NÓ DE CACHORRO: ESPÉCIE DE USO MEDICINAL

acupuntura curitiba fitoterapia chinesa e brasileira

Nó-de-cachorro (Heteropterys tomentosa A. Juss.): espécie de uso medicinal em Mato Grosso, Brasil

RESUMO

Neste estudo é apresentada uma revisão sobre nó-de-cachorro (Heteropterys tomentosa A. Juss.), espécie de uso medicinal em Mato Grosso. São abordadas as características da espécie com a descrição da planta, hábitat, distribuição geográfica, ecologia, fenologia e biologia reprodutiva, propriedades químicas e farmacológicas. Os aspectos como a etnobotânica (uso e partes usadas), formas de exploração atual e informações sobre cultivo são discutidos.

Palavras-chave: Malpighiaceae, conservação, cultivo, etnobotânica, cerrado, plantas medicinais

NOTA DO SITE: selecionamos para publicação apenas os aspectos referentes à identificação da espécie, etnobotânica, parte usada e formas de uso e fitoquímica e farmacologia. Entretanto, disponibilizamos no final um link para baixar o artigo completo em pdf.

Identificação da espécie

A primeira descrição sobre o uso como afrodisíaco de "nó-de-cachorro" foi realizada em 1920 por Hoehne, com a afirmação: "Este material goza da fama de ser altamente estimulante e afrodisíaco razão pela qual o vendem em doses verdadeiramente homeopáticas e por preço elevado". Na época havia a sugestão que tal espécie pudesse ser Davilla rugosa Poir., da família Dilleniaceae. Hoehne (1920) relatava ainda: "Para os mesmos fins e com idêntico nome vulgar usam, em Mato Grosso, o caule e as raízes de uma Malpighiaceae". A partir de 1929, o professor Othon Machado trabalhou na identificação botânica do "nó-de-cachorro", conseguindo obter amostras floridas somente em 1948, originárias do Estado do Mato Grosso (Marques et al., 2007).

Machado (1949) observou que a espécie pertencia ao gênero Heteropterys Kunth (Malpighiaceae) e concluiu tratar-se de uma espécie nova, classificando-a como H. aphrodisiaca Machado e a definindo como "planta medicinal, útil principalmente como afrodisíaco e contra o esgotamento nervoso". Mais recentemente Araújo et al. (2010) classificaram a espécie como Heteropterys tomentosa A. Juss.

Segundo Corrêa (1984), as espécies do gênero Heteropterys podem ser encontradas nos Estados de Mato Grosso, Goiás e São Paulo. As raízes de H. tomentosa são irregulares com partes engrossadas e constrições, de onde advém o nome popular, por semelhança ao pênis canino (Figura 1).

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Etnobotânica

A referência mais antiga sobre o uso popular de H. tomentosa é de Hoehne (1920), que cita propriedades tonificantes e reprodutivas. Machado (1949) também confirma este uso: "planta medicinal útil principalmente como afrodisíaca e contra o esgotamento nervoso". A espécie tem potencial ornamental e é forrageira casual (Pott & Pott, 1994).

O potencial medicinal das folhas e das raízes vem sendo registrado pela população matogrossense nos tratamentos de várias enfermidades. As raízes são utilizadas na forma de maceração em bebidas alcoólicas. H. tomentosa é usada para ácido úrico, como afrodisíaca, em debilidades nervosas, como depurativa, anti-desintérica, doenças venéreas, males oftálmicos (catarata e conjuntivite), males uterinos, tônica, fortalecimento muscular e eczemas na pele (Pott & Pott, 1994; Guarim Neto, 1996).

Diversas propriedades medicinais são relatadas, como as tonificantes (Hoehne, 1939), reprodutivas (Hoehne, 1939; Morais, 2003), circulatórias (Jorge, 2001; Morais, 2003), digestivas (Morais, 2003), nervosas (Machado, 1949; Morais, 2003). Mas até os dias atuais, porém, apenas estão comprovadas as propriedades no sistema nervoso, através de trabalhos de pesquisa realizados por Galvão et al. (2002) sobre o efeito farmacológico e toxicológico dessa espécie em roedores jovens e idosos; como cicatrizante em ratos ulcerados (Palazzo, 2000), e como afrodisíaco, por meio de testes em ratos de três faixas etárias, constatando efeito estimulante sobre os mais idosos (Santos & Carlini, 2000). Estes autores por meio de testes com ratos de três faixas etárias aplicaram dosagens de extrato liofilizado de nó-de-cachorro e concluíram que no grupo de ratos mais idosos os resultados foram estimulantes.

Parte usada e formas de uso

A maioria das publicações sobre H. tomentosa cita o uso de raízes e menos frequentemente as folhas. Em revisão feita pelos autores do presente trabalho verifica-se que diferentes agravos de saúde são tratados com a planta (Tabela 1).

Em estudo conduzido por Macedo & Ferreira (2004) em sete comunidades ribeirinhas e seis rurais (Tabela 2), verificou-se quatro formas de uso de H. tomentosa, sendo mais comum usar pedaços de raízes.

