) recomendam aos pesquisadores pensarem de modo científico, ou seja, testar e verificar o efeito do tratamento, reavaliar as teorias clássicas, considerar os mecanismos de ação com objetivo de melhorar a eficácia da técnica de acupuntura e moxibustão . Sun , Wang e Zhang11 , 12 de Shandong , analisaram a literatura antiga e atual e compararam as diferenças da profundidade do agulhamento , unidade de medida e descrição dos métodos de tratamento. Recomendam uma padronização de técnicas para assegurar agulhamento preciso e promover linguagem uniforme internacionalmente.
Ma e Zhu6 da Beijing University of TCM revisaram a influência do fator tempo na sessão de acupuntura, duração da retenção da agulha e seqüência de agulhamento . Esses fatores deveriam ser considerados tanto na elaboração de modelos de tratamento em acupuntura baseados em evidência como também na orientação do tratamento clínico.
Em 2006, o destaque no Ocidente foi a publicação de resultados de ensaios multicêntricos na Alemanha envolvendo um grande número de pacientes. Neste país, a acupuntura é realizada principalmente por médicos. Antes de 2000, a acupuntura era parcialmente paga por companhias de seguro de saúde. Com o aumento da demanda o Comitê Federal de Médicos e Seguradoras de Saúde, em 2000, recomendou condução de pesquisas em acupuntura de grande escala para síndromes dolorosas14 . Assim a acupuntura poderia ser reembolsada somente se os pacientes participassem de um dos ensaios. Resumos de pesquisas em cefaléia, osteoartrite de joelho, lombalgia e cervicalgia são descritas a seguir.
Eficácia da acupuntura para a profilaxia de enxaqueca: um ensaio multicêntrico , controlado e randomizado ( Diener e col . 2) – o objetivo do ensaio foi avaliar a eficácia de um procedimento parcialmente padronizado de acupuntura ( ACP ) verdadeira de acordo com os critérios da MTC em comparação com ACP sham e tratamento padrão com medicamentos profiláticos para enxaqueca. Foi feita a avaliação do índice de redução de dias com enxaqueca foi após 26 semanas do início do tratamento. Os pacientes com 2 a 6 crises de enxaqueca por mês foram randomizados em 3 grupos: ACP verdadeira ( n=313 ), ACP sham ( n=339 ) ou tratamento padrão ( n=308 ). Os pacientes receberam 10 sessões de ACP em 6 semanas ou profilaxia contínua com medicamentos. A avaliação principal foi a diferença dos dias com enxaqueca entre 4 semanas antes e 23-26 semanas após a randomização . Dos 1295 pacientes selecionados, 960 foram randomizados para o tratamento. Logo após a randomização , 125 pacientes (106 do grupo padrão) abandonaram o ensaio. Houve redução de 2,3 dias de enxaqueca no grupo ACP verdadeira, 1,5 dias no grupo ACP sham e 2,1 dias no grupo terapia padrão. Estas diferenças foram estatisticamente significativas comparadas com a linha de base ( p<0 ,0001) mas não entre os grupos de tratamento. A proporção de pacientes responsivos, definido como pacientes com uma redução de dias com enxaqueca de pelo menos 50%, 26 semanas após a randomização , foi de 47% no grupo ACP verdadeira, 39% no grupo ACP sham e 40% no grupo padrão. Os autores concluem que não houve diferença nos tratamentos com ACP sham , verdadeira ou terapia padrão.
Acupuntura e osteoartrite de joelho ( Scharf e col . 10) – o objetivo do ensaio foi avaliar a eficácia e segurança da acupuntura tradicional chinesa ( ATC ) comparada com ACP sham ( agulhamento em pontos definidos que não eram de ACP ) e com terapia conservadora em pacientes com dor crônica devido à osteoartrite de joelho. Foram alocados 320 médicos acupunturistas com pelo menos 2 anos de experiências com ACP . O ensaio incluiu 1007 pacientes com dor crônica por pelo menos 6 meses devido à osteoartrite do joelho (critério do American College of Rheumatology e 2 ou 3 dos critérios de Kellgren-Lawrence ). As intervenções foram até 6 sessões de fisioterapia e antiinflamatórios se necessário, mais 10 sessões de ATC , 10 sessões de ACP sham ou 10 consultas médicas durante 6 semanas. Os pacientes poderiam solicitar até 5 sessões adicionais ou consultas se o tratamento inicial fosse parcialmente satisfatório. Foi considerada como medida de bom resultado uma melhora de pelo menos 36% no índice Western Ontário and McMaster Universities Osteoarthritis ( WOMAC ) em 26 semanas. Bons resultados foram obtidos em 53,1% para ATC , 51,0% para ACP sham e 29,1% para tratamento conservador. Não houve diferença significativa entre a ATC e a ACP sham . Os autores concluem que comparado com fisioterapia e antiinflamatórios se necessário, a inclusão de ATC ou ACP sham promove uma melhora nos índices WOMAC em 26 semanas. Não se observou diferença estatística significativa entre a ATC e a ACP sham .