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(clique para ampliar)

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(clique para ampliar)

As quatro principais formas de uso são:

1) Maceração em aguardente e vinho sendo o primeiro com 12 e o segundo com 11 citações, respectivamente indicados como afrodisíaco e depurativo do sangue. Esta forma é frequentemente encontrada nos bolichos (pequenos armazéns das comunidades). Todavia, a maceração em vinho é com frequência armazenada e consumida nas residências por mulheres, por apresentar menor teor alcoólico;

2) Chá por decocto obteve sete citações sendo o maior número (5) nas comunidades rurais e duas nas ribeirinhas, indicado para agravos como diabetes, diarréia, gripe, infecções intestinais e renais;

3) Macerada por meio de pedaços de raízes amassadas e colocadas em água para curtir. Esta é a técnica com maior uso, três em comunidades ribeirinhas e duas em rurais. É nestes locais indicada como tônico, principalmente para os pescadores ou trabalhadores rurais, para atividades diárias. Entretanto, este tipo é também citado para os agravos de ulcerações na pele e processos diarréicos sendo este último extensivo aos animais domésticos e ao gado Vacum. É interessante observar que em estudos farmacológicos recentes Palazzo et al. (2000) comprovaram com grupos de ratos ulcerados, a eficácia cicatrizante de pomada de H. tomentosa para ulcerações na pele;

4) Banho com folhas em decocção foi citado em cinco comunidades sendo três rurais e duas ribeirinhas nas seguintes condições: a) quando morno, para o fortalecimento muscular de crianças e idosos, aplicado nos membros inferiores, envolvendo-os com faixa durante o período noturno; b) frio, para lavar os olhos nos tratamentos alternativos de catarata e conjuntivite.

Fitoquímica e farmacologia

Estão presentes nas raízes polifenóis, taninos condensados, e hidrossolúveis, alcalóides, glicosídeos flavônicos e glicosídeos aromáticos simples, glicosídeos cardiotônicos e saponinas (Marques et al., 2007; Barata, et al., 2009). O isolamento de substâncias fenólicas do extrato total de H. tomentosa foi feito por cromatografia em coluna, onde foram isoladas três substâncias identificadas como sendo dihidroflavonóides astilbina, neoastiobina e isoastiobina (Marques et al., 2007).

A atuação de H. tomentosa no sistema nervoso de roedores jovens e idosos foi constatada Galvão et al. (2002) que avaliaram os efeitos do extrato desta droga (extrato liofilizado BST-0298 - Patente requerida #PI9803518-5) sobre a aprendizagem e memória, obtendo-se a melhora significativa dos animais tratados avaliados nos modelos de esquiva passiva e labirinto em "T" (discriminação direita esquerda). O efeito cicatrizante foi verificado em ratos ulcerados por Palazzo (2000) e o efeito afrodisíaco sobre ratos idosos por Santos & Carlini (2000), que verificaram melhoria na memória dos ratos tratados com dose de 50 mg kg-1 do extrato BST0298. Outro efeito do extrato liofilizado se refere ao aumento na atividade antioxidante em estresse oxidativo e defesas antioxidantes em cérebros de ratos jovens e idosos, medidos por meio do teste da lipoperoxidação in vitro (Mattei et al., 2001). Recentemente, Roman-Júnior et al. (2005) isolaram novo nitrocomposto [2,3,4,6-tetra-O-(3-nitropropanoíla)- O-b-D-glucopiranosídeo] das raízes de H. tomentosa, com comprovada atividade antibacteriana. Esta mesma substância demonstrou ter moderada atividade antiviral contra poliovírus tipo 1 e herpes vírus bovino tipo 1 (Melo et al., 2008).

CRÉDITOS: Coelho, M.F.B., ; Jorge, S.A.; Macedo, M.; Nogueira Borges, H.B.; Spiller, C. Rev. bras. plantas med. vol.13 no.4 Botucatu  2011. Para acessar as referências e o artigo completo em PDF, CLIQUE AQUI.

 

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NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.

ACUPUNTURA E PARALISIA FACIAL: RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA

acupuntura curitiba paralisia facial

Recomendações baseadas em evidências para a prática da Acupuntura no tratamento da Paralisia Facial Periférica (PFP)

Resumo

O objetivo dos autores foi analisar os tratamentos utilizados em ensaios clínicos randomizados de alta qualidade para identificar semelhanças de abordagens terapêuticas e, posteriormente, apresentar recomendações para um procedimento padrão de Acupuntura para a PFP. Os autores pesquisaram ensaios controlados e randomizados em chinês e inglês nos bancos de dados MEDLINE (Janeiro de 1966 a Outubro de 2007), EMbase (Janeiro de 1980 a Outubro de 2007), Chinese Biomedical Database (Janeiro de 1978 a Outubro de 2007) e China National Knowledge Infrastructure (Janeiro de 1979 a Outubro de 2007)

Avaliados de forma independente por dois observadores, 33 de 386 artigos originalmente identificados foram finalmente incluídos. A informação a ser extraída a partir desses artigos concentrou-se sobre a seleção dos meridianos e dos pontos de acupuntura, tipos de estimulação e a duração do tratamento.

De um modo geral, quando se trata de PFP, as melhores opções são os acupontos:

Dicang (E4),

Xiaguan (E7),

Jiache (E6),

Chengjiang (VC24),

Yingxiang (IG20),

Quanliao (ID18),

Yifeng (TA17),

Yangbai ( VB14),

Sibai (E2),

Fengchi (VB20),

Shuigou (VG26),

Yuyao (EX-HN4),

Hegu (IG4).

Recomenda-se estimulação manual ou eletro-acupuntura combinadas com moxabustão. Sugere-se um tratamento de uma sessão por dia e dez sessões consecutivas, com intervalo de descanso de 2 a 5 dias entre um curso e outro do tratamento. O tratamento comporta 20 a 40 sessões no total.

CRÉDITOS: Zheng H, Li Y, Chen M. Evidence based acupuncture practice recommendations for peripheral facial paralysis. Am J Chin Med. 2009;37(1):35-43. PARA BAIXAR O PDF DO ARTIGO COMPLETO CLIQUE AQUI. Tradução e adaptação Roberto Almeida.

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ACUPUNTURA: SUPORTE PARA RECUPERAÇÃO E BEM-ESTAR

acupuntura curitiba

Prática é utilizada na estimulação de pontos localizados em músculos, tendões e ligamentos

Técnica é particularmente eficaz em problemas comuns como nas coxas e panturrilha

A técnica que pode amenizar as dores e prevenir lesões está sendo considerada mais um recurso que pode fazer a diferença. É cada vez mais comum o uso da acupuntura no tratamento de atletas com objetivo de aliviar a dor. Nos dias de hoje, o método ganhou grande interesse da área esportiva, tornando-se mais uma alternativa para acelerar a recuperação física pós-treinamento, prevenir lesões, aliviar dores musculares durante e pós-competições e tratar possíveis lesões.

Com o excesso de treinos e jogos, a parte física é sobrecarregada e prejudicada. Apesar da prevenção dos médicos e preparadores, cada atleta tem predisposição a alguns problemas, porém a grande maioria sofre lesões ou desconfortos musculares. A acupuntura é particularmente eficaz em problemas comuns como nas coxas e panturrilha, lombalgias, tendinites no joelho e calcanhar, canelite, fascite plantar, entre outras. A técnica estimula o corpo a produzir substâncias químicas, levando a diminuição da dor e inflamação, melhora a circulação sanguínea no local e diminui o tempo de recuperação da lesão. Estudos demonstram que este procedimento, tem sido considerado altamente eficiente por promover analgesia nas situações de dor no treinamento, por evitar uso excessivo de medicamentos e facilitar a prática esportiva plena.

Segundo Liaw W. Chao, médico especializado em medicina esportiva e eletroacupuntura, que integra o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, a prática é utilizada na estimulação de pontos localizados em músculos, tendões e ligamentos - no grupo muscular ou nas articulações comprometidas nas práticas do esporte. Os principais objetivos incluem redução do edema (inchaço) e da inflamação, com consequente alivio das dores, relaxamento da musculatura e aumento da amplitude de movimentação das articulações. “Lesões musculares e tendíneas em jogadores de futebol submetidos à acupuntura, por exemplo, podem apresentar melhora em até cerca de 90% dos casos. O método é um suporte efetivo para o bem estar físico dos atletas”, afirma Chao.

O tratamento consiste, em média, de duas sessões semanais, após a avaliação inicial. A duração é variável, dependendo da gravidade e evolução do caso e, muitas vezes, não há necessidade de parar com o treino, somente adequar o treinamento nesta fase de tratamento, e que pode ter efeito imediato já na primeira sessão. No procedimento não há efeitos colaterais, é minimamente invasivo e indolor, desde que realizado corretamente.

Analgésico natural

É comum na fase inicial de um tratamento fazer associação de analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares com a acupuntura. Mas à medida que, os efeitos terapêuticos da técnica chinesa surgem, os medicamentos são reduzidos e até retirados. O principal benefício para o atleta é que a acupuntura estimula o corpo a produzir esteróides e endorfinas. Os esteróides diminuem a inflamação, enquanto as endorfinas diminuem a dor. Assim, ela funciona como um analgésico natural.

CRÉDITOS: Portal Exame – com conteúdo da Runner’s World Brasil.

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O MANEJO DAS SÍNDROMES DOLOROSAS MIOFASCIAIS

sindrome dolorosa miofascial acupuntura curitiba 5

Dor é o motivo mais comum para os pacientes procurarem assistência médica, e a síndrome dolorosa miofascial é a causa imediata ou o componente mais freqüente da dor músculo-esquelética1. O manejo dos pacientes com síndromes dolorosas miofasciais é um dos problemas mais importantes encontrados na prática clínica.

O quadro de dor referida em uma região do corpo relacionada à presença de pontos-gatilho ativos, comum nos serviços de emergência, tende a se tornar crônico. Afeta pacientes que se apresentam com queixas como cefaléia, torcicolo e lombalgia (Figuras 1, 2 e 3 – CLIQUE PARA AMPLIAR).

sindrome dolorosa miofascial acupuntura curitiba 1

sindrome dolorosa miofascial acupuntura curitiba 2

sindrome dolorosa miofascial acupuntura curitiba 3

A síndrome dolorosa miofascial é de natureza funcional2 - não se demonstram alterações estruturais nem processos inflamatórios significativos. Exames laboratoriais como hemograma, velocidade de hemossedimentação, anticorpos antinucleares podem estar normais, assim como os estudos por imagem não apresentarem alteração3.

O componente fisiopatológico pode ter origem em contratura muscular, restrição dos movimentos, distúrbios articulares, stress biomecânico como as lesões relacionadas a atividades, ou em processos inflamatórios. O diagnóstico é feito com base em dados da história clínica e do exame físico, e inclui a identificação do músculo ou músculos afetados4.

Muitas vezes as síndromes dolorosas miofasciais são mal diagnosticadas, mas uma vez reconhecidas, são de manejo relativamente simples5.

COMENTÁRIO

(grifos do site)

A indicação da acupuntura para o tratamento de diversas condições dolorosas está bem estabelecida. Evidências provenientes da pesquisa clínica demonstram eficácia e vantagens significativas do uso do método, comparado com placebo e outros métodos6-10.

Os objetivos do tratamento das condições dolorosas em geral incluem: alívio da dor; melhora funcional; prevenção ou minimização das possíveis seqüelas da condição, incluindo a cronicidade; redução da necessidade de medicamentos. O objetivo imediato do tratamento das síndromes dolorosas músculo-esqueléticas por acupuntura é a normalização da atividade dos focos de anomalia (sensorial, motora e autonômica) da rede neural que são os pontos-gatilho miofasciais.