Acupuntura em pacientes com lombalgia crônica ( Brinkhaus e col . 1) – o objetivo foi avaliar a eficácia da ACP comparada com ACP mínima e sem ACP em pacientes com lombalgia crônica. Os pacientes foram randomizados para tratamento com ACP , ACP mínima ( agulhamento superficial em pontos que não eram de ACP ) ou lista de espera (controle). A ACP e ACP mínima foram administradas por médicos acupunturistas especializados em 30 ambulatórios e consistia de 12 sessões por paciente durante 8 semanas. Os pacientes preencheram questionários padronizados na linha de base e em 8, 26 e 52 semanas após a randomização . A intensidade da lombalgia foi determinada com uma escala visual analógica (0-100 mm). Foram incluídos 298 pacientes (67,8% mulheres, 59+9 anos). Entre a linha de base e a semana 8 , a intensidade da dor decresceu 28,7 mm no grupo ACP , 23,6 mm no grupo ACP mínima e 6,9 mm no grupo lista de espera. A diferença para a ACP vs ACP mínima foi de 5,1 mm ( P=0 ,26) e a diferença para ACP vs lista de espera foi 21,7 mm ( P<0 ,001). Também nas semanas 26 ( P=0 ,96) e 52 ( P=0 ,61), a dor não se mostrou significantemente diferente entre a ACP e ACP mínima. Os autores concluem que a ACP é mais efetivo na melhora da dor que no grupo controle em pacientes com lombalgia crônica, embora não houvesse diferenças significativas entre a ACP e ACP mínima .
Ensaio randomizado pragmático avaliando a efetividade clínica e econômica da acupuntura para lombalgia crônica ( Witt e col . 14) – Ensaio controlado e randomizado mais um estudo de coorte não randomizado , investigou-se a efetividade e custos da acupuntura ( ACP ) acrescidos dos cuidados de rotina no tratamento de lombalgia crônica. Em 2001, pacientes alemães com lombalgia crônica foram alocados em um grupo ACP o um grupo controle. Pacientes que não consentiram a randomização foram incluídos em um grupo ACP não randomizado . Todos os pacientes puderam receber cuidados médicos de rotina junto com a ACP . Função lombar ( Hannover Functional Ability Questionnaire ), dor e qualidade de vida foram avaliadas na linha de base e após 3 e 6 meses, e custo-efetividade foi analisado. De 11.630 pacientes, 1.549 foram randomizados para o grupo ACP e 1.544 para o grupo controle; 8.537 foram incluídos no grupo ACP não randomizado . Após 3 meses, a melhora da função lombar foi mais pronunciada no grupo ACP em relação ao grupo controle (p < 0,001). Os pacientes não randomizados tinham sintomas mais severos na linha de base e apresentaram melhora na função lombar similar aos pacientes randomizados . Concluem que a ACP associada aos cuidados de rotina , resultou em um benefício clinicamente relevante e foi custo-efetiva entre os pacientes com lombalgia crônica de centros de atenção primária na Alemanha. Assim, a ACP deveria ser considerada uma opção viável no manejo de pacientes com lombalgia crônica.
Acupuntura para pacientes com cervicalgia crônica ( Witt e col . 15) – A acupuntura ( ACP ) é muito utilizada para pacientes com cervicalgia , porém há uma carência de informação a respeito de sua efetividade em cuidados médicos de rotina. O objetivo deste ensaio foi investigar a eficiência da ACP conjuntamente à assistência de rotina em pacientes com cervicalgia crônica comparada ao tratamento de rotina somente. Os autores conduziram um ensaio multicêntrico controlado e randomizado mais um estudo de coorte não randomizado na Alemanha. Foram alocados 14.161 pacientes com cervicalgia crônica (duração > 6 meses). Os pacientes foram randomicamente alocados para um grupo ACP ou um grupo controle que não recebeu ACP . Os pacientes no grupo ACP receberam até 15 sessões de ACP em 3 meses. Pacientes que não aceitaram a randomização receberam tratamento por ACP . Todos receberam o tratamento médico usual. Cervicalgia e incapacidade (Escala NPAD de Wheeler ) foram avaliadas na linha de base, 3 e 6 meses. Dos 14.161 pacientes, 1.880 foram randomizados para ACP , 1.886 para o controle e 10.395 no grupo ACP não randomizado . Na avaliação de 3 meses houve melhora significativa da cervicalgia e incapacidade no grupo ACP em relação ao grupo controle. A melhora se manteve na avaliação de 6 meses. Os pacientes não randomizados também apresentaram melhora significativa. Os autores concluem que a inclusão da ACP nos cuidados de rotina nos pacientes com cervicalgia crônica resulta em benefício clinicamente relevante. A ACP poderia ser considerada como uma opção viável para esses pacientes.
A produção científica mundial em acupuntura tem crescido em quantidade e qualidade. O volume crescente de ensaios que avaliam a eficácia da ACP em diversas condições clínicas conduzirá a uma revisão do status de sua efetividade. Ensaios de laboratório trazem mais informações a respeito dos mecanismos de ação da ACP . Destaca-se o aumento no número de trabalhos que utilizam técnicas de imagem para esclarecer os possíveis mecanismos. O desenvolvimento dessas técnicas, como a tomografia de emissão de positron ( PET ) e imagem por ressonância magnética funcional ( fMRI ), permite detectar modificações na atividade cerebral em resposta a um estímulo de maneira não-invasiva 4,5,9,16.
Avanços recentes nas pesquisas em acupuntura propiciaram melhor aceitação e integração da ACP na prática médica no Ocidente.
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Referência Bibliográfica
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* Pós-graduado em Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura pela Universidade de Pequim. Médico responsável pelo atendimento de Acupuntura do Centro de Dor do Hospital das Clínicas da FMUSP . Coordenador dos Cursos de Especialização de Acupuntura do Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa ( CEIMEC ). Diretor Científico da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura ( SMBA ).
** Médico colaborador no Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor do Hospital das Clínicas da FMUSP .
Diretor Científico da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura de São Paulo ( SMBASP ). 

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.