Os procedimentos incluem punção com agulhas de acupuntura, infiltração intradérmica, subcutânea ou mais profunda de anestésico local, e eletroestimulação aplicada em pontos-gatilho. Por meio dessa intervenção neuromoduladora, a acupuntura promove, além de analgesia, uma normalização funcional, que ajuda a evitar a recorrência da atividade neural anormal.

CRÉDITOS

AUTOR: Norton Moritz Carneiro

Rev. Assoc. Med. Bras. vol.50 no.3 São Paulo July/Sept. 2004 [link]

 

REFERÊNCIAS

1. Fischer AF. New developments in diagnosis of myofascial pain and fibromyalgia. Phys Med Rehabil Clin North Am 1997; 8(1):455.

2. Gan TJ, Woolf C, Brennan TJ, Kehlet H, Mekhail NA. Unraveling the mechanisms and clinical consequences of pain: recent discoveries and the implications for pain management: a case-based interactive expert forum. The Postgraduate Institute for Medicine; 2003.

3. Steven B, Graff-Radford DDS. Regional myofascial pain syndrome and headache: principles of diagnosis and management. Curr Pain Headache Rep 2002; 5:376_81.

4. Harden RN, Bruehl SP, Gass S, Niemiec C, Barbick B. Signs and symptoms of the myofascial pain syndrome: a national survey of pain management providers. Clin J Pain 2000; 16(1):64-72.

5. Sola AE, Bonica JJ. Myofascial pain syndromes loeser: bonica's management of pain. 3rd ed. Edinburg: Lippincott Williams & Wilkins; 2001.

6. Gunn CC, Milbrandt WE, Little AS, Mason KE. Dry needling of muscle motor points for chronic low-back pain: a randomized clinical trial with long-term follow-up. Spine 1980; 5(3):279-91.

7. Kleinhenz J. Randomised clinical trial comparing the effects of acupuncture and a newly designed placebo needle in rotator cuff tendinitis. Pain 1999, 83(2): 235-41.

8. Smith JC. Acupuncture for chronic osteoarthritis pain, headache, and low back pain. ICSI, Minneapolis (MN): ICSI; 1997.

9. Hesse J, Mogelvang B, Simonsen H. Acupuncture versus metoprolol in migraine prophylaxis: a randomized trial of trigger point inactivation. J Intern Med 1994; 235(5):451-6.

10. Irnich D, Behrens N, Molzen H, Konig A, Gleditsch J, Krauss M, et al. Randomised trial of acupuncture compared with conventional massage and "sham" laser acupuncture for treatment of chronic neck pain. BMJ 2001; 322(7302):1574-8.

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TRATAMENTO DE DORES NO JOELHO POR ACUPUNTURA E VENTOSA

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Acupuntura e Ventosa no Tratamento de 89 Casos de Dor da Articulação do Joelho

Palavras-chave: medicina chinesa, acupuntura, ventosas, dor no joelho, gonalgia

Descrição coorte:

Estudo abarcando 89 pacientes, dentre eles 60 homens e 29 mulheres com idades entre 15 e 82 anos. A maioria dos pacientes tinha idades entre 35 e 65 anos e sofriam dores por períodos que variavam entre 10 dias e 30 anos. Todos os pacientes foram tratados nos hospitais municipais de Yang Liao e Fu Shun na província de Liaoning.


Método de tratamento:

Após a desinfecção do local a ser tratado, agulhas de calibre 28 de 1,5-2,0 polegadas foram utilizadas para puncionar os pontos da superfície ventral da perna afetada, com inserção perpendicular e a uma profundidade de 1,0-1,5 cm e obtenção de Te-Qi. Um pedaço de moxa de aproximadamente 2 cm foi anexado na alça das agulhas e queimado. As agulhas foram mantidas por 25 minutos e retiradas. Os locais de puntura foram pressionados para expulsar quaisquer líquidos que porventura extravasassem e, sobre eles, foram aplicadas ventosas por cerca de 10 minutos.

Removidas as ventosas, o paciente foi colocado em decúbito ventral e uma agulha de três pontas foi utilizada para sangrar o ponto Wei Zhong (B40). Em seguida aplicou-se ventosa como descrito anteriormente.
Um curso de tratamento correspondeu a dez tratamentos diários e um descanso de dois dias foi permitido entre cursos consecutivos.

Os principais pontos de acupuntura neste protocolo foram:
Liang Qiu (E 34)
Du Bi (E 35)

Pontos auxiliares consistiram em:
Wei Zhong (B 40)
Yang Ling Quan (VB 34)
Zu San Li (E 36)
Kun Lun (B 60)
Feng Shi (VB 31)

Leia também: ACUPUNTURA É A MELHOR OPÇÃO PARA O TRATAMENTO DA ARTROSE DE JOELHO

Resultados do estudo:

Segundo os critérios do estudo, a “cura” foi definida como o desaparecimento do edema, de dores no joelho afetado por ocasião de uma flexão ou extensão e o restabelecimento da capacidade de subir e descer escadas. Teste do rechaço patelar negativo e ausência de recidivas após um ano.

“Efeito marcante”, segundo o estudo, foi definido como o desaparecimento do edema, de dores no joelho afetado por ocasião de uma flexão ou extensão e teste do rechaço patelar negativo. Constatação de queixas de ligeira sensação de dor e desconforto ao subir escadas.

“Melhora” foi definida como acentuada diminuição no edema, distensão e dor. Entretanto, a permanência prolongada dos pacientes em pé resultava em aumento da dor e teste positivo do rechaço patelar.

“Nenhum efeito” do tratamento foi definido como a ausência quaisquer alterações após o tratamento dos sinais e sintomas apontados pelos pacientes.

Segundo estes critérios, 75 casos (84,2%) foram julgados curados, 12 casos (13,4%) obtiveram um efeito marcante e 2 casos (2,4%) não obtiveram nenhum resultado com o tratamento. Para os autores do estudo, a taxa de eficácia total foi de 97,6%.

Leia também: ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA GONARTROSE

Discussão:

Os autores chineses relatam que, ao se agulhar a articulação do joelho, a técnica deve ser suave e gentil e não se deve agulhar muito profundamente a cápsula articular, de modo a evitar danos a ela. A combinação de acupuntura, moxabustão, ventosa e sangria aquece os canais e libera o fluxo da rede de vasos, expelindo o frio e dissipando a umidade, dispersando o edema e parando a dor.

Traduzido do mandarim para o inglês por Honora Lee Wolfe , Lic. Ac., FNAAOM (EUA). "The Acupuncture & Cupping Treatment of 89 Cases of Knee Joint Pain." Artigo publicado no Shi Yong Zhong Yi Nei Ke Za Zhi (Journal of Practical Chinese Medicine Internal Medicine) p.88, ed. #1, 2005 por Deng Jun-lan e Zhang Qian-qiao.
Link para o artigo (em inglês)

Tradução livre para o Português e adaptação do texto: Roberto Almeida – Terapeuta Acupunturista.

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ACUPUNTURA EM CURITIBA. ACUPUNTURA CURITIBA. ACUPUNTURA. CURITIBA. CLÍNICA DE ACUPUNTURA EM CURITIBA. CLÍNICA ACUPUNTURA CURITIBA. ACUPUNTURISTA EM CURITIBA. ACUPUNTURISTA CURITIBA. ACUPUNTURISTA. CURITIBA.

ATO MÉDICO DELIMITA O DE OUTROS PROFISSIONAIS

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Artigo do site Consultor Jurídico

Ato médico delimita o de outros profissionais

Por Sandra Franco, Caroline Marie da Silveira e Adriana Paula Rosa

A apreciação do Projeto de Lei 268/2002 que regulamenta o exercício da medicina seria votada no último dia 27 de novembro, mas foi adiada para 2013. A finalidade do projeto é definir quais atos ou procedimentos serão privativos de médicos, o que delimitará quais serão dos outros profissionais da saúde. Os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) formalizaram uma proposta para realização de audiência pública antes que a matéria seja votada. A justificativa é que entidades ligadas à educação também sejam convidadas a participar do processo. A maioria do quorum presente na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal concordou com o pedido.

Neste contexto, outras categorias ligadas à área da saúde, psicólogos, biomédicos, farmacêuticos, acupunturistas, dentre outras, entendem que, se aprovado sem que haja um debate aprofundado, o texto pode restringir aos profissionais da medicina o exercício de atividades e serviços que cabem à psicologia, enfermagem, fisioterapia ou outras áreas de atuação.

O relator do SCD (Substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado) 268/2002, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) já apresentou parecer pela aprovação do texto da maneira como foi elaborado pelo parlamentar Antonio Carlos Valadares (PSB-PB) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo ele, a medicina precisa ser urgentemente regulamentada. Ainda segundo o senador, todas as profissões da saúde que são regulamentadas estão resguardadas e o texto atende de forma clara a todas as categorias sem desfavorecer nenhuma delas.

O projeto tramita no Congresso Nacional há 10 anos sem ter alcançado consenso, dado aos graves problemas presentes na proposta. Entre eles o artigo 4º, que determina serem atividades privativas do médico o diagnóstico nosológico e a prescrição terapêutica. Ou seja, diz que só os médicos podem diagnosticar uma doença e decidir sobre o tratamento. Embora polêmico, não se pode tratar o assunto como uma ditadura do diagnóstico. É fato que um profissional, para realizar um diagnóstico e o prognóstico, necessita de mais conhecimento em sua graduação, com aprendizado constante.

Por certo não haverá unanimidade entre o que as classes almejam, até porque se alega que alguns profissionais de saúde (além dos médicos) já realizam diagnóstico, por meio de identificação de sinais e sintomas, bem como de alterações anatômicas ou psicopatológicas. Também se discute que apenas o critério de identificação do agente causador da doença, dentre os necessários ao diagnóstico, é privativo de médico, enfim.

No dia 19 de dezembro, o projeto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais, onde se logrou um acordo entre os senadores da Comissão, restando um compromisso de não ser feito pedido de urgência para um melhor aperfeiçoamento do texto em Plenário, como consequência haverá um maior enfrentamento de pontos divergentes.

Discussões à parte, não se pode privar a medicina de sua regulamentação, desta forma, aguarda-se que o projeto seja brevemente aprovado, a fim de que todos os atores envolvidos desenvolvam seu papel de forma legal e ética.

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Sandra Franco é consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, membro efetivo da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico Hospitalar da OAB/SP e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde.

Caroline Marie da Silveira é advogada, especialista em Direito Médico, integrante da Sfranco Consultoria Jurídica.

Adriana Paula Rosa é advogada, especialista em Direito Médico e Processo Civil, integrante da Sfranco Consultoria Jurídica.

Revista Consultor Jurídico, 8 de janeiro de 2013.

ANATOMIA APLICADA DO RAMO TEMPORAL DO NERVO FACIAL

ACUPUNTURA  CURITIBA

Anatomia aplicada do ramo temporal do nervo facial: estudo do risco potencial de lesão durante a cirurgia do rejuvenescimento facial

RESUMO

INTRODUÇÃO: O ramo temporal do nervo facial é um dos nervos mais comumente lesados, devido à pouca tela subcutânea que o protege a partir da sua saída da glândula parótida.

MÉTODO: Vinte e cinco hemifaces de cadáveres foram dissecadas e analisadas as relações entre o ramo temporal e glândula parótida, arco zigomático, SMAS, artéria temporal superficial e músculo frontal.

RESULTADOS: Doze ramos temporais dissecados perderam a proteção da glândula parótida a uma distância de 1,7 cm anterior ao trago. O cruzamento do arco zigomático por dois ramos temporais foi o mais frequente. A passagem pelo arco zigomático ocorreu entre 3,2 e 3,9 cm posteriores à borda lateral da órbita. O curso do ramo temporal junto às faces profundas do SMAS e da fáscia temporoparietal, e acima da lâmina superficial da fáscia temporal profunda foi constante. O ramo frontal da artéria temporal superficial foi superior e sua trajetória paralela ao ramo temporal em 92% das dissecções.

CONCLUSÃO: O ramo temporal do nervo facial segue um plano constante ao longo da face profunda da fáscia temporoparietal e está muito superficial quando cruza o arco zigomático.

Descritores: Nervo facial. Rejuvenescimento. Fascia/anatomia & histologia.

(nota do site: a publicação deste artigo é voltada para todos os Acupunturistas desejosos de aliar a sabedoria e a tradição da Medicina Tradicional Chinesa com as modernas pesquisas da Medicina Ocidental a fim de aprimorar sua técnica)

INTRODUÇÃO

Com as técnicas de dissecção mais sofisticadas durante a realização da cirurgia do rejuvenescimento facial, os nervos periféricos da face tornaram-se, potencialmente sujeitos a serem lesados.

O ramo temporal do nervo facial apresenta-se numa topografia mais superficial em relação aos outros ramos do nervo facial, tornando-se, desta maneira, mais susceptível a lesões. A preservação do ramo temporal do nervo facial requer um claro entendimento do seu curso e das suas relações com o arco zigomático e com as múltiplas camadas fasciais da região zigomática e temporal.

O propósito deste estudo é analisar a anatomia cirúrgica do ramo temporal do nervo facial, detalhando o seu posicionamento nas áreas de risco potencial, a fim de prevenir a lesão deste ramo nervoso durante a cirurgia do rejuvenescimento facial.

MÉTODO

Foram realizadas dissecções anatômicas em 20 hemifaces de cadáveres formolizados e 5 hemifaces de cadáveres frescos, cujas idades oscilaram entre 20 e 70 anos (Tabela 1).

Foram realizadas incisões pré-auriculares que estendemos para cima em direção à região temporal e para baixo, contornando o ângulo da mandíbula e a margem inferior do corpo da mandíbula. O nervo facial foi exposto desde a região parotídea até o ponto onde as terminações distais do seu ramo temporal penetravam no músculo frontal.

Os seguintes aspectos foram analisados:

1. Distância da saída do ramo temporal do nervo facial de dentro da glândula parótida em relação ao trago;

2. Número de ramos nervosos cruzando o arco zigomático;

3. Relação do ramo temporal com o arco zigomático;

4. Relação do ramo temporal com o sistema músculo aponeurótico superficial da face (SMAS), fáscia temporoparietal e fáscia temporal profunda;

5. Relação do ramo temporal com a artéria temporal superficial;

6. Terminações do ramo temporal (Apêndice I).

RESULTADOS

Distância da saída do ramo temporal do nervo facial de dentro da glândula parótida em relação ao trago

Encontrou-se uma variação de 1,4 a 2,1 cm (Gráfico 1), com 14 ramos dissecados (56%), exteriorizando-se a uma distância média de 1,7 cm do trago, com desvio padrão de 0,155 cm (Figuras 1 e 2).

Número de ramos nervosos cruzando o arco zigomático

Os diferentes padrões de anastomoses entre os ramos da divisão temporofacial do nervo facial originaram cinco variações mais frequentes na disposição destas conexões durante a sua passagem pelo arco zigomático (Tabela 2), sendo o achado mais frequente (48% das dissecções) o cruzamento pelo arco zigomático de dois ramos temporais do nervo facial sem a ocorrência de anastomoses com o ramo zigomático (Figuras 3 a 7).

Relação do ramo temporal com o arco zigomático

Para se localizar o ponto de passagem do ramo temporal do nervo facial sobre o arco zigomático, foi traçada uma linha reta unindo o trago à parede lateral da órbita, no nível do ligamento palpebral lateral, chamada de linha órbito-tragal (Figura 8). Verificou-se que o cruzamento do ramo temporal sobre o arco zigomático ocorria entre 3,2 a 3,9 cm posteriores à margem lateral da órbita, no nível da linha órbito-tragal (Gráfico 2). O trecho da passagem do ramo nervoso sobre o arco zigomático corresponde ao seu terço médio. A distância média para esta relação anatômica foi de 3,6 cm e o desvio padrão foi de 0,224 cm.

Relação do ramo temporal com o SMAS, fáscia temporoparietal e fáscia temporal profunda

Observou-se, em todas as dissecções, o trajeto do ramo temporal junto à face profunda do SMAS e fáscia temporoparietal, e acima do folheto superficial da fáscia temporal profunda (Figuras 9 a 13).

Relação do ramo temporal com a artéria temporal superficial

A artéria temporal superficial dividiu-se nos ramos anterior e posterior sempre após cruzar o arco zigomático. A relação do ramo frontal da artéria temporal superficial com o ramo temporal do nervo facial mostrou-se constante em 92% das dissecções (23 hemifaces): o curso da artéria foi sempre superior e paralelo ao curso do nervo (Figura 14).

Ao nível da borda ínfero-lateral do músculo frontal, o ramo frontal da artéria temporal superficial ofereceu, em todas as dissecções, um ramo descendente para o músculo frontal que coincidia com o sítio de penetração do nervo neste músculo. Este ramo arterial apresentou íntima relação com os ramos terminais do nervo temporal ao ser "abraçado" pelos ramos nervosos imediatamente antes deles penetrarem no músculo frontal (Figuras 15 e 16).

A relação anatômica entre estas duas estruturas ocorreu em 80% das dissecções (20 hemifaces) a uma distância média de 0,6 cm da borda lateral da órbita, ao nível da linha que une o ligamento palpebral lateral à espinha da hélice (Figura 17).

Modelo das terminações nervosas do ramo temporal

Apurou-se que os filetes nervosos terminais penetravam no músculo frontal, profundamente em sua face interna, numa extensão que variou 1,5 a 4,2 cm verticalmente superior ao ligamento palpebral lateral (Figuras 18 e 19).

Apêndice

DISCUSSÃO

Após emergir da glândula parótida 1,7 cm anterior ao trago, o ramo temporal do nervo facial passa pelo arco zigomático entre 3,2 e 3,9 cm posterior à borda lateral da órbita, ao nível da linha órbito-tragal, o que corresponde ao terço médio do arco zigomático. Observou-se esta constância anatômica em todas as peças dissecadas. Os trabalhos de Correia & Zani1, Mitz & Peyronie2, Baker & Conley3, Ozresky et al.4, Hinderer et al.5, Psillakis et al.6, Stuzin et al.7, Caix et al.8, Faivre & Faivre9, do mesmo modo, enfatizam a vulnerabilidade do ramo temporal ao nível do terço médio do arco zigomático.

Observou-se que o nível da profundidade dos nervos temporais sobre o arco zigomático foi proporcional à quantidade de tecido adiposo apresentado pelo cadáver em estudo. Cadáveres magros e de idosos praticamente não apresentavam nenhum tecido adiposo envolvendo o nervo, tornando-os, desta forma, mais vulneráveis a lesões.

A partir dos estudos de Correia & Zani1, Mitz & Peyronie2, Psillakis et al.6, Stuzin et al.7, Faivre & Faivre9, Loeb10, Zani et al.11, pode-se confirmar nas dissecções realizadas que, acima do arco zigomático, a fáscia temporoparietal representa a extensão cefálica do SMAS e está em continuidade com a gálea aponeurótica superiormente e o músculo frontal anteriormente, porém apresenta-se com uma espessura muito fina, aumentando o risco potencial de lesão do ramo temporal no caso da dissecção fascial a este nível. Comprovou-se que, após sair da glândula parótida, o ramo temporal cursa imediatamente abaixo do SMAS e assim continua durante sua passagem sobre o terço médio do arco zigomático. Ultrapassando este marco anatômico, constatou-se em todas as hemifaces estudadas que o ramo temporal passa a cursar sobre o folheto superficial da fáscia temporal profunda e permanece abaixo da fáscia temporoparietal (SMAS), mantendo-se neste plano até penetrar no músculo frontal ao nível do rebordo orbitário superior. Este é um importante achado: o nervo temporal sempre cursa em um plano anatomicamente previsível e constante. As observações apresentadas aqui estão em concordância com aquelas relatadas por Stuzin et al.7 e Caix et al.8.

A partir da análise dos dados obtidos no trabalho em pauta, pode-se afirmar que, embora o ramo temporal do nervo facial apresente uma ampla variação no padrão de sua ramificação, ele cursa em uma direção constante. Isto permite a definição de um plano de dissecção seguro para a região temporal, durante uma ritidoplastia temporal ou frontal. Os níveis de dissecção temporal podem ser definidos como sendo superficiais ou profundos ao ramo temporal do nervo facial. Esses níveis incluem: o plano subcutâneo, o plano abaixo da fáscia temporoparietal e o plano subperiostal.

A dissecção subcutânea deveria ser realizada superficial à fáscia temporoparietal, tomando cuidado para não confeccionar um retalho cutâneo muito fino, a fim de evitar lesões tróficas da pele e de proteger os folículos pilosos.

A dissecção abaixo da fáscia temporoparietal deveria ser feita na superfície da lâmina superficial da fáscia temporal profunda. Realizar uma cirurgia abaixo da fáscia temporoparietal implica em dissecar dentro da camada de tecido areolar frouxo subaponeurótico. Para a maioria das situações clínicas, esse é um plano cirúrgico seguro. É importante apreciar a espessura dessa camada areolar, e a dissecção poderá ser feita diretamente na lâmina superficial da fáscia temporal profunda, pois o tecido areolar possui um grau de espessura que permite a dissecção diretamente acima da fáscia temporal profunda mais facilmente do que ao longo da fáscia temporoparietal. Os ramos temporais do nervo facial são, em geral, mais anteriores e caudais ao ramo frontal da artéria temporal superficial, de modo que o risco de lesão é muito baixo, quando a elevação do retalho temporal é posterior a essa artéria. A elevação desse retalho deverá ser interrompida, quando a artéria é identificada visualmente ou pela palpação, a fim de evitar levar a dissecção para perto dos nervos temporais.

A dissecção subperiostal, utilizada na cirurgia de rejuvenescimento do terço médio da face, por via endoscópica, deverá ser realizada na superfície do arco zigomático. Para que o arco zigomático seja exposto, a dissecção deverá ocorrer abaixo da camada superficial da fáscia temporal profunda, dentro do coxim gorduroso temporal.

Vários autores1,4,10,13-15 citam o ramo frontal da artéria temporal superficial como referencial para a localização do ramo temporal do nervo facial. Constatou-se que esse ramo arterial é paralelo e superior ao curso do ramo temporal do nervo facial, emitindo sempre, ao nível da borda lateral do músculo frontal, um ramo descendente para esse músculo. Esse ramo arterial descendente apresenta uma íntima relação com as anastomoses nervosas extremamente finas do ramo temporal imediatamente antes delas penetrarem no músculo frontal. Esta importante relação anatômica, entre a porção distal do ramo frontal da artéria temporal superficial e os ramos terminais do nervo temporal, ocorre a 0,6 cm da borda lateral da órbita, em uma linha unindo o canto lateral do olho à raiz da hélice. Confirmou-se, também, em todas as peças dissecadas, a presença da veia sentinela próxima aos ramos distais do nervo temporal e do ramo frontal da artéria temporal superficial.

A veia sentinela e a porção distal do ramo frontal da artéria temporal superficial são marcos anatômicos fundamentais, pois indicam área vulnerável na proximidade do ramo temporal do nervo facial.

A ocorrência de sangramento nesta área resultará em um risco iminente de lesão ao ramo temporal, durante o processo de hemostasia. De uma maneira geral, as lesões decorrentes do uso de eletrocoagulação possuem um grande potencial de recuperação3.

Observou-se que as terminações do ramo temporal ao se aproximarem da borda lateral do músculo frontal assumem a disposição de um fino plexo semelhante a um leque numa extensão que varia de 1,8 a 4,2 cm, verticalmente superior ao ligamento palpebral lateral. Embora o ramo temporal seja relativamente superficial na parte mais distal do seu curso, a sua penetração no músculo frontal sempre ocorre profundamente em sua face interna. Este importante relato anatômico é também referido na literatura3,12.

Idealmente, a localização dos principais marcos anatômicos relacionados ao nervo temporal deveria ser feita percutaneamente antes da cirurgia, de modo que a área contendo o nervo possa ser evitada ao se fazer uma incisão ou desenvolver um plano de dissecção.

CONCLUSÃO

Após perder a proteção da parte superior da glândula parótida 1,7 cm anterior ao trago, em geral dois ramos temporais do nervo facial cruzam o arco zigomático, no seu terço médio, e continuam em direção à região fronto-temporal, sempre junto à face profunda do SMAS, até penetrar no músculo frontal em sua face profunda. A observação da descrição anatômica durante o curso tridimensional constante do ramo temporal nas regiões zigomática e temporal, aqui referida, auxilia a prevenção de danos ao ramo temporal, fato que ocorrendo em muito prejudicará o pós-operatório na cirurgia de rejuvenescimento facial.

CRÉDITOS DO ARTIGO:

Maria Lídia de Abreu SilvaI; José Horácio AboudibII; Cláudio Cardoso de CastroIII

IMestrado; Professora da Disciplina de Cirurgia Plástica - Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
IIMestrado; Coordenador e Professor da Disciplina de Cirurgia Plástica - Faculdade de Ciências Médicas - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
IIILivre Docência; Professor da Disciplina de Cirurgia Plástica - Faculdade de Ciências Médicas - UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Rev. Bras. Cir. Plást. (Impr.) vol.25 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2010 ( link para o artigo no Scielo)

REFERÊNCIAS

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3. Baker DC, Conley J. Avoiding facial nerve injuries in rhytidectomy. Anatomical variations and pitfalls. Plast Reconstr Surg. 1979;64(6):781-95.   

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7. Stuzin JM, Wagstrom L, Kawamoto HK, Wolfe SA. Anatomy of the frontal branch of the facial nerve: the significance of the temporal fat pad. Plast Reconstr Surg. 1989;83(2):265-71.   

8. Caix P, Goin JL, Modschiedler T. Le lifting facial profound par voie temporale. Ann Chir Plast Esthet. 1992;37(1):67-74.      

9. Faivre J, Faivre JM. La place du lifting temporal profond dans lê traitement chirurgical du viellissement de la face. Ann Plast Surg. 1992;37:53-5.       

10. Loeb R. Technique for preservation of the temporal branches of the facial nerve during face-lift operations. Br J Plast Surg. 1970;23(4):390-4.  

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12. Yasargil MG, Reichman MV, Kubik S. Preservation of frontotemporal branch of the facial nerve using the interfascial temporalis flap for pterional craniotomy. Technical article. J Neurosurg. 1987;67(3):463-6.      

13. Pitanguy I, Ramos AS. The frontal branch of the facial nerve: the importance of its variations in face lifting. Plast Reconstr Surg. 1966;38(4):352-6.

14. Stuzin JM, Wagstrom L, Kawamoto HK, Wolfe SA. Anatomy of the frontal branch of the facial nerve: the significance of the temporal fat pad. Plast Reconstr Surg. 1989;83(2):265-71.   

15. Furnas DW. Landmarks for the trunk and the temporofacial division of the facial nerve. Br J Surg. 1965;52:694-6.     

NOTA EXPLICATIVA: O que é Acupuntura? A Acupuntura é uma técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa, bem como a auriculoterapia, moxabustão, ventosaterapia,an-ma e a reflexologia, dentre outras. É considerada como uma medicina alternativa ou complementar. Os pontos da Acupuntura utilizados nas sessões tratam desde uma lombalgia até problemas mais graves. Os pontos de Acupuntura atuam também de forma bastante eficaz sobre as dores, stress, vícios e na estética - acupuntura estética. O acupunturista integra os esforços da fisoterapia, da homeopatia, da medicina convencional e de inúmeras outras áreas, incluindo aí demais especialidades abarcadas pelas terapias alternativas. A Eidos Acupuntura e Medicina Chinesa está sediada em Curitiba, Paraná. Em nossa clínica o acupunturista utiliza principalmente a técnica chinesa complementada por outras técnicas milenares igualmente fundamentadas nos pontos de Acupuntura para proporcionar saúde, beleza, bem-estar e qualidade de vida aos nossos pacientes